Kassamoto, o "Rei dos Gadgets", como ele se autodenominava, estava fervendo de ansiedade. Seus dedos, ágeis como ninjas, digitavam freneticamente no teclado, editando o vídeo que ele acreditava ser seu grande passo para a fama: a review do novo smartphone "Galaxy X-treme 5000". O aparelho, com sua câmera de 100 megapixels, tela dobrável e capacidade de teletransporte (ainda em fase beta), era o sonho de consumo de qualquer geek, e Kassamoto estava pronto para compartilhar sua experiência com o mundo.
Ele respirou fundo, conferindo a iluminação do estúdio improvisado em seu quarto: uma mesinha de madeira, coberta por um tecido verde, que servia como cenário para seus vídeos, iluminada por uma lâmpada de mesa que parecia ter saído de um filme noir. Kassamoto, de óculos grossos e com o cabelo sempre espetado em um topete rebelde, sorriu para a câmera, seu sorriso meio torto, um reflexo do brilho que sua alma geek emanava.
"E aí, galera! É com grande alegria que eu apresento pra vocês o novo Galaxy X-treme 5000, um smartphone que vai revolucionar o mercado! Uma câmera de 100 megapixels que deixa a gente parecendo um super-herói, uma tela dobrável que cabe no bolso e... teletransporte!" Ele fez um gesto exagerado com a mão, demonstrando a grandiosidade do smartphone. "Essa maravilha tecnológica vai deixar todo mundo de queixo caído!"
Kassamoto, com cuidado milimétrico, abriu a caixa do smartphone. A câmera, que ele normalmente usava para gravar seus vídeos, registrava cada detalhe do momento: a embalagem impecável, o design futurista do aparelho, a tela reluzente, tudo em perfeita sincronia com a música de fundo épica.
"Vamos testar a câmera!" Ele sorriu, acenando para a câmera, e então, com um movimento rápido, tirou o Galaxy X-treme 5000 da caixa.
Foi nesse momento que o desastre aconteceu.
Kassamoto, em sua ansiedade, acabou esbarrando na mesa com o cotovelo, derrubando o smartphone que, por um golpe de azar, se despedaçou em mil pedaços.
O silêncio que se seguiu ao estrondo foi ensurdecedor. Kassamoto, com os olhos arregalados, fitou a pilha de plástico e metal que antes era o Galaxy X-treme 5000. A câmera, ainda ligada, capturava o momento de horror em seu rosto.
"E-e-e-e... É, gente, acho que a gente teve um pequeno problema aqui..." Kassamoto gaguejou, sua voz quase inaudível.
"Mas, Kassamoto, o que foi que você fez?!" Uma voz fina, que soava como se estivesse vindo do fundo de um poço, ecoou do quarto ao lado. Era Fernanda, a irmã mais nova de Kassamoto, uma adolescente de 15 anos, com um talento especial para fazer seu irmão se sentir um idiota, mesmo quando ele estava se esforçando ao máximo para ser genial.
Kassamoto, em um ato de desespero, tentou consertar o smartphone, mas os pedaços pareciam se recusar a se encaixar novamente. A tela que antes era reluzente agora estava rachada, o sistema de teletransporte, aparentemente, não funcionava mais.
"Calma, Fernanda, é só um pequeno detalhe... Vai ser fácil consertar!" Kassamoto disse, mas sua voz soava mais para uma súplica.
Fernanda, com um sorriso malicioso, fez um gesto de "ué?" com a cabeça, levantando uma sobrancelha. "Fácil? Kassamoto, o que você fez foi um crime! A Samsung vai te processar por danos morais!"
"Relaxa, Fernanda, eu sei o que estou fazendo!" Kassamoto falou, forçando um sorriso. Ele fechou os olhos, respirou fundo e tentou reunir todas as suas forças para consertar o smartphone.
Ele conectou o Galaxy X-treme 5000 em um carregador, na esperança de que um milagre acontecesse. O smartphone, porém, apenas emitiu um som metálico e irritante, como se estivesse rindo da sua tentativa falha de ressurreição.
"Ah, droga!" Kassamoto exclamou, esmurrando a mesa.
Fernanda, aproveitando a oportunidade, gritou: "Aí, Kassamoto! Já viu como você destrói tudo o que toca? Nem o Hulk conseguiria consertar isso!"
"Calma, Fernanda... Já vai dar tudo certo. O importante é que eu vou mostrar para o mundo a minha genialidade!" Kassamoto disse, com uma voz que tentava transparecer otimismo, mas que soava mais para uma resignação.
Com o Galaxy X-treme 5000 irremediavelmente quebrado, Kassamoto decidiu mudar o foco do vídeo. Ele decidiu mostrar aos seus seguidores como consertar um smartphone quebrado.
"Olá, pessoal! Hoje, eu vou ensinar vocês a consertar um smartphone quebrado! É um tutorial super fácil, só precisa de um pouco de paciência e conhecimento técnico..." Kassamoto disse, forçando um sorriso.
Ele pegou a cola quente, a fita isolante e os alicates, e começou a "consertar" o Galaxy X-treme 5000. A tela quebrada, no entanto, permanecia quebrada, a câmera, que antes tirava fotos incríveis, agora apenas registrava a imagem borrada de Kassamoto, e o sistema de teletransporte, segundo Fernanda, continuava a ser apenas um rumor.
O vídeo, como era de se esperar, foi um desastre. Seus seguidores, que esperavam um review épico do Galaxy X-treme 5000, foram recebidos com uma aula de "conserto" que beirava o ridículo.
"Kassamoto, sério? Você quebrou o smartphone e ainda quer ensinar a gente a consertar?" Um comentário de um fã descrevia o sentimento geral dos que assistiram ao vídeo.
"Essa foi a pior review que já vi na minha vida!" Outro comentário, ainda mais cruel, dizia.
Kassamoto, com o ego ferido, decidiu que precisava de um novo plano. Ele precisava de um gadget que não quebrasse tão facilmente, um gadget que realmente impressionasse seus seguidores.
"Fernanda, me ajuda a encontrar um gadget que seja à prova de Kassamoto!" Ele pediu, com um tom de desespero.
Fernanda, com um sorriso de satisfação, respondeu: "Kassamoto, você acha que existe um gadget que seja à prova de Kassamoto? Você é como um ímã para desastres!"
"Não, Fernanda, você tem que me ajudar! Eu preciso encontrar um gadget que não me traia!" Kassamoto insistiu.
Fernanda, com um olhar crítico, começou a procurar na internet um gadget que, segundo ela, fosse à prova de Kassamoto.
Após horas de pesquisa, Fernanda finalmente encontrou o gadget perfeito: um robô aspirador de pó com inteligência artificial, capaz de limpar a casa sozinho.
"Kassamoto, esse robô é perfeito para você! Ele é inteligente, rápido, e vai deixar sua casa impecável!" Fernanda disse, com um tom de triunfo.
"Mas Fernanda, um robô aspirador de pó? Eu preciso de algo mais emocionante, algo que me faça parecer um gênio!" Kassamoto argumentou.
"Kassamoto, você já quebrou um smartphone, uma câmera, um drone, um smartwatch e um tablet. Um robô aspirador de pó é a única coisa que você não vai conseguir destruir!" Fernanda respondeu, com um ar de superioridade.
Kassamoto, sem ter mais opções, aceitou a sugestão de Fernanda. Ele comprou o robô aspirador de pó e, com um sorriso forçado, preparou-se para gravar seu próximo vídeo.
"Olá, pessoal! Hoje, eu vou mostrar pra vocês o incrível robô aspirador de pó... Espere só pra vocês verem a inteligência artificial desse gadget!" Kassamoto disse, com um tom de entusiasmo que ele próprio não sentia.
Ele ligou o robô e o colocou para funcionar. O robô, com seus sensores inteligentes, começou a navegar pela sala, limpando o chão com uma eficiência impressionante.
"Olha só como ele é inteligente! Ele consegue desviar de obstáculos, reconhece diferentes tipos de sujeira, e até mesmo lava o chão!" Kassamoto disse, com um tom de orgulho que, em parte, era real.
Kassamoto, com um sorriso de satisfação, acompanhou o robô aspirador de pó em sua jornada de limpeza. O robô, com movimentos precisos, passou por baixo da cama, limpou os cantos escuros, e aspirou os pelos de Fernanda, que agora estava deitada no sofá, com um ar de desdém.
"Kassamoto, você está gravando um vídeo de um robô aspirador de pó? Você está se rebaixando!" Fernanda disse, com um tom de deboche.
Kassamoto, ignorando a provocação de Fernanda, continuou a gravar seu vídeo. Ele mostrava aos seus seguidores as diferentes funções do robô aspirador de pó, como a capacidade de mapear a casa, a função de autolimpeza e o sistema de reconhecimento de voz.
"O robô aspirador de pó tem até um app para você controlar tudo pelo celular!" Kassamoto disse, com um tom de entusiasmo.
No entanto, o destino, como sempre, tinha outros planos para Kassamoto.
Enquanto gravava o vídeo, Kassamoto, sem querer, tropeçou no cabo do robô aspirador de pó. O cabo, em um movimento brusco, puxou o robô aspirador de pó, que se desequilibrou e caiu da mesa.
O robô, em um estrondo ensurdecedor, caiu no chão, seus componentes se espalhando por toda a sala. O robô aspirador de pó, que antes era um símbolo de inteligência e eficiência, agora era apenas um amontoado de metal retorcido.
Kassamoto, com os olhos arregalados, fitou o robô aspirador de pó quebrado. A câmera, ainda ligada, registrava o momento de horror em seu rosto.
"E-e-e-e... É, gente, acho que a gente teve um pequeno problema aqui..." Kassamoto gaguejou, sua voz quase inaudível.
Fernanda, com um sorriso malicioso, disse: "Kassamoto, você é um gênio! Você conseguiu destruir até um robô aspirador de pó!"
Kassamoto, com um olhar de derrota, desligou a câmera. Ele não sabia o que fazer, como se havia chegado a esse ponto. Ele era um fracasso, um desastre ambulante, um ímã para a destruição.
Mas, nesse momento de desespero, algo inusitado aconteceu. Fernanda, com um sorriso misterioso, se aproximou de Kassamoto.
"Kassamoto, olha o que eu encontrei!" Fernanda disse, mostrando um pequeno objeto brilhante, que brilhava com uma luz azul.
"Fernanda, o que é isso?" Kassamoto perguntou, com uma voz cheia de esperança.
"É o chip de teletransporte do Galaxy X-treme 5000! Eu peguei quando você quebrou o smartphone!" Fernanda explicou.
Kassamoto, com os olhos brilhando de esperança, pegou o chip de teletransporte. Ele se lembrou do Galaxy X-treme 5000, do seu design futurista, da sua câmera de 100 megapixels, da sua tela dobrável, do seu sistema de teletransporte.
"Fernanda, você pode ter razão! Talvez eu tenha quebrado tudo que eu peguei, mas talvez eu não tenha quebrado o chip!" Kassamoto disse, com um sorriso radiante.
Ele pegou o chip de teletransporte e o encaixou no robô aspirador de pó quebrado. O robô, com um brilho azul, começou a se recompor. Os pedaços de metal retorcido se uniram, os sensores inteligentes voltaram a funcionar, e o robô aspirador de pó voltou a ser o que era: um símbolo de inteligência e eficiência.
"Fernanda, eu vou fazer o que você sugeriu! Eu vou gravar um vídeo do robô aspirador de pó! Mas desta vez, vou mostrar para o mundo que eu não sou só um destruidor, mas um consertador!" Kassamoto disse, com um tom de determinação.
Ele ligou o robô aspirador de pó, que agora funcionava perfeitamente, e começou a gravar seu novo vídeo. O vídeo, desta vez, não foi apenas um tutorial de como consertar um smartphone quebrado, mas uma história de superação, de como Kassamoto, o "Rei dos Gadgets", havia aprendido com seus erros e se tornado um mestre na arte de consertar gadgets.
"Olá, pessoal! Eu estou de volta, e desta vez, eu vou mostrar para vocês que eu não sou só um destruidor, mas um consertador! Eu vou mostrar para vocês como eu consertei esse robô aspirador de pó, quebrado por um descuido meu. Mas, com um pouco de criatividade, o chip de teletransporte e uma pitada de sorte, eu consegui trazer esse robô de volta à vida!" Kassamoto disse, com um tom de orgulho.
O vídeo, que mostrava a jornada de Kassamoto de destruidor a consertador, foi um sucesso absoluto. Seus seguidores, que antes criticavam seus vídeos desastrados, agora se emocionavam com a história de superação de Kassamoto.
"Kassamoto, você é um gênio! Você conseguiu consertar o robô aspirador de pó e ainda fez um vídeo inspirador!" Um comentário de um fã descrevia o sentimento geral dos que assistiram ao vídeo.
"Eu sempre achei que você era um desastre, mas você me mostrou que até os desastres podem se tornar heróis!" Outro comentário, ainda mais emocionado, dizia.
Kassamoto, com o ego reerguido, se tornou um ídolo para os seus seguidores. Ele não era mais apenas o "Rei dos Gadgets", mas o "Mestre dos Gadgets", um especialista em consertar, inovar e, principalmente, aprender com seus erros.
E Fernanda, a irmã mais nova de Kassamoto, que sempre o provocava e o criticava, se tornou a sua maior fã. Ela o acompanhava em seus vídeos, o ajudava a consertar gadgets e o incentivava a ser o melhor que ele podia ser.
Kassamoto, finalmente, havia encontrado a sua vocação. Ele não era só um geek que amava gadgets, mas um gênio que conseguia transformá-los em algo ainda mais especial. Ele havia aprendido que a verdadeira genialidade não está apenas em destruir, mas em consertar, e que a verdadeira fama não está apenas em ser o "Rei dos Gadgets", mas em ser o "Mestre dos Gadgets".
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Atualizado até capítulo 23
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