SIM, SOU A SUA COMPANHEIRA

Calissa amou ser chamada para o café na casa do alfa, na sua cabeça, isso era porque o tão sonhado controle sobre ele estava quase completo.

Ela lembrou das vezes que ela contou coisas importantes, segredos de trabalho, sobre alguns clientes.

Todas essas informações, foram passadas ao seu pai, que as utilizou para boicotar e formar alianças nesse quebra cabeça da destruição daquela família e quem sabe da matilha "Filhos do Eclipse".

Quando ela chegou Teslan estava a carregar no colo, uma garota nova da empresa.

Ela não sabia de nada sobre eles dois, e muito menos sobre ela.

As palavras que ela falou para deixar todos tranquilos, deixou ela muito mais curiosa.

Ela olhou a volta da grande mesa e escolheu o seu lugar, era perto de Melissa e Dante.

Melissa e Dante eram para ela as melhores pessoas daquele lugar.

Junto a eles se sentia feliz e triste ao mesmo tempo.

Ela julgava que era por gostar muito dos dois, e saber que iriam sofrer na vingança.

Conforme o tempo foi a passar, a energia daquelas pessoas foram lentamente acalmando e criando em seu coração dúvidas.

" Eles não parecem pessoas capazes de destruir "

" Será que o papai está certo?"

Esses e outros pensamentos iam e vinham, mas o ódio também estava ali, equilibrando a balança, ou desequilibrando. Quem sabe?

Luara e as suas irmãs perceberam onde Calissa escolheu sentar.

Assim que ela cumprimentou e deu o seu primeiro sorriso a Melissa e Dante, a magia do laço de família surgiu.

As três puderam ver e perceber. Uma olhou para a outra confirmando.

Os seus corações ficaram tristes, pois sabia o quanto ela perdera, estava dominada, e como se sentiria mal, quando descobrisse enfim a verdade.

Luara pensou que era primordial o seu pai buscar respostas na antiga matilha de Calissa.

Era lá que esse mistério deveria ser resolvido.

Depois do café, estavam todos conversando em rodinhas.

Teslan tinha se juntado a ela e as meninas, mas fora buscar uma bebida para Luara.

Nesse momento Calissa se aproximou, ele queria voltar rápido para Luara e resolveu que iria dispensar Calissa naquele momento.

Porém, a sua cabeça imediatamente ficou em alerta, e o seu lobo irritou-se, por algum motivo ele sempre cedeu a Calissa, portanto aos poucos algo foi modificando e ele ficou ali.

Teslan estava a responder algo, quando o perfume de hortelã e chuva chegou no seu nariz.

Era maravilhoso, e logo a sua cabeça ficou leve e clara.

Calissa percebeu na hora que Teslan não estava mais em seu controle.

Muitas perguntas surgiram nos seus pensamentos:

" Quem era essa garota?"

" O que ela era do Teslan?"

" Por que a sua aproximação tinha o liberado do efeito da poção de controle?

Ela iria dar um jeito de falar com o seu pai. Ele tinha que saber sobre esse perigo ao seu plano de vingança.

Luara chegou e disse:

_ Teslan, obrigada por buscar a minha bebida.

Ela virou-se para Calissa:

_ Ola! Eu sou Luara. Disse.

_ Eu sou Calissa. Ela respondeu.

_ Quer juntar-se a nós? Perguntou Luara.

_ Não, eu estou conversando com Melissa. Quem sabe depois. Respondeu.

Luara sorriu, entendia essa preferência, muito mais do que a própria Calissa.

_ É uma nova contratada na empresa? Acho que te vi estes dias lá. Perguntou Calissa.

_ Sou sim, estou a trabalhar com a Janete. Quando quiser pode ir lá, ou podemos almoçar juntas. Que tal? Falou Luara.

_ Vamos combinar. Disse Calissa.

_ Ok. Vamos voltar para lá. Disse Luara apontando para as meninas.

_ Você vem, Teslan? Luara perguntou.

_ Sim. Até logo, Calissa.

Calissa se despediu, mas ficou irritada, não conseguiu saber nada do que perguntou.

Ela tinha uma missão, saber sobre um novo contrato de segurança de Teslan, tudo indicava, que ele faria a segurança do filho de um alfa poderoso, durante uma viagem, e o seu pai queria saber qual, pois iria fazê-lo fracassar.

Teve uma das missões, que acabou ferindo quase que mortalmente um segurança, mas o seu pai garantiu que não foi o culpado.

Uma das coisas que mais gostava, era que ele queria sim uma vingança, queria destruir aquela alcatéia, mas não matando todos.

Ele disse que os menores seriam protegidos.

Perdida nos seus pensamentos, Calissa voltou a conversar com Melissa.

Depois de um tempo, Teslan se aproximou de Luara e disse:

_ Vamos conversar agora.

Luara balançou a cabeça em forma positiva.

Ele indicou o caminho e ambos sairam. Eles voltaram ao escritório, imediatamente as imagens dos dois juntos, e o que houve depois surgiu nas suas cabeças.

_ Eu sinto muito! Disse Teslan.

Ele aproximou-se e a abraçou, beijando o topo da sua cabeça.

Luara o abraçou e disse:

_ Está tudo bem. Temos memórias melhores para lembrar, a menos que o seu "sinto muito" , inclua aquilo também.

_ Jamais. Eu amei cada detalhe. E repetiria tudo várias e várias vezes. Ele agora olhava-a com malícia.

Luara olhou para ele, com a mesma intensidade, logo as suas bocas uniram-se.

O beijo tinha a urgência de quem deseja mais.

Teslan parou de beija-la, tinha perguntas, e queria respostas.

_ Venha, vamos sentar aqui. Disse ele puxando Luara para uma poltrona de dois lugares.

_ Agora fala-me, porque pensa que somos companheiros? Perguntou Teslan de uma forma direta.

_ Porque somos, eu descobri logo quando te vi pessoalmente. Senti o nosso laço imediatamente.

_ E, porque não me disse, ou melhor, porque eu não senti?

_ Eu creio que você não sente devido ao feitiço e não te contei porque tive medo da sua rejeição.

Teslan ficou a pensar nas suas palavras, elas faziam total sentido. Ele falou para ela:

_ Mesmo eu não sentindo o laço, eu sei que a algo especial entre nós, e Jarel, o meu lobo também sabe.

Nesse momento ele puxou Luara para o seu colo.

_ Isso quer dizer que confio nas suas palavras, e também que o meu desejo é acasalar e marcar-te.

Era a mais pura verdade, Teslan sentia o mais absoluto sentimento de posse sobre Luara.

_ Eu também quero, ficar longe de você é horrível, mas, eu quero desvendar o mistério sobre tudo. Podemos esperar? Falou Luara.

Teslan olhou para ela e disse:

_ Podemos, porém, quero você como a minha namorada. Quer ser a minha namorada?

Luara o abraçou e disse em seu ouvido:

_ Eu sou inteira sua, e aceito ser a sua namorada.

Teslan, puxou a sua cabeça até que os seus lábios se tocassem.

O beijo foi lento no começo se intensificando.

Uma das suas mãos, foram até o seu seio, o acariciando.

Luara gemeu.

_ Assim você não me ajuda. Disse Teslan pertinho dos seus lábios.

Luara olhou para a mão acariciando o seu seio e respondeu:

_ Nem você me ajuda, amor!

Teslan deu um imenso sorriso:

_ Amor? Eu sou o seu amor? Perguntou, mais para atiçá-la, do que para saber uma resposta.

Ele apertou o biquinho do seu seio:

_:Responde. Ele pediu urgente.

_ Sim! Respondeu Luara com a voz embargada.

Teslan soltou o seu seio e a beijou com ternura.

Luara, buscou no escritório a roupa que havia chegado na alcatéia, foi até onde estavam e tirou do bolso da calça o cristal com o feitiço de proteção.

_ Este é um cristal de proteção, ele irá proteger-te daqui para frente. Nunca deixe de te-lo próximo a você.

Teslan pegou o cristal, ele era azul, e dentro parecia haver nuvens circulando.

_ É lindo, vou usa-lo. Disse e a puxou novamente para o seu colo.

Ficaram mais um pouco se beijando.

_ Vamos voltar? Perguntou Luara.

_ Vamos. Teslan disse.

Ele pegou a sua mão, e quando Luara tentou soltar, ele disse:

_ Quieta, agora somos namorados.

E foi assim que eles voltaram ao jardim.

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