salvando uma vida

vamos temos que ser rápidos se quisermos salvar os dois.

ele sai o mais rápido possível com a maca para dentro do hospital solicita seus médicos mais confiáveis e os melhores, depois de fazer todos os exames de corpo delito correm para fazer todos os exames possíveis a uma gestante e o mais rápido possível.

em seguida a levam para cirurgia fazendo uma cesariana de emergência , realinhando a coluna e o quadril, uma cirurgia para retirada de um coágulo no cérebro, necessário pinos no braço e perna direitos.

os bebês embora desnutridos os dois estavam bem e só precisariam permanecer na UTI neonatal até ganharam peso como eles nasceram de 30 semanas pelo notado do seu desenvolvimento seriam mantidos em observação.

ela ficou desacordada por dois dias, quando voltou a si estava entubada, recebendo alimentação e respiração por máquina. ela acordou e Nicolas estava do seu lado verificando seu quadro clínico.

ela com a mão esquerda tocou o braço dele. ele virou e sorriu.

- oi, garota deixa eu ajudar você com isso.

ele retira o tubo e começa a examinar os reflexos e o estado neurológico dela. ainda com a garganta seca ela pergunta

-o... bebê?

-são dois na verdade você estava de 30 semanas, embora não tivesse evidências claras da gravidez. eles vão precisar ficar na neonatal, mas vão ficar bem logo, só precisam de mais um tempo para ficar mais forte e pegarem peso.

-obrigada... água?

- claro mas só um pouco, você passou por cirurgia e teve que ser entubada, e seu estado não foi fácil de tratar, e ainda terá um longo tempo de recuperação. você vai sentir um pequeno desconforto. sua garganta tava bem ressecada. não havia sinal de desidratação no entanto, houve queimaduras leves pelo frio. chamamos um policial para você relatar o caso.- ela toma a água e diz

-ta bom, obrigada. - ela fala com dificuldade- pode chamá-lo? mas por favor não vá embora fique aqui comigo tá?! eu me sinto segura com você por perto.

-ta bom.- ele vai até a porta chama o segurança que está lá e manda chamar o policial.

Ricardo vem entrando mas quando ele entra fica de frente a ela tanto ele quanto ela se reconhecem de imediato ela grita

- saia de perto mim, você não vai me levar de volta para ele .

-acalme-se eu...

-tira ele daqui por favor me ajuda- fala ela puxando Nicolas para perto.

-saia daqui. não ouviu ela?

Ricardo sai pisando forte.

-chama alguém que seja policial mesmo por favor.

-ele é, mas eu acho que sei o que aconteceu. você sabe o nome do seu abusador?

-August, e a mãe dele vinha todos os dias no começo mas depois só fim de semana fazia curativos e me dava medicação no soro.

o choque do que ela disse o atingiu em cheio, mas ele lembrou dos roubos de medicação do hospital .

-entendo, acho que te vi quando estava falando com o policial da primeira vez que você o viu, eu tava naquela mesma árvore que te encontrei, mas como o Ricardo - ao vê-la parecer confusa ele explica- o policial ele se chama Ricardo, como ele colocou você no carro e saiu eu não questionei nada. me desculpe.

- você não tinha como saber.

-eu quero dizer mais uma coisa, ele o August, ele é meu irmão, -ao vê-la abrir os olhos em susto ele completa.- mas não se preocupe eu nunca iria machucar você. e eu também não me dou bem com ele.- fala sorrindo.

ela ri e tosse

-ai, isso deu. você pode chamar outro policial um que eu possa confiar que irá fazer a denúncia realmente.

- sim, linda

-eu posso ver meus bebês?

-ainda não, eles não podem sair da neonatal e você não pode sair daqui.

- tá bom você me informa quando eu puder?

-eles são filhos de August?

-Eles não tem culpa.

- entendo.

- são dois meninos?

-não um menino e uma menina

- humm... os nomes deles serão Nicolas e Alícia.

- meu nome também é Nicolas, então me sinto honrado.

Ela sorri.

- sempre gostei desse nome acho que agora tenho mais um motivo. Tenho dois heróis com esse nome.

-nao sou herói, não fiz nada mais que minha obrigação

- para mim é.

-obrigada.

-uma pergunta, o que vai acontecer com eles? Digo eles serão presos? todos eles?

- eu não sei direito, imagino que sim, quer que eu chame um advogado pra você?

-posso dar meu depoimento para você? -ela pergunta -e não eu não teria como pagar um advogado.

Ele sorri e diz - aceito sim se deixar que eu pague o advogado.

Ela sorri e diz -obrigada, mas eu não posso aceitar, advogados são caros.

- eu não aceito não como resposta.

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