Capítulo três: O guardião - parte 4

Abri meus olhos devagar e vi Fenri está na minha frente ele usa uma máscara de pano.

– Pensei que iria dormir o dia inteiro. – ele retrucou meio nervoso.

Ele jogou umas roupas em cima da cama.

– Vista-se e vá embora.

Estou coberto, sentei-me e percebo que estou nu, na mesma hora me cubro.

– Você tirou minhas roupas?!

– Claro, acha mesmo que eu deixaria você ensanguentado em cima da minha cama de casal com lençóis novos.

Logo um flash vem em minha mente, fazendo relembrar do que aconteceu. Será que ele me viu na forma de lobo?

– Você está bem?

– O que você viu ontem?

– Vi você caindo das escadas do anfiteatro A.

– Caí das escadas?

Como assim? Eu juro que enfrentei um tipo de centauro e que o professor deu em cima de mim... e que eu fiz de tudo para proteger Fenrir.

– Sim, o professor John te empurrou e pensou que você tinha morrido ou algo do tipo, saindo sem prestar socorro.

– Mas, e o centauro?

– Centauro? Você deve ter batido a cabeça com força e imaginado isto.

Será que estou ficando louco? Ou realmente bati a minha cabeça com muita força. Logo perdi o foco do assunto já que aquele mesmo cheiro maravilhoso contamina o ar, uma fragrância doce e deliciosa, que faz meu corpo ficar quente.

– Está muito vermelho. Você está com febre?

Quando vi ele se aproximando de novo me enrolo de baixo das cobertas.

– Estou ótimo. Só preciso descansar um pouco.

– Descanse, mas acho que você gostaria de saber que o chá que você tomou, possui uma planta muito antiga que uma tribo indígena usava para excitar mulheres para reproduzir, mas depois que a raça humana foi modificada ele faz com que os feromônios dos ômegas fiquem mais fortes. Dá uma leve sensação de ter

o ciclo de calor e dá tontura.

– Obrigado por me avisar, pode sair agora. – falei.

Tudo fica calmo até que escuto o som da porta se abrindo e fechando.

***

Três dias depois do "acidente" ainda não falei com Fenrir, entretanto ele ainda senta do meu lado ou próximo de mim, sinto os olhos dele sempre me observando, cada passo. E Alice ainda não apareceu, nem se quer dá notícia.

Hoje seria aula do professor John, mas parece que ele não vai aparecer, já que está muito atrasado.

Fenrir entra na sala e senta ao meu lado.

– Tome. – ele disse colocando um colar que é inibidor de cio (parecido com uma coleira de cachorro).

– Mas.... Por que diabos colocou isto na minha mesa?!

– Você é um ômega, não é? – ele dá uma pausa – Achei que ficaria bonitinho você usando e não sabe quando um tarado pode te atacar. – ele pisca para mim fazendo meu sangue ferver de raiva e vergonha.

Aperto minhas mãos com força.

– Você acha que é quem?! Você não é meu alfa! Não ouse me dar algo do tipo novamente!

– Fique calmo, apenas fiz isso para chamar sua atenção. Mas não precisa ficar com vergonha por eu ter visto você experimentando as sensações de estar no cio.

– Fale baixo! – berrei chamando mais atenção da sala para nós.

– Logo você irá entrar no cio e os alfas correram atrás de você, deve se proteger. – ele disse baixo.

– Não preciso de sua ajuda, como já disse: você não é meu alfa e muito menos meu amigo.

Ele apenas se levantou batendo suas mãos fortemente na carteira. E sai de perto de mim, sentando em outro lugar.

– Não preciso da ajuda dele.... – resmunguei.

***

Já é quase noite.... Não tivemos apenas duas aulas, mas fui obrigado a ficar na faculdade até tarde por causa de uma aula extra. Fenrir depois daquilo desapareceu. Estou na sala novamente, sozinho...

– Olá alunos. – fala uma mulher que entra na sala, usando roupas de frio – Peguem seus agasalhos, pois hoje iremos fazer aula na floresta.

Todos começam a cochichar, questionando se ela ficou doida, já que logo a noite irá cair e ninguém enxergará um palmo a frente. Os alunos também estão com medo dos homicídios que não acharam o culpado, mas é claro que fui eu quem matou, então não preciso temer, porém está acontecendo tanta coisa que

sinto um pouco de medo.

– Fiquem tranquilos, usaremos lanternas. E estarei presente, nada de ruim irá acontecer com vocês.

Ela é bem otimista.

– Tirando que na luz do dia não dá para ver as maravilhas da noite a dentro. Há uma espécie de anfíbio noturno, um sapo, para ser mais especifico a espécie se chama: Sidus terris, conhecido vulgarmente como estrela terrestre. Um ser noturno que quase foi extinto, pelo motivo.... Vocês já sabem. – ela dá uma leve risadinha – Então nunca toquem neles. – a frase final dela sua voz muda para séria.

Pela sua aparência e jeito tenho certeza de que ela é uma beta.

Todos saíram da sala organizadamente e pegaram uma lanterna próximo a porta dentro da caixa e vestiram suas roupas de frio.

Entramos na floresta. Claro que estou acostumado em ir na floresta a noite e espero que a professora não nos tire da trilha.

– Então.... Mais cedo demarquei uma área segura para vocês poderem explorar, quando virem a faixa não vão para longe.

Todos se espalham em dupla ou trio, enquanto eu permaneço sozinho, já que Alice não está aqui e Fenrir, não dará as caras bem cedo, também prefiro não ver aquele cretino, estou melhor sozinho.

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Magia. Mitologia. Bruxaria. Sacrifício. Amizade.

Aalis é uma garota simples. Vive com seus pais, uma vida tranquila, em um vilarejo protegido pelas Bruxas de Salem. Todos os anos os aldeões oferecem parte da colheita às suas protetoras em troca de toda a

segurança proporcionada a eles. Porém, em um ano, algo mudou. As bruxas queriam mais. Elas queriam uma criança. Após os moradores se negarem a dar um dos seus como sacrifício, as bruxas retiram suas proteções do vilarejo e com isso, criaturas mágicas irrompem a barreira, já inexistente, e atacam os residentes da pequena vila. Após muitas lutas, com os invasores, o pai de Aalis morre, porém, antes descobrem que foi feito de cobaia para um experimento das bruxas protetoras e que, por isso, ele não era humano.

Aalis se oferece como sacrifício, para que o seu vilarejo tenha a segurança retomada. Elas aceitam e a pequena garota é criada pela magia que ronda a casa das bruxas. Lá a garota conhece Dakirá, um híbrido de

dragão com vampiro, e eles se tornam grandes amigos.

Um ritual é feito e as bruxas aprisionam um deus no corpo de Aalis, ligando os destinos dela e de Dakirá, obrigando-o a protegê-la. Após o acontecimento, eles são expulsos do ambiente mágico e optam por voltar à vila.

O que não sabem é que lá já se passaram 10 anos e os aldeões estranham. Acabam sendo perseguidos pelos moradores e, contra vontade, fogem. Após a fuga, passam por diversas aventuras que os aproximam mais

ainda, criando um novo laço, o do amor.

As bruxas os encontram e contam-lhes um segredo, fazendo com que os dois sejam obrigados a embarcarem em uma grande jornada perpassada por perigos mortais, aventuras empolgantes e amores emocionantes.

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