ASSUMINDO O NAMORO

Luara e Teslan chegaram de mãos dadas no jardim, e embora todos tenham ficado surpresos, também ficaram muito feliz com o casal.

É claro, que para quem não sabia sobre o laço de companheiro entre eles, o relacionamento era perigoso, pois existia o fato de que futuramente conhecessem cada um o seu.

Por esse motivo, e para que não houvessem boatos desse tipo, Teslan resolveu contar a verdade para seus pais e tios.

 Eles sentaram- se em uma mesa.

_ Estou muito feliz por vocês! Bem-vinda! Disse Jadiane.

_ Obrigada! Respondeu Luara.

_ Também estou, filho. Mas, eu não posso deixar de pensar que somos ligados pelo laço do companheiro. Esse é um dom que Selena, a Deus da lua concedeu-nos.

_ Por mais que eu também gostei de ver os dois juntos, concordo com o seu pai. Falou Dantas.

_ O que farão, se isso acontecer? Perguntou Melissa.

_ Por saber dessas preocupações é que eu chamei vocês para sentarem aqui, eu tenho uma revelação a fazer. Falou Teslan

_ Diga. Estamos a ouvir. Falou Jadiane.

_ Eu e a Luara somos companheiros! Ele disse.

O resto da conversa foi para explicar o porquê ele não sentia todo o laço, mas falar sobre o que já percebera.

_ Pela Deusa! Até nisso essa maldita influenciou! Falou Daniel muito irritado.

_ Não é possível! Temos que descobrir quem é! E expulsa-la da matilha. Traidora. Falou Dante.

_ Não há pistas? Perguntou Melissa.

_ Ainda não. Disse Teslan.

_ Luara, você não pode descobrir quem é, através do seu dom? Perguntou Melissa.

_ Infelizmente não. E creio que as visões eram para encontrar Teslan. Respondeu Luara.

Ela ficou quieta, não gostava de estar a omitir as coisas para eles, mas tudo era muito complicado.

_ O que está passando por sua cabeça? Perguntou Teslan para ela.

_ Nada. Disse.

_ Não me engana, posso não sentir os laços do companheiro, nem ouvir seus pensamentos, mas sinto toda a sua energia.

_ Acho que eles tem razão, eu gostaria de ajudar mais.

_ Não fique triste, se não fosse você, estaria muito mais vulnerável. Teslan falou e lhe deu um selinho.

Luara sorriu e colocou a cabeça em seu ombro.

Estava assim, quando sentiu os primeiros sintomas da visão, sua face ficou branca e os olhos se abriram.

Ela tirou a cabeça dos ombros de Teslan, e ficou com os olhos vidrados, olhando para o nada.

Teslan a chamou:

_ Luara...

Ela não respondeu:

_Luara..

Chamou novamente, e pela terceira vez, sem ela responder.

Flora foi a primeira a perceber o que estava acontecendo e gritou:

_ Deixe-a, Luara está tendo uma visão.

Todos se arrepiaram, e ficaram atentos a Luara.

Eles viram quando tudo aconteceu, e quando a visão terminou ela caiu mole nos braços de Teslan.

Cristal já estava com um copo de água na mao, e assim que ela acordou deu-lhe.

_ Preciso de papel e caneta. Alguém por favor me ajude a escrever.

Em minutos um papel e uma caneta estava sobre a mesa.

Flora seria a que iria escrever.

_ Eu vi um jardim, florido com rosas brancas, escutei alguém chorando e um ursinho cor de rosa com uma orelha de ponta amarela, caído sobre o jardim.

Ela parou e fechou os olhos, estava buscando algo a mais na visão.

_ Era isso, o foco da visão era o brinquedo. Não sei o que quer dizer.

Melissa saiu rapidamente, estava nervosa, ela voltou minutos depois.

Trazia algo na mão, se aproximou de Luara e tirou um ursinho de pelúcia do saco.

_ Era esse o ursinho? Perguntou para Luara.

_ Sim, era exatamente esse. Respondeu Luara.

Seu olhar de indagação foi para Melissa.

_ Era da minha filha. Porque você teve uma visão com isso? Perguntou Dante.

_ Eu não sei. Me desculpem! Disse Luara.

Calissa que ainda estava lá, só que junto com as meninas, ao seu aproximar, viu o ursinho e teve uma dor de cabeça.

Colocou a mão na testa e gemeu, Cristal que estava perto a amparou.

_ O que houve, Calissa? Perguntou Jadiane.

_ Estou com pontadas na minha cabeça, como se fossem agulhas. Respondeu.

_ Seria bom se fosse ao médico. Falou Melissa.

_ Não, irei para casa. Respondeu.

_ Vou acompanhar-te. Falou Cristal.

Ayla falou que também iria.

Elas saíram e foram com Calissa até a sua casa.

Ao chegar a levaram até o seu quarto, Cristal passou os olhos em volta, ela procurava algo que falasse sobre as poções.

Em cima da penteadeira, ela viu um frasco com um perfume prata, era uma poção, bastava saber era a que controlava Teslam ou a própria Calissa.

Cristal tocou o vidro:

_ Que perfume mais lindo! Nunca o vi! Disse para Calissa.

_ Foi o meu pai quem me deu. Ele é ótimo em fazer perfume. Este sempre me acalma.

_ O seu pai era alquimista? Perguntou Cristal.

_ Ele é curioso. Falou Calissa.

_ Posso cheirar? Pediu Cristal.

_ Pode sim. Respondeu Calissa.

Cristal abriu o frasco e cheirou, Flora era a fada que descobria os cheiros, por isso ela sutilmente derramou um pouco sobre o seu vestido.

_ Acabei passando um pouco. Disse para Calissa.

_ Não há problema.

Ayla chegou com um copo de água e um remédio de dor.

Calissa tomou, e elas ficaram lá, até sentir que este fez efeito e Calissa estava relaxada.

Depois disso voltaram a casa de Teslan.

Era tarde quando resolveram voltar para a casa. Antes Luara pediu que Teslan lhe desse a garrafa de Whisky.

Luara, se despediu de Teslan com um beijo.

_ Cuidado. Disse ele.

_ Tudo bem. Respondeu ela.

No caminho para o flat as irmãs conversavam:

_ Que dia! Nem acredito que aconteceram tantas coisas. Disse Cristal.

_ Nem me fale, foi de zero a mil e de mil a zero em minutos. Disse Flora.

_ Qual será nosso primeiro assunto? Perguntou Flora.

_ O que houve no escritório? Perguntou Cristal.

_ Ele tomou o whisky e ficou louco, eu senti toda a sua raiva.

_ Por isso trouxe a garrafa? Perguntou Flora.

_ Sim. Vamos analisar o que há nela. Estou a pensar que teremos que ir para casa no próximo fim de semana. Disse Luara.

_ E, porque resolveu falar sobre o vínculo com Teslan?

_ Por ser a única forma que pensei, para que ele não me machucasse seriamente. E deu certo. Respondeu Luara.

_ Isso quer dizer que, no fundo ele sente o vínculo. Falou Cristal.

_ Sente, ele confiou em mim, e resolveu tornar-me sua, mesmo sem sentir como eu. Falou Luara.

_ Isso é muito lindo! Falou Flora.

_ E sobre a visão do ursinho de pelúcia? Perguntoul Cristal.

_ Para mim, ficou claro que quem está por trás de toda essa vingança, foi quem raptou a Calissa. Falou Luara.

_ Também senti isso, fora o vínculo entre ela, Melissa e Dante. Ela é a filha que eles perderam. Falou Flora.

Cristal e Luara concordaram.

_ Como foi na casa de Calissa? Perguntou Luara para Cristal.

_ Eu descobri o perfume, derramei um pouco no meu vestido, para a Flora poder sentir o seu aroma.

_ Boa ideia, irei tentar, mas concordo com a Luara, temos que ir para casa.

_ Será que os pais de Ayla deixaram ela ir junto? Questionou Flora.

_ Deixarão, se o Teslan também vir. Falou Luara.

_ Pretende levar-lo? Perguntou Flora.

_ Sim, e também contar tudo o que sabemos, perto de nossos pais será mais fácil.

Elas concordaram. Logo estavam no flat.

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