Contra mim

                  Cont...

Uma manhã ensolarada, muito bonita para ser portadora de notícias tão ruins" Extra! Extra! Mais uma vítima do devorador de virgens!" a principal manchete do dia, a notícia da qual todos comentavam na cidade não tinha uma pessoa se quer falando sobre o ocorrido, mais uma jovem sequestrada durante a noite, mas algo estava diferente Luka não seria mais visto como um suspeito já que toda a sua família podia confirmar que ele não saiu de casa em nenhum momento, porém a polícia ainda o via como principal suspeito. Apesar dos desaparecimentos, a cidade estava agitada e de certa forma animada porque em menos de alguns dias aconteceriam a festa de Ivana kupala, noite essa que todos da cidade se juntavam no enorme campo e dançavam com as suas guirlandas de flores ao redor de uma enorme fogueira. Noite de Kupala é uma comemoração tradicional eslava que era originalmente comemorada em 21–22 26-28 de junho. A celebração refere-se ao solstício de verão quando as noites são mais curtas, e inclui vários rituais eslavos. Envolve a coleta de ervas, a iluminação de fogueiras e o banho no rio. Uma tradição seguida por gerações e em Brígida, nunca passava despercebida sempre comemorando a noite de Ivana kupala era a festa do ano, a mais esperada por toda a cidade onde o prefeito e a primeira dama acendiam as suas velas e eram os primeiros a jogarem as suas guirlandas no lago zelenyy e claro Henrique sendo o único filha do casal ele seria o centro das atenções, teria de deixar o seu chalé isolado nas montanhas para socializar com toda Brígida ao lado dos seus pais. Nem de longe alguém estaria mais ansioso por essa festa que Luka ela significava o fim do seu tormento e para fechar com chave de outro a lua sangrenta que ocorre uma vez a cada século séria na mesma noite, o plano era perfeito não teria falhas e a cada dia que passava Luka tinha mais controle sobre o seu poder. A questão era algo que o incomodava completamente! Cada dia que se passava Henrique e Luá se tornavam inseparáveis, Luka a comparava com um cachorrinho de rua andando para lá e para cá atrás de um osso. Constantemente Luá frequentava a casa dos pais de Henrique, ele era obrigado a vê os dois juntos o tempo todo, já que a sua tia teve a brilhante ideia de ajudar nos preparativos da festa de Ivana kupala onde lógica Cler e Luá estariam, era irritante olhar isso parecia uma representação da visão do inferno. Luka olhava isso com ódio e fogo no olhar, era repugnante vê Luá agarrando Henrique como um carrapato gruda no cachorro, no mínimo nojenta!

- Luka! Me ajuda com Isso!- Shofi veio trazendo caixotes de madeira cheio de lâmpadas coloridas.

- Deixa que eu te ajudo princesa! Não deveria carregar tudo isso sozinha.

- Haaah...não foi nada!

- Boa garota.- Luka deu um beijo no rosto de Shofi e a agarrou pela cintura, Shofi botou seus braços ao redor do pescoço de Luka. Juntos trocaram alguns beijos e sorrisos entre eles, Henrique observou de longe com o coração apertado e o pensamento " poderia ser eu? Teria alguma chance de ser?" a inveja que corria solta nesse campo era preocupante, Luá com inveja do sentimento que Henrique sente por Luka, enquanto o próprio Luka tem raiva da proximidade de Luá com Henrique que também tem inveja de Shofi está ocupando um lugar que deveria pertencer a ele, é que dia meus amigos, mas que dia! Os ânimos de todos estavam a flor da pele, Luka se concentrou por um momento em alguns arranjos de flor, um arrepio na espinha invadiu e ele olhou assustado ao redor do campo.

- Hã?! Mas o que...- Luka observou em volta por alguns minutos e depois voltou para o que estava fazendo.

" Socorro!"

- O que?! Quem...disse isso?

" Por favor...Eu cai no lago"

- No lago! Tem alguém no lago! AJUDA! ALGUÉM CAIU...- Antes que ele terminasse de falar uma mulher chegou correndo até eles pedindo ajuda desesperada dizendo que sua filha cega havia caído no lago e que não sabia nadar.

- Calma senhora onde ela está?- Henrique prestativo como sempre tentou ajudar a acalmar a senhora. Luka ficou parado a encarar por um ponto fixo e depois saiu a correr em direção ao lago, ele correu entre as árvores até a beirada onde pode vê a menina se afogando nas águas geladas, ele pulou sem pensar e nadou até ela.

- Calma! Eu vou ajudar você apenas nada comigo vai ficar tudo bem!- Ele a segurou pelos braços e nadou até o raso onde a segurou no colo lavando até sua mãe.

- Haaaii...Meu Deus minha filha!

- Mamãe!

- Obrigada! Hoo...Meu Deus Obrigada!

- Não foi nada! Huuf...haa.- Shofi entregou uma toalha para Luka se secar, ele se enrolou nela e foi para o carro, Henrique foi logo atrás dele.

- Mas que...que porr4 foi aquela?- Luka resmungou sozinho.

- Era o que eu pretendia te perguntar, o que foi aquilo?

- Hum!? Henrique, o que você...

- Não responde minha pergunta com outra.

- Não vejo sentido na sua pergunta!

- Você disse que tinha alguém se afogando segundos antes da quela mulher aparecer pedindo ajuda! Como você sabia onde aquela garota estava?

- Você só pode tá ficando maluco! Eu apenas ouvi a mulher pedir ajuda só isso!

- Luka não mente pra mim

- E por que você acha que eu tô mentindo?!

- Você sabe do que eu estou falando.

- Haha! Aquela história louca de novo! Tudo aquilo é apenas uma loucura, tá na cara que as meninas foram influenciadas pela Cler que obviamente tem um parafuso a menos e Luá é só uma, uma...

- Uma o que?- Henrique se aproximou de Luka curioso com o que sairia de sua boca.

- Há...uma pobre coitada que obviamente precisa de ajuda médica.

- Não fala assim dela!

- Há! Me desculpe! Eu ofendi você, falando a verdade da sua namoradinha?!

- Luá e eu somos apenas amigos

- Jura?! Ela não parece pensar assim, pode ter certeza que na primeira oportunidade que ela tiver vai abrir as penas pra você.- Henrique imediatamente deu um tapa em Luka que logo o devolveu em Henrique. Eles se encararam por um breve momento até Henrique o empurrar dentro do carro e eles se beijarem agressivamente.

- Haaaa...- Luka deixou escapar alguns gemidos ofegantes que enlouqueceu Henrique. Por instantes Luka tomou juízo e empurrou Henrique.

- Para! Você...haaa...por que você continua se comportando assim?

- Assim? Assim como? Louco, apaixonado e...

- E completamente maluco!

- E completamente maluco por você- Henrique se aproximou de Luka no intuito de beija-lo mas ele interveio.

- Henrique não, por favor eu...nos já acabamos com isso me esquece vai ser melhor pra você.

- Melhor pra mim? Desde quando eu preciso de alguém pra me dizer o que é melhor pra mim?- Luka se afastou de Henrique e saiu de dentro do carro.

- Henrique me deixa em paz, eu não preciso de você então só desaparece, você não seria o primeiro. Apenas me deixa.- Luka se levantou e encarou Henrique que parecia furiosos, com os olhos firmes em Luka.

- Por que você sempre faz isso, Skavronsk?- Questionou Henrique passando as mãos atrás da nuca.

- Faço o que?

- Isso?! Por que você fica tão...indiferente! Eu sei que você me quer.- Ele olhou para Luka que sorriu em ironias pelo o que ouviu, pensando em como poderia ser tão pretensioso sobre si e sobre o que ele deixa ou não de sentir, mesmo sendo verdade.

- Ah! Por favor, gosta tanto assim de se enganar Henrique, você é muitas coisas mas iludido não combina.- Antes que pudesse terminar a frase Henrique se aproximou e bateu suas mãos no carro prendendo Luka que, por sua vez ficou espantado com a ação rápida dele. Henrique chegou perto de Luka, quase colando seu rosto ao dele, olhando firme com fogo nos olhos e mesmo com raiva ainda se segurava para não agarra ele a força.

- Você pode fugir, pode entrar no próximo ônibus que sair e se esconder do outro lado do mundo, pode fingir e negar para o mundo inteiro negar a si mesmo! Mas você me quer e muito não é pouco não! E se eu pudesse...Aaaahh...que Deus me perdoe, mas se eu pudesse eu agarraria você a força e trancaria você longe de todos até o seu mundo girar em torno de mim.- Luka o encarou incrédulo e com um frio na barriga que se expande, se formando em arrepios que subiam até a sua nuca. Ele engasgou por um minuto e continuou a encarar aquelas olhos totalmente hipnotizado implorando para que ele não falasse essas palavras, poderia sair de qualquer pessoa até de Shofi não significaria nada, mas vindo de Henrique seria como um grito de misericórdia, como uma bala de prata perfurando o seu coração e trazendo uma dor saborosamente deliciosa.

- Eu amo você, Skavronsk.- Henrique se aproximou dele para beija-lo, mas Luka o parou.

- M...mas eu não, eu não amo você Henrique.

- Luk...- Henrique engasgo quando Luka o tirou do seu caminho.

- Sinto muito Henrique, mas eu não posso mais fazer isso, eu não te amo e a partir de agora eu quero que me deixe em paz.

- Eu não acredito em você.

- Que se dane, eu não dou a mínima, você pode continuar a sonhar com os seus contos de fadas, eu realmente não me importo, mas me deixe fora dessa palhaçada.- Luka engoliu o seco que tinha um gosto amargo.- Continue sendo ridículo, com essa loucura toda e se não for o suficiente, continue se iludindo dizendo a si mesmo que eu estou mentindo quem sabe assim, seja menos patético da sua parte.- Assim que Luka se virou não conteve as lágrimas e saiu. Henrique permaneceu totalmente paralisado por um tempo, descongelou com as lágrimas escorrendo, elas amargas, frias e ele sentia as palavras duras de Luka ecoar em sua cabeça. Era doloroso, seu coração estava queimando, tudo girando ao seu redor e as lágrimas não param de cair, ele foi para o seu carro e fugiu para o bar mais próximo. Henrique se sentou na bancada e pediu o dose mais forte uma garrafa de samohon, pura sem batida com um prato de azeitonas verdes como tira gosto, ele bebeu grandes uma atrás da outra. Isso se repetiu por um tempo, até Calebe e Jacob chegam juntos no bar.

- Henrique? Yak spravy?!- Jacob o cumprimenta com um tapinha nas costas, Calebe chega logo depois.

- Nossa que cara horrível! E você tá tomando uma garrafa de samohon. O que aconteceu?

-Shcho tse take?! É por causa do Skavronsk!- Disse Jacob com o seu sotaque ucraniano. Ele olhou para Calebe que tentava conter os risos.

- Eu nunca amei ninguém...na vida e quando eu amo, ele pega o meu coração e joga ele no chão e fica pisando, pisando e pisando e eu continuo indo atrás igual um cachorro...hummm...- Henrique fala embriagado e bebe duas grandes doses da bebida. Calebe e Jacob se encaram preocupados sem saber o que fazer.

- Vamos lá Henrique, somos seus amigos a gente sempre soube que tinha algo mais sobre você e o seu Skavronsk.- Calebe se sentou no banco do lado e pediu uma dose de wisk.

- Ele não é "meu" Skavronsk ele disse...Eu sou patético, mas ele é tão cheiroso, eu pensei que góticos não tomassem banho mas porra ele é tão cheiroso.- Henrique resmunga choramingando no balcão como uma criança birrenta.

- Eu acredito que você deveria seguir a sua vida.- Jacob diz comendo uma azeitona.

- Mas eu não quero. Como posso querer outra pessoas depois do cheiro dele.

- Puff...hahahaha...Bozhe chortove! Ele virou um gado.- Jacob sorriu.

- Henrique, você pode ficar sentado aqui chorando, bebendo e dizendo como o Luka Skavronsk cheira bem ou pode fazer algum coisa seja por você ou por ele.- Calebe tomou sua última dose de wisk.

- É você tem razão...Eu quero vê-lo agora...hum...Lukaaa...por favor.- Henrique puxou o seu celular e tentou ligar para ele mas Jacob tomou o celular.

- Hum?! Alô? Henrique?

- Na dobranich! Skavronsk é o Jacob Vriskrovic, o seu namorado está aqui no bar choramingando quão cheiroso você é! Pode buscá-lo?

- Meu? O que?

- Me dá Isso! Chort. Oi Luka, é o Calebe falando, o Henrique bebeu demais e nos não sabíamos quem mais ligar.

- A...claro, eu entendo onde vocês estão?.

- Aqui no última gota.

- Claro estou indo.- Luka desliga o telefone.- Boa menina, ficou quietinha.

- Huhumm..shuup...por favor, me deixa ir embora, eu imploro.- Diz os prantos do desespero, chorando.

- Chiiiu...Isso vai acabar rápido nem vai doer.

- Não...não, não, não, NÃOOOO POR FABOOR.

- Oi Calebe vim o mais rápido que pude!

- Haaa...Skavronsk. Ele está aqui.

- Eu vou levar ele pro carro, obrigada Calebe....Haaahh...Seu idiota.- Luka deita Henrique no banco de trás do carro, ele está totalmente apagado. Luka começa a dirigir em direção a cabana dele, ao chegar lá deitou Henrique no sofá e foi para a cozinha fazer uma batida anti ressaca. Henrique abriu os olhos, totalmente perdido, sem saber como ele conseguiu ir para casa, se levantou no intuito de ir buscar um copo de água e viu Luka, em pé de costas na sua cozinha.

" Luka está na minha cozinha, eu estou sonhando"

Henrique se aproximou de Luka e o abraçou por trás. Luka ficou para tentando entender o que estava acontecendo, enquanto Henrique estava confortavelmente encaixando seu rosto em seus ombros, era quentinho e cheiroso como estar abraçando um urso panda fofo.

- Você está com dor?- Luka perguntou fazendo carinho no cabelo de Henrique que discordou com a cabeça.

- Você cheira bem...aaahh...Skavronsk.- Henrique segurou as mãos de Luka e lambeu sua orelha, ele fez estremecer todo o copo de Luka, que entre gemidos estava praticamente derretido em seus braços.

- Humm...aaaa...Henrique, não por favor...aaahh.- Luka gemeu tentando negar, mas era em vão, ele já estava sentado encima do balcão com Henrique tirando sua camisa e beijando todo o seu corpo, ofagando, gemendo entre beijos. Henrique puxou o seu sinto, Luka se virou de costas ainda encostado no balcão, Henrique apenas puxou a bermuda que ele usava e abriu suas pernas. No silêncio da casa apenas ouvia os gemidos e os estalos do balcão, no reflexo da janela, Henrique se deliciava com a visão de Luka revirando os olhos e mordendo os lábios, Henrique se debruçou sobre Luka e o segurou pelo pescoço e se apoio com a outra no balcão que fez com que tivesse mais força de ir e vir.

- Haahaahaa...Henrique...hhhmm...Aaii...meu Deus...não pare...haahaa...por favor, eu querohaahh...mais...- Henrique sorriu maldoso, deitou Luka totalmente sobre o balcão e o agarrou pelos quadris, sem parar fez movimentos de ir e vir cm a cintura, agarrou os cabelos dele e gemeu seu nome. Os dois estavam fora de si, havia gemidos, mordidas, marcas de beijos por todo o corpo e muito suor. Eles estavam loucos prestes a chegarem no limite os gemidos estavam mais suaves e mais agudos estava bem perto junto aos arrepios, a campainha tocar e eles se assustarem Luka sobe rapidamente sua bermuda de volta e Henrique fecha rapidamente sua calça. Luka se esconde atrás do balcão e Henrique vai atender a porta e era Luá outra vez.

- Luá! Grru...Em que eu posso ajudar?- Henrique perguntou arrumando o sinto um pouco nervoso.

- Vi que tu estavas no bar e vim lhe vê.- Ela o encarou desconfiada.- Tu vai me deixar criar raiz é?- Ela passou por ele olhando em volta procurando alguma mesmo sem saber o que. Luá se sentou desconfiada no sofá, Henrique sentou ao seu lado virado de frente para a cozinha.

- Tu estás pálido e fede a pinga. Bebeu foi?

- Eu saí um pouco com uns amigos.

- E podia ter levado Luá! Tinha achado era bom.- Luá jogou seu braço sobre os ombros de Henrique. Luka passou da cozinha para o corredor do quarto onde tinha uma porta que levava ao lado de fora da casa, de longe ele apenas observou, do lado de fora sem dizer uma palavra.

- Hhm...É que não deu tempo na próxima.- Henrique continuava olhando em volta para saber se ele tinha conseguido sair. Luá estava achando muito estranho todo esse comportamento, ela continuou olhando em volta, em cima do braço do sofá Luka havia esquecido o celular. Luá puxou o celular o escondeu e foi para o banheiro, assim que viu a foto na tela de bloqueio Luka e Shofi ela entendeu tudo.

- Maldito Skavronsk! Tu não levar ele! Bixo ruim...- Luá virou baixo de raiva, ela encarou Henrique por uma brecha da porta. Luá fez a primeira coisa que veio em sua cabeça por meio do desespero. Henrique estava sentando no sofá quase dormindo, pensando que Luka já estaria perto de casa uma hora dessas, mas talvez não estivesse ele se levantou para dar uma olha no jardim, quando Luá voltou, completarem nua. Ele ficou paralisado com essa cena, sem saber o que fazer, ela o empurrou no sofá e se sentou sobre ele.

- Luá quer ser tua...

Fim...

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