CAFE DA TARDE

Luara estava desesperada, sentia o corpo de Teslan cada vez mais rígido.

O seu olhar vermelho escondia no fundo um medo de perder aquela luta para si.

O que ela pode fazer? Luara não sabe.

E ela sente as garras enfiando cada vez nas suas costas, cortando a sua pele.

Chorando ela disse:

_ Por favor, eu sou sua companheira, não me machuque. Disse baixinho.

Luara levantou a cabeça, e olhou em seus olhos, deixou que Teslan e o seu lobo, Jarel, visse todo o amor, entrega e dor daquele momento.

— Por favor, eu sou sua. Luara tentou de novo, chorando baixinho.

Teslan parecia ter escutado, pois ele retesou ainda mais o corpo, e suas garras foram sendo retraídas, devagar, como se lutasse por controle. .

Um urro alto e dolorido saiu dos seus lábios, ele fechou os olhos, aspirou o perfume de Luara, que parecia ter se acentuado, e gradualmente voltou ao normal.

Luara sentiu Teslan se acalmar, viu os seus olhos voltarem ao normal.

Ele olhou para Luara e pronunciou duas palavras:

- Minha companheira?

Luara percebeu que não era uma afirmação e sim uma pergunta.

Suspirou, o que iria fazer agora? Teria que contar a verdade. Ela jamais mentiria sobre isso. Mas ela estava com muita dor, e sentia-se fraca.

Teslan pousou a mão nas suas costas, quando percebeu que ela não estava bem, ela gemeu e ele percebeu os seus ferimentos.

_ Meu Deus o que eu fiz? A sua voz era de desespero.

Teslan levantou e colocou Luara virada.

O seu vestido estava rasgado e com sangue, e a sua pele com ferimentos profundos de garras.

Ele se desesperou ainda mais, pelo link mental chamou seus pais.

Logo ambos estavam no escritório. Bastou um olhar para saberem o que houve.

_ Coloque ela deitada no sofá. Falou a sua mãe.

Teslan a levou no colo até o mesmo e a deitou de bruços.

_ Pai, mãe. Chamem o médico.

_ Eu já chamei. Disse o seu pai.

_ Desculpa Luara. Ele dizia enquanto apagava os seus cabelos.

_ Tudo bem..Você não tem culpa. A poção está na garrafa de whisky.

O seu pai ao escutar isso pegou a garrafa para quebra-la.

_ Não! Gritou Luara.

_ Não quebre, pode ser útil. Ela continuou.

Daniel a deixou intacta.

_ Quando eu pegar quem fez isso. Não terei piedade.

Luara fechou os olhos, tanta coisa para contar.

O médico chegou e examinou os seus ferimentos, depois passou as orientações:

_ Os ferimentos não foram graves, mas profundos o suficiente para ela perder um pouco mais de sangue.

_ Eu limpei e passei uma pomada para não haver inflamação, deverá tomar esse remédio para dor e continuar a passar a pomada. Ele disse e saiu.

_ Vou buscar uma roupa, e avisar as meninas. Disse Jadiane e saiu, com o seu pai.

_ Teslan, eu...Luara começou a falar, mas Teslan a impediu, colocando um dedo sobre os seus lábios.

_ Depois, agora eu quero te ver bem. Ele disse.

Luara suspirou e concordou com a cabeça.

Teslan tinha muito no que pensar sobre tudo o que houve naquele escritório.

Primeiro a urgência de Luara e a sua em estar juntos, depois a entrega dela, que foi sem nenhuma restrição para alguém virgem.

E por fim e muito importante, o fato do perfume dela conseguir acalma-lo.

Todos esses fatos juntos, eram indício de que ela falava a verdade. Ela era a sua companheira.

Mas, porque não conseguia sentir isso instantaneamente como deveria ser?

Ele estava perdido nos seus pensamentos quando a porta abriu e Flora, Cristal e Ayla surgiram.

_ Luara! Você está bem? Perguntou Cristal.

Ela viu os ferimentos e gemeu baixinho.

_ Meu Deus! Isso está doendo muito? Continuou.

_ Um pouco. Eu já fui medicada. Calma, sabem que a minha loba ajudará na cura. Disse Luara as irmãs.

Flora observou as marcas:

_ Certo, e eu irei fazer uma poção para que as marcas desapareçam.

_ Obrigado! Falou Luara e Teslan juntos.

Flora olhou para ele.

_ Eu olharia para essas marcas e me sentiria culpado para sempre.

_ Olharia?!! Como assim, o senhor olharia para as marcas, nas costas, da minha irmã. Não seriam, marcas visíveis para todos.

Luara sabia exatamente o que Flora estava a fazer.

_ Eu contei que somos companheiros. Disse.

Todos os presentes, incluindo os pais dele, que retornaram para lá, escutaram e a olharam para ela.

_ Companheira??? Falou os seus pais.

_ Contou!??? Falou Cristal, Flora e Ayla.

Pronto, agora todos queriam saber sobre algo.

Teslan falou:

_ Depois, tiraram as suas dúvidas. Agora, Luara irá trocar de roupa e se cuidar. Esperem que iremos para o jardim.

A sua voz não permitiu recusas, todos saíram.

Ele foi ajudá-la a se arrumar, segurou as suas mãos para que se levantasse.

Luara gemia com os movimentos.

_ Cuidado! Disse ele.

Depois que ela estava sentada, pegou a ponta do seu vestido e foi puxar para cima.

Luara o segurou.

_ Um pouco tarde para pudores. Deixa-me cuidar de você. Não era um pedido, era uma ordem.

Luara soltou o vestido, Teslam o puxou, e depois colocou o que a sua mãe trouxe.

_ Pronto, agora vou te levar para o jardim. Teslan a pegou no colo.

_ Posso caminhar. Disse Luara.

_ Talvez, mas não vai. Ele respondeu.

No jardim estavam os pais de Teslan, as meninas, as amigas de Ayla, Dante, Melissa, faltava Calissa.

E no exato momento que eles chegaram ao jardim a mesma surgiu.

Era hora de colocar o plano em ação, observar qual era a energia de interação entre Melissa e Calissa.

Porém, não passou despercebido a Luara, Flora, Cristal e Ayla o olhar indagador de Calissa, quando viu Teslan com ela nos seus braços.

Teslan pediu para trazerem uma almofada para que Luara pudesse encostar.

_ Está confortável? Perguntou ele.

_ Sim, obrigada! Respondeu ela.

Todos, com excessão de Calissa sabiam parcialmente o que havia acontecido e o silêncio era gritante.

Luara olhou para eles e falou:

_ Eu estou bem. Quero que fiquem tranquilos. E vamos aproveitar esse café maravilhoso.

_ A minha irmã é forte, precisaria mais do que um arranhãozinho para feri-la. Disse Flora.

_ E a bela dominou a fera. Falou Cristal.

_ Luara é mais fera do que a própria fera. Quem vê esse olho azul de anjo, se engana. Disse Flora.

_ Verdade! Podemos contar várias histórias. Completou Cristal.

_ Ei!! Podem parar. Estão do meu lado, lembram?

Todos riram da interação das irmãs.

Depois disso o ar ficou mais leve.

Luara estava sentada entre Teslan e a sua mãe. Jadiane segurou na sua mão:

_ Estou feliz, que tenha vindo para as nossas vidas.

Luara percebeu que ela sabia e aprovava seja lá o que fosse que ela e Teslan estavam a ter.

Luara sorriu de volta, feliz.

Teslan fez o possível para atender Luara. Depois do café, eles ficaram pelo jardim, sentados em bancos e cadeiras distribuídos.

Luara, estava numa rodinha com Flora, Cristal, Ayla, Bruna e Jaque.

_ Eu e a Bruna também queremos ir passar um fim de semana na sua casa. Falou Jaque.

_ Será um prazer, podemos fazer uma festa do pijama. Disse Flora.

Combinaram então, que no próximo fim de semana, todas iriam.

Estavam ainda a falar quando Luara viu Calissa se aproximar de Teslan. As suas irmãs também viram.

Luara, foi ao seu encontro, o acontecido no escritório, deu-lhe a certeza que precisava, de que o vínculo de companheiros, anulava o feitiço sobre Teslan.

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Comments

Joelma Oliveira

Joelma Oliveira

ainda bem que elas sabem que a calissa também é uma vítima e vão cuidar dela também.

2025-03-26

6

Claudia Claudia

Claudia Claudia

agora quando a Calissa descobrir que foi sequestrada e manipulada para acabar com sua própria alcatéia aí sim vai ficar muito bom

2025-03-31

0

Nélida Cardoso

Nélida Cardoso

elas tem salvar a Calissa daí vão saber algumas coisas /Rose//Rose//Rose//Rose/

2025-02-13

1

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