Capítulo 2 - A Verdade na Sombra

Rafael estava sentado em uma cadeira de madeira simples na casa de Sebastiana, a velha casa que aparentemente é uma simples casa mas por dentro era uma Fortaleza criada pelo próprio Rafael com câmera de segurança quarto do Pânico e que o quintal dava em uma lancha para o mar onde ele poderia fugir e levar a pequena Eduarda, Sim porque não era mais a vida dele só a vida dele que importava e sim a de uma criança que ele escolheu salvar por um código de honra e que tinha que ser responsável por ela pelo resto da vida e também sua mãe Sebastiana que era sua fraqueza, no cômodo que lhe oferecia mais conforto do que qualquer lugar que ele tivesse conhecido nos últimos dois anos. A verdade sobre seu passado ainda pairava sobre ele como uma sombra. Ele sabia que, mais cedo ou mais tarde, seria necessário enfrentar suas escolhas.

No entanto, naquele momento, ele tentava se convencer de que a paz que sentia ali, no vilarejo distante, era suficiente. Mas não era. Seu passado ainda ecoava dentro de sua mente, especialmente com a lembrança de Lara, que parecia ter se apegado àquele homem que ela acreditava ser.

Eduarda entrou na sala com um sorriso gentil, inocente que acreditava que Rafael fosse seu Salvador o mesmo sorriso que ele começara a ver todos os dias desde que ele o havia chegado alí. Ela se aproximou dele, com as mãos entrelaçadas, mas Rafael ainda estava distante.

"Como você está hoje titio?" perguntou, sentando-se ao lado dele, tentando romper o silêncio que sempre parecia existir entre eles.

Rafael respirou fundo, desviando os olhos dela. Ele não podia olhar nos olhos de de Eduarda sem sentir a culpa. Ela merecia a verdade, mas ele não sabia como contar.

afinal ela era criança de 9 anos e não entenderia nada naquele momento. sim desde a morte dos pais até aquele momento já se passaram dois anos.

"Eu estou... bem. Só não consigo deixar de pensar no que fiz. No que eu sou." Sua voz era grave, cheia de um peso invisível que o consumia.

Eduarda o observou em silêncio por um momento, então colocou uma mão sobre a dele, oferecendo o único conforto que ela sabia dar: sua presença.

Ela começou a falar titio o senhor não fez nada de mal são os homens maus que querem fazer maldade comigo.

O Senhor protegeu-me todo esse tempo e eu sou muito grata e amo-te muito por isso.

Sem eles dois perceber dona Sebastiana ouvirá tudo e fala para o filho.

"Rafael, todos nós temos algo que nos assombra. Mas o que importa é o que fazemos agora. O que você fizer daqui pra frente é o que vai definir quem você é." Ela apertou sua mão levemente, como se suas palavras tivessem o poder de arrancar a dor que ele carregava.

Ele olhou para suas mãos entrelaçadas, sentindo-se dividido. A voz de Sebastian parecia ainda ressoar em sua mente, como uma sentença: "Só mais um trabalho." Ele tinha saído da ilha, mas aquele comando ainda o seguia.

"Eu... eu não posso continuar fugindo, mãe Eu não sou quem você pensa que sou." A verdade começou a sair de sua boca, mais difícil do que ele imaginara. "Eu fui parte de algo muito mais sombrio, algo que... destruiu vidas." Ele olhou para ela, como se fosse a última vez que poderia ser honesto.

dona Sebastiana sempre soube apenas se recusou a falar em voz alta porque ela sabia que no momento e que isso acontecesse ela estaria tendo certeza que seu filho era um criminoso cruel, mas sim ela parecia calma, mas seus olhos estavam carregados de questionamentos. "Você está dizendo que foi um criminoso?"

"Não, mãe, eu... fiz coisas que não posso apagar. Matar, destruir famílias, fazer o que me pediam sem questionar. Mas eu não fui só um assassino. Eu tinha um código, algo que me manteve humano. E foi por isso que, no final, eu precisei sair."

O silêncio entre eles se arrastou por um momento. ela não sabia o que dizer, não sabia como reagir. Ela sentia que Rafael estava tentando se desculpar de uma maneira que não poderia ser mais clara, mas o que ele queria dela?

"Eu não sou um monstro, mãe e alí com a cabeça no colo da mãe, ele continuou, sua voz tremendo. "Eu nunca... Eu não matei crianças. Quando enfrentei a missão de acabar com a família Castelli, eu fiz o que pude para salvar a menina, Eduarda. dona Sebastiana naquele momento entendeu porque há dois anos atrás ele trouxe aquela criança para ela cuidar.Eu a trouxe para longe, porque, por mais sujo que fosse o meu trabalho, eu sabia que não podia destruir o futuro dela."

Dona Sebastiana ouviu, com os olhos marejados. Ela não sabia exatamente o que ele esperava dela, mas, de alguma forma, sabia que ele estava se abrindo para ela, confiando-lhe a verdade.

"Você salvou uma vida, Rafael", ela disse suavemente, apertando sua mão. "Isso... isso já é uma redenção, não é? Não importa o que tenha feito antes. O que importa é o que você escolhe fazer agora."

Rafael olhou para ela, sentindo uma onda de gratidão e dor. Ela acreditava nele. Sua mãe acreditava que ele poderia mudar, mas ele não sabia se podia se perdoar.

"Eu não sei se posso mudar, mãe", ele disse, quase como um sussurro. "Mas eu sei que não quero continuar fugindo. Eu tenho que enfrentar o que fiz, e eu preciso... eu preciso ajudar essa criança, olhando pra Eduarda brincando com seus brinquedos que ele a comprará pra ela naqueles dias. Ela precisa de um futuro, e eu... eu preciso me redimir."

"Então, faça isso, Rafael. Vá atrás da sua redenção. E se precisar de ajuda, você pode contar comigo. Porque você não está sozinho."

Ele a olhou nos olhos, finalmente encontrando um pouco de paz. "Obrigado", murmurou. "A Senhora... você não sabe o quanto isso significa para mim."

Sebastiana sorriu suavemente, e, naquele momento, Rafael sentiu algo que ele pensou que tivesse perdido para sempre: esperança.

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