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Ele me examina de cima a baixo.

"É para mim?" Ele aponta para minha aparência com um sorriso irônico.

Eu zombo. "Quem me dera."

"Linguagem, boneca." Sua voz abaixa uma oitava. Sua expressão facial fica séria.

Ele tem toda a minha atenção. Meu coração dispara. Arrepios percorrem meu corpo. Por que ele me deixa tão nervosa?

Balanço a cabeça, saindo do transe. "Vai se foder", eu o retruco.

Ele dá de ombros. "Claro, se você curte esse tipo de coisa."

Argh. Cruzo os braços sobre o peito. "Por que você tem que ser tão porco?"

Ele solta uma risadinha. "Você torna tudo tão fácil."

"É? Bom, isso não significa que eu tenha que ouvir. Agora sai da minha frente." Eu o empurro com o corpo para longe da porta, recuperando minha liberdade.

Ele segue. "Sério, qual é a ocasião?"

Suspiro. "Não que seja da sua conta, mas vou a uma festa de aniversário."

"Aniversário de quem? Alguém que eu deva conhecer?"

Pego a sacola de presentes que preparei com antecedência na ilha. "É da Josie. Ela veio para casa comemorar."

"Sua melhor amiga do colégio? Nossa, deve ser uma lembrança do passado."

Ele não está errado. A última vez que a vi foi alguns dias antes de nós dois irmos para a faculdade. Dormimos juntos pela última vez. Tentamos manter contato, mas, claro, a vida segue seu curso. O fato de ela estar de volta a Dallas me deixa animado para reencontrar uma velha amiga.

“Você se lembra dela?”

"Como eu poderia não gostar? Vocês dois eram inseparáveis. Quase não havia um dia em que ela não estivesse na sua casa."

Eu rio. "É, aqueles eram bons tempos."

Aqueles momentos parecem uma lembrança distante. Muita coisa mudou desde então. Sem dúvida, ela sente o mesmo.

De repente, lembro-me de onde estou e de onde preciso estar. "Preciso ir." Procuro minhas chaves ao redor. "Droga, onde foi que eu as coloquei?"

"Estou com as chaves do seu carro aqui." Jake estende a mão para mim. As chaves estão na sua palma grande.

"Estou com as chaves do seu carro aqui." Jake estende a mão para mim. As chaves estão na sua palma grande.

Nunca tinha percebido, até agora, o quão grandes são as mãos dele. Não consigo parar de pensar naquelas mãos grandes por todo o meu corpo. As coisas que ele era capaz de fazer. O prazer... Não. Pare com isso. Nossa, preciso me recompor. Meu eu mais jovem precisa de um choque de realidade. Jake e eu nunca vamos nos encontrar, e preciso que essa parte de mim pare de ter esperanças. Preciso que ela vá embora.

Pego as chaves da mão dele. "Obrigada."

Cometo o erro de olhar em seus olhos hipnóticos. Olhos que fazem minhas partes íntimas tremerem.

Como seria para ele me segurar em seus braços? Em sua cama?

Pigarreio. "Devo voltar por volta da meia-noite, mais ou menos."

"Agradeço por ter me avisado. Me liga se precisar de alguma coisa, ok?"

Concordo com a cabeça e saio pela porta.

Suas palavras aquecem meu coração.

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