Indo embora do país.

Quando senhor Borges falou que eu iria estudar fora do país, eu não entendi o porque ir tão longe para estudar, agora é se prepara para ir, sem fazer muitas perguntas, agradecer por esta oportunidade.

Uma semana depois eu estava a embarcar num avião, para uma jornada desconhecida, e sem data para voltar, finalmente eu iria alçar voo, para um destino desconhecido, eu agradecia muito pelo estudo e cursos.

Um desses cursos era de línguas estrangeira, escolhi o inglês e espanhol, agora terei chance de praticar o que aprendi.

Apenas com um passaporte e uma pequena mala e uma mochila, eu deixava o país, com a certeza que iria vencer, realizar os sonhos que estavam em meu coração, mas a alegria, e ao mesmo tempo, um frio na barriga de enfrentar o desconhecido, creio que Deus em sua infinita bondade estará comigo, me guardando e ajudando nas horas difíceis que estarão por vir, assim eu creio.

Ao chegar na cidade onde era a faculdade que havia sido escrita, fui até aquela faculdade, ficou tudo certo para o começo dos estudos, depois fui até o endereço do apartamento onde iria morar.

Tudo acertado, a faculdade, o apartamento, onde iria morar, passou um mês após ter chegado nesse país, conheci uma senhora, que morava no apartamento ao lado, o nome dela era Josefa, mas conhecida como Dona Jô, começou ali uma grande amizade, também.

Consegui um trabalho de meio período, trabalhava, estudava, e nas folgas eu ajudava a dona Jô na sua pequena loja de sobremesas.

Com o passar dos meses, Dona Jô me fez um convite, ela convidou-me para morar com ela, assim não precisaria pagar aluguel.

Eu aceitei morar com ela, disse ser uma maneira de agradecer toda a ajuda que eu dava, e também faria companhia uma para a outra.

Tudo ocorreu bem, fui morar com ela, passamos a ter mais convivência, o carinho só aumentou, e com o passar do tempo, passei a ter uma mãe, que se preocupava comigo, ajudava-me nos momentos difíceis, eu tive plena certeza que era um anjo que Deus havia colocado na minha vida para me ajudar.

Ela tornou-se a minha mãe não só na convivência e no coração, mas também no papel, ela adotou-me, passei a ser a filha da dona Jô.

Ela foi a um advogado para ver a minha situação, e se poderia ser adotada por ela como filha.

E tudo foi resolvido, não sei como ela conseguiu, mas agora tenho uma mãe e sou muito feliz com esse acontecimento na minha vida.

Meu nome agora é Gabriely William.

Isso tudo aconteceu nos dois primeiros anos de estadia no país, logo já não iria receber mais ajuda da família Borges, agora ficaria por minha conta, apesar que já não usava mais a ajuda deles, e não mexia no dinheiro que estava guardado.

Assim era a minha vida, estudos, trabalho, assim foi os anos junto com minha mãe, por influência dela, fiz outra faculdade, que era de administração de empresa.

Eu já estava terminando a de desagner, e tudo estava fluindo bem, o tempo era curto, eu abri um pequeno ateliê de roupas, claro com a ajuda de minha mãe, ela era a minha ajuda.

Já fazia cinco anos vivendo naquele país, eu já havia terminado a faculdade de desagner, com meu ateliê, a minha marca já estava bem conhecida na área da moda, não sei te explicar, mas tudo parecia milagre, tudo acontecia de maneira sul real.

Eu continuava a trabalhar no atelier e ajudava a minha mãe na loja dela, e a estudar administração de empresa, tudo era corrido, não tinha tempo para pensar em nada principalmente em namorado, minha mãe sempre me cobrou que queria ser avó, eu sempre falava que assim que terminasse a faculdade eu iria tirar um tempo para achar um namorado.

Mas como a vida tudo acontece, as vezes bom as vezes ruim, um dia estava na loja om minha mãe, ela sofreu um desmaio, levei ao médico, onde descobriu que estava doente, e precisaria passar por tratamento para poder ter uma vida com menos dor, era muito difícil vê lá sofrendo, ela fechou a loja e passou a ir comigo ao ateliê, eu não conseguia deixa lá em casa só, eu preparei uma parte do ateliê para ela ficar confortável, e tudo deu certo, quando eu estava na faculdade, as minhas funcionárias faziam companhia a ela, eu ficava tranquila.

O tempo passou, ela fazendo o tratamento, mas mesmo com os remédios, sofria muito, eu me formei no curso de administração de empresa, eu estava muito feliz, mas não demorou essa felicidade, minha mãe teve complicações, e veio a falecer, eu fiquei muito triste.

Sofri muito, mas com ajuda das minhas colegas de trabalho do ateliê, fui caminhando a passos lentos, mas trabalhando para não pensar na grande perda da minha mãe.

Perdi a minha mãe, a unica que demostrou carinho genuíno, o único amor verdadeiro que senti, e que me dava alegria é força para lutar, nossas conversas, na hora das refeições, a compania dela vai me fazer muita falta, acostumei com a minha mãe do coração.

Vai ser difícil os meus dias sem ela, mas terei que continuar lutando.

Dois meses depois tive uma grande surpresa, um senhor chegou no ateliê, se apresentou como advogado de dona Josefa William, e procurando por mim.

Ele explicou que dona Josefa William, deixou uma herança e que eu sou a única herdeira, eu nunca imaginei que mãe Jô, me deixaria uma herança.

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