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Eu finjo que não me importo. "Nathan, você sabe como as fofocas de escritório podem ser. Olha, foi uma piada de mau gosto que eu achei engraçada na época. Só isso."

Seu rosto assume a mesma expressão de raiva dos irmãos. Ele cruza os braços. "Sabe que eu acreditaria em você... se não soubesse que você se mudou ontem."

"Não, eu não fiz isso." Eu faço o meu melhor para mentir.

"Chega de papo furado, Hall. Ouvi a Mia e a Kami conversando sobre isso no almoço. No começo, não quis acreditar, mas decidi investigar. Você mudou recentemente seu endereço principal na folha de pagamento. É o mesmo da Mia."

Alguém tinha que descobrir em algum momento. Eu só não esperava que fosse tão rápido. "Não é o que você pensa."

"Não é o que eu penso?" Ele ri. "Você foi morar com ela e não contou para o meu irmão, nem para mim. Além disso, você a convenceu de que o Jonathan te incitou. Você andou mentindo pra caramba pra minha irmã."

"Mas Jonathan me deu uma tarefa para fazer." Conto a ele a mesma história que contei para Mia.

Ele ri. "Por favor. Meu irmão pode ser superprotetor com a nossa irmãzinha, mas ele não é tão louco assim."

“Só estou te dizendo o que ele?—”

"Você pode ter enganado a Mia, mas não a mim. Eu sei que você tem uma queda por ela há anos."

Ele sabia? Não. Ele não sabe. Ele pode estar tentando me manipular para que eu diga a verdade. "Deus, não. Ela sempre foi assim?—"

"Uma irmã para você? Você sabe tão bem quanto eu que isso é besteira. Você não é a única que tem olhos. Eu vi o jeito que você olha para ela. Que diabos, você ainda olha para ela desse jeito."

"Como o que?"

"Como se ela fosse um lanchinho que você quer devorar. Mais um entalhe em potencial na sua cabeceira."

Faço uma pausa. "Se você sabia disso há tanto tempo quanto diz, por que não contou nada ao Jonathan? O que está te impedindo agora?"

"Eu esperava que você fosse inteligente o suficiente para cair em si e ficar longe. Seja o amigo verdadeiro que eu sei que você é. Mas claramente eu estava errado."

Um momento de silêncio se instala entre nós. Se ele me pegasse em flagrante, eu esperaria que ele me chantageasse. Que me ameaçasse, pelo menos. "O que você quer?"

"Eu não quero nada. Simplesmente não posso, em sã consciência, deixar você ir atrás da minha irmã."

"Por quê? Porque isso quebra algum código de amizade?"

"Porque eu conheço você. Depois que você a tiver, você vai partir o coração dela. E meu irmão e eu nos recusamos a deixar isso acontecer."

É isso que pensam de mim? Eu não deveria estar surpreso. Deixei essa ser minha reputação por anos. Mas, ainda assim, essa verdade dói pra caramba. "Então é isso que você pensa de mim. Destruidor de corações e jogador por completo. Com fobia de compromisso, hein?"

“Conheço seu histórico com mulheres.”

"Isso foi naquela época. Quero algo melhor para a minha vida agora. Algo a longo prazo. Com ela."

“Fico feliz que você tenha decidido que quer algo duradouro, mas não vou deixar você ficar com minha irmã se estiver usando-a como desculpa para brincar de casinha.”

"Não estou brincando com ela. Eu me importo muito com ela."

Ele faz uma breve pausa. "Se você realmente quer dizer isso, pare de tentar transar com ela e saia da vida dela. Antes que seja tarde demais."

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