CALISSA

QUEBRA DE TEMPO 3 ANOS ANTES.

Calissa

Hoje é meu primeiro dia na Empresa Catewood, a minha jornada até aqui foi longa a programada.

Cada detalhe foi pensado por mim e por meu pai Heitor.

Eu tenho um objetivo destruir os Catewood.

Eles começaram essa guerra primeiro, antes mesmo de eu nascer. Então eu não sinto culpa alguma.

Teslan Catewood é um homem sério, não o vi muitas vezes nesta semana que estou aqui na empresa, e nem na alcatéia onde estou a morar.

O meu pai planejou tudo, e sendo um homem bom conseguiu aliados para ajudá-lo.

Um deles foi o alfa da alcatéia Lua Nova, pois se eu falasse de qual alcatéia eu era, Lua Negra, ele saberia que eu era uma espiã.

Teslan julga ser inteligente, mas é um tolo. Por isso eu estou aqui, pronta para descobrir os seus segredos sórdidos e destrui-lo.

Na verdade, seria fazer justiça.

Quando vejo toda a riqueza desse lugar e lembro do meu povo passando fome, eu tenho mais raiva.

Eu preciso aproximar-me dele, usar o perfume e começar a colocar em prática o nosso plano.

Eu fiquei estudando seus movimentos por três longos meses e aprendi muitas coisas.

Onde e hora em que ele almoça, quando ele está sozinho, quando chega ao escritório.

Eu precisava desses detalhes para me aproximar.

Era só usar a porção da confusão mental, e pronto o primeiro passo seria dado.

Eram 11 horas, o Sr. Mal (apelido dado por mim) sairia para uma reunião, eu dirigi-me ao elevador e subi até o andar da presidência.

Fui supostamente chamar a minha amiga Laila, secretaria de Deslan para almoçar.

Minha intenção, porém era descer no mesmo elevador com ele.

Eu até gostava da Laila, mas minha aproximação foi estratégica, eu precisava ter uma colega na presidência, ela foi a melhor escolha.

O elevador abriu e fui até a sua mesa:

_ Ola! Como está? Subi para te chamar para almoçar. Disse para Laila.

_ Só se for daqui mais ou menos 40 minutos.

_ Combinado!

Elas estavam a conversar quando a porta se abriu e ele saiu:

_ Laila, estou a ir almoçar com os clientes. Voltou depois das 13h. Não fique sem almoçar.

Calissa, passou o seu perfume sutilmente e foi junto com ele para o elevador.

Teslan sentiu o perfume adocicado e gostoso, após sua cabeça ficou pesada e nublada, mas passou logo.

_ Está se sentindo bem? Perguntou Calissa.

_ Estou sim. Disse ele sorrindo.

_ Pode confiar em mim, sou uma pessoa muito discreta.

Teslam achou aquela conversa estranha, mas acabou contando para onde estava indo.

Quando saiu do elevador não sabia o porquê fez aquilo, talvez seja porque ela tinha o mesmo nome da sua prima desaparecida.

Calissa sorriu. A poção era boa.

DOIS ANOS ANTES

Calissa estava sentada na praça central da alcatéia.

Tudo nela era muito bem organizado, as escolas, o hospital, as casas, as praças.

Os membros eram pessoas alegres, que se respeitavam, e se amavam.

Um ajudava o outro sempre que necessário, e o alfa Teslan era o primeiro.

Ele era mais que respeitado, ele era amado. Calissa podia ver isso. Ele tinha tempo para seus membros, para as crianças, os idosos.

Ninguém era excluído.

Isso deixava Calissa em dúvida sobre o mau caráter daquele homem.

Mas quando passava o perfume dado com tanto carinho pelo seu pai, lembrava da sua alcatéia, e sua raiva voltava.

Ela podia odiar a todos daquela família, menos Melissa.

Melissa era a tia de Teslan, sua filha tinha sido raptada quando era bem pequena, e tinha o seu nome.

Calissa não sabia se era por isso, mas sentia uma conexão imensa com ela.

Sempre que a via, sentia vontade de se aproximar, abraça-la e confortar dizendo:

_ Vai ficar tudo bem!

E tinha vontade de chorar, como se tivesse saudade de algo que não sabe o que era.

A sua loba Taluga, gostava daquela alcatéia, ela sentia haver uma conexão, mas não sabia qual.

" Sempre que olhou para este lugar me sinto como se tivesse chegado no lugar certo" Disse Taluga na sua cabeça.

" Eu penso que você está louca." Respondia Calissa.

" Não seja teimosa! Sente isso também!"

" Mas sei que não devo, não devemos! Seria uma traição com os nossos!".

" Está certa!"

Calissa foi para a casa.

DIAS ATUAIS

Eu consegui fazer com que Teslan confie em mim, eu sei que decepcionei o meu pai com as minhas palavras, mas foram só palavras.

Eu pretendo seguir em frente, com nossa vingança.

Porém, estou triste pelas pessoas daqui.

Eu estou sentada de novo na praça central da alcatéia, desde os primeiros dias fora o meu primeiro local preferido.

Na verdade, o primeiro era a fonte, porém eu passei mal no primeiro dia que fui lá, era como se energias do meu corpo fossem sugadas.

Quando eu contei para o meu pai, ele disse que era porque eu não pertencia aquela alcatéia, e não entrasse nela.

(As águas curadoras queriam limpar Calissa do mal que Heitor colocou nela, por isso a perda de energia.)

Eu estava perdida nos meus pensamentos quando uma garotinha chegou com uma flor.

Essa simples ação, desbloqueou outras imagens dela uma garotinha, entregando uma flor para alguém.

Era uma mulher, pois escutava o seu sorriso, sem, no entanto ver o seu rosto.

Calissa balançou a cabeça para desfazer a lembrança.

O seu celular tocou era o seu pai:

_ Alô! Papai, eu sinto muito ter-te magoado.

_ Não tem problema filha! Eu sei que fará a coisa certa.

_ Sim.

_ Escuta, eu irei mandar uma nova poção. Irá colocar na bebida dele. Ela irá tirar a sua saúde mental.

_ Será feito papai!

_ Assim que se fala. Beijo! Te amo minha filha.

_ Também te amo.

Calissa pensou em como era bom saber que o seu pai tinha-lhe perdoado.

Ela não iria falhar.

Dois dias depois a poção chegou.

Calissa sabia que Teslan tomava uma dose de whisky diariamente, e como era da confiança dele, entrar na biblioteca da casa grande e colocar na bebida foi muito fácil.

" Porque eu não me sinto bem fazendo isso?" Perguntou Taluga na sua mente.

" Não sei Taluga, mas não vamos poder decepcionar o meu pai e o nosso alfa."

Estava feito. Ela deveria estar feliz, porém o seu coração pesava.

Encontrou no caminho de volta Melissa, e a visão da mulher fez o seu coração ficar mais triste.

"Taluga, vamos correr? Eu preciso ir longe desse lugar."

" Eu também."

Ela correu o máximo que conseguiu a tentar fugir da tristeza.

Teslan chegou e depois de cumprimentar a todos foi para a biblioteca, sentiu e tomou seu whisky.

Bateram a porta:

_ Quem é? Será que não posso ter um momento de paz? Vai embora. Gritou.

Era a empregada, que foi embora, sem entender o que houve, era a primeira vez que o alfa gritava daquele jeito.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***