Verdades

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O dia já estava começando, o dia estava radiante. Com as poucos horas de Sol em Brígida, muitos aproveitavam para se banhar no lago, em uma beirada duas amigas aproveitaram para se bronzear.

- Você pode me passar o protetor?- Calese se levanta e aponta para a bolsa.

- Tá bom, vira. Aaahh...estou tão ansiosa para a festa!

- Eu também, será que o Henrique vai está lá?- Vivian faz uma cara maliciosa.

- Aí meu Deus...hahaha...você quer muito dar pra ele.- Calese sorrir.

- Vai me dizer que você também não quer?

- Eu não, o Henrique não faz o meu tipo.

- Eu sei quem faz o seu tipo...hhhmm...safadinha.

- Cala boca!

- Você gosta do Skavronsk não é?

- Não! Claro que não! E-eu só acho ele bonito.

- Verdade seja dita, ele era muito esquisito quando estávamos na escola, mas um tempo em Nova York e ele voltou esse gótico, roqueiro e super sério! Confesso que ele me dá tesão.

- Hhum...- Calese olhou para suas mãos, com uma cara meio triste se virou para Vivian.- Você acha que...que ele ainda se lembra do colegial?

- B-bom...Eu não sei! De qualquer forma ele não parece carregar esse rancor e também nos não fizemos nada pra ele.

- É você tem razão.- Calese se virou para pegar um copo de suco.- Meu celular sumiu.

- Deve está no carro, eu vou pegar.- Vivian vai para o carro deixando Calese sozinha.

Calese se sentou na cadeira e passou protetor em seus braços e pernas, com o som tocando música não ouviu os passos se aproximando.

- Olá, Calese.

- O que? Luka...- Após um som agudo de Calese gritando por ajuda, Vivian voltou correndo e não via Calese em lugar algum.

- Calese! Calese! Cadê você? Isso não tem graça Calese!

O que deveria ser um dia de lazer, mais uma desaparecida e para a infelicidade dos policiais, não tinha como interligar Luka Skavronsk ao crime. Algo que os intrigada é que todas os desaparecidos, eram ex colegas de Luka, mas não eram qualquer colegas, de acordo com as investigações dos policiais um grupo de colegas da escola o perseguiam, encontraram uma gravação muito intrigante onde esse grupo gravou Luka sendo abusado e torturado por esses colegas, pensaram que podia se tratar de um caso de vingança, mas por que ele sequestraria apenas as meninas? Talvez fosse algum tipo de fetiche ou como todo bom serial killer a sua marca registrada. O caçador de virgens, poderia ser um dos casos mais sangrentos que Brígida já registrou, ficando atrás da casa de órfãs que pegou fogo em 1890 e o caso terrível da casa Volkov.

- Calebe, você acha que Skavronsk seria o assassino?- Jacob organiza alguns papéis em um quadro.

- É uma boa pergunta, meu coração deseja que não, que seja apenas uma consciência mas...hufff...conhecendo k Skavronsk desde a infância nada com ele se trata de um acidente.- Calebe ficou encarando o quadro, acabou se perdendo em memórias. Um segredo caro leitor, Henrique não é o único no qual desfrutou de sentimentos por Luka na infância, brevemente Calebe também cedeu aos encantos de Luka Skavronsk, mas ele teria desistido de seu sentimento por percebe que Henrique também nutria dos sentimentos. Isso começou em um dos passeios da escola, onde Luka e Calebe se perderam do resto do grupo, ficaram horas sobre uma árvore e uma forte chuva nas frias , escuras florestas de Brígida, para se aquece eles ficaram abraçados por horas. Eram tão novos e frágeis, estavam apavorados estava frio, então os dois se abraçaram para aquecer, eles eram jovens mais com 10 anos de idade Calebe sentiu as primeiras borboletas no estômago, agora ele é casado e ama a esposa mas guardou essa memória com carinho.

- Eu espero mesmo que seja só um engano.

Em meio a esse caos, Henrique e Luka nem se quer estão se olhando. Merry se juntou a um grupo para ajudar a decorar o campo para a festa, eles pareciam obviamente magoados, era nítido ainda mais que ultimamente andavam para cima e para baixo juntos, até mesmo pareciam amigos de longa data, que não tentavam se matar a cada 5 segundos que passavam juntos, apesar de ser do conhecimento de poucos que na verdade os dos eram muito mais íntimos e atrevidos do que se parece. Luka nunca iria admitir, mas ele estava com saudades não fazia muito tempo desde os últimos acontecimentos mas os dois andavam frequentes grudados, sua presença deixava um grande espaço em branco, Henrique também sentia o mesmo, Skavronsk estava tão próximo, ficava se perguntando o que poderia acontecer se o seu relacionamento duvidoso não tivesse tido um fim. Henrique pensou consigo mesmo, ele arrastaria Luka para longe do campo, seria como da primeira vez, sobre uma árvore deitados completamente nus grama, com seus gemidos quebrando o silêncio, com Luka mordendo seus lábios, enquanto ele o invade com a língua, fazendo sexo no meio da Mata como dois animais no cio. Henrique sentiu um arrepio na nuca, era Luka o encarando de longe, esses dois como sempre quanto mais separados mais seus corpos se unem por alma, o vento trazendo o cheiro do perfume que por tanto tempo sentia em meio ao suor. Luka também estava com esse tipo de pensamento, em como Henrique o tentaria, como ele adorava o perturbar em público, gemendo "Skavronsk" em seu ouvido, o único que podia se referir a ele com o Skavronsk. Mas, Luka estava determinado de que deveria ser o fim definitivo, ele nunca arriscaria colocar a vida de Henrique em risco, se ele se envolvesse no caso e fosse pego por sua causa ou só por ter um envolvimento com ele poderia fazer todos acharem que Henrique também ajudava nos assassinatos. Se isso acontecesse, Luka jamais se perdoaria. Havia criado um plano, que ele enrolava a muito tempo, agora cairia como uma luva, seria o momento perfeito e depois ele iria embora e tudo voltaria ao normal.

- Meu bem você parece magoado tudo bem?- Merry perguntou segurando gentilmente em eu rosto.

- Eu estou bem tia.- Luka forçou um sorriso e beijou a testa de sua tia.- Estou apenas pensativo sobre algo.

- Diga pra sua tia, eu já estou velha mas posso ajudar.- Luka se aproximou de Merry e sussurrou algo em seu ouvido.- Hooo! Meu querido que maravilha!

- Eu gostaria que me ajudasse.- Ele sorriu falso.

- Claro que sim meu anjo! Aaahh...ela ficará tão feliz! Farei um jantar! Com todos os amigos próximos da família!

- Certo. E tia...- Ele travou por um momento.

- Sim?

- Hum...Não se esqueça de convidar Henrique e seu família.- Ele engoliu seco.

- Claro! Não vou esquecer do seu amigo.

Luka estava com o coração machucado, mas além de ser sua responsabilidade ele devia isso já fazia muito tempo, estava na hora de usar isso ao seu favor até porque, não seria algo repugnante de aguentar, com o tempo seria até agradável e tudo voltaria a se encaixar, com o seu pedido ele voltaria a ser uma pessoa normal então não iria mais existir sonhos estranhos, poderes e pressentimentos nem Brígida apenas ele é suas meninas como antes. Merry foi até a casa de uns amigos incluindo a casa dos pais de Henrique, os convidando para o jantar que aconteceria em sua casa essa noite, ela pediu caridosamente que todos levassem um vinho já que seria um evento casual para amigos, claramente ela convidou Cler e de brinde Luá também iria. Estava tudo de acordo com o plano, nada iria falhar.

- Olá, meu querido você está tão lindo!

- Obrigada tia.

- Nervoso?

- Bom..um pouco, não sei dizer.

- Está tudo bem! Hoje será um dia muito especial para você é Shofi. Ela é tão esquecida que não lembrou do próprio aniversário.

- É mesmo, ela é bem avoda.

- Igual a você, mas é uma boa moça.- Merry vai para a sala receber seus convidados, pontuais como sempre Calebe e sua família, Lívia sua esposa e suas duas filhas gêmeas Nefertari e Rinutimire, sim igual a esposa de Ramsés e sua irmã na era da escravidão do povo Hebreu. Lívia com uma caixinha de joias junto a uma bela torta. Enquanto todos chegam, Luka observa da janela, então ele chega Henrique desce do carro vestindo uma camisa social, luvas de meio dedo, com seus cabelo amarrados para trás em um coque samurai. Seu coração apertou. Mas ele estava decidido e não voltaria atrás. Não demorou muito já estavam todos na sala esperando Shofi chegar junto com Camila, assim que elas chegaram todos se esconderam e quando entraram gritaram surpresa! Até então Luka ainda não havia dado as caras.

- Aaahh...gente não precisava! Olá Calebe, Jacob e Lívia.- Ela recebeu flores de Jacob com uma piscadela.

- Z dnem ​​narodzhennya! Espero que seu dia seja muito iluminado!.

- Eu não entendo quando você fala ucraniano mas muito obrigada!

- Já que todos chegam vamos para o jardim, Luka fez uma surpresa pra você.- Merry abriu a porta e Camila cobriu os olhos de Shofi.

- Um, dois e pode abrir os olhos...

- Aaahh...aai meu Deus! Que lindo!

- Não olhe para mim, isso tudo foi ideia de Luka.

- E onde ele está?- Camila olhou em volta.

- É cadê o Skavronsk?- Jacob sorriu com uma cara de deboche.

- Eu estou aqui, meu anjo.- Luka saiu de trás da árvore com um lindo buquê de flores. Os olhos de Henrique se encheram com a visão, Luka usava um terno preto, muito bonito, com seu cabelo penteado para trás, exalando um ar de burguês, ele caminhou até Shofi e beijou sua mão.

- Luka, você está tão diferente...

- É pra você. Tudo isso eu fiz para você, por que você é especial para mim, fiquei por muito tempo pensando no que fazer.- Luka engoliu o seco, seus olhos encontraram Henrique atrás de Shofi em pé ainda na porta, com seu semblante triste segurando um copo com champanhe. As palavras fluiram.

- Você é a pessoas mais importante da minha vida, não existe nada que eu não faça por você. Eu sei que eu não demonstro isso com tanta facilidade mas você...Os seus olhos...lindos olhos e seu cheiro que me perseguem para eu vou.- Arrepios subiram até sua nuca.- Sua voz é a única que me guia, não importa onde em todos os obstáculos, em todas as possui só você me faz sentir em casa. Eu amo você.- Henrique sentiu o amargo subir até sua garganta, seu peito pesava como se estivessem o espetando com uma faca.

- Hooww...Luka.

- E para provar que você é a mulher da minha vida...eu...- Ele engasgo por um momento.- Eu quero te perguntar uma coisa.- Luka se ajoelhou e Henrique arregalou os seu olhos, desejando que o que estava preste a acontecer era apenas um sonho ruim.

- Shofia Anderson Carson, você gostaria de se tornar a minha esposa? Casa comigo e deixa eu te chamar de senhora Skavronsk.- Henrique não pode aguentar, ele saiu em silêncio. Assim que virou a porta e correu em meio a mata, perdido sem saber pra onde ir, com todos os seus momentos com Luka passando em sua cabeça como um filme. Doía, como estava doendo, ele estava desesperado. Completamente fora de si, parou no meio da mata, com toda a raiva, com as lágrimas caindo sem parar ele juntou todos os sentimentos e gritou com toda a sua força. Era dramático demais, até para ele, mas ninguém nunca havia o ferido como Luka acabou de fazer.

- Maldito...MALDITO SKAVRONSK! POR QUE LUKA?! POR QUE?- Henrique ajoelhou no chão e chorou feito criança.- Luka...eu amo você...eu te amo, eu te amo...amo...

Fim...

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