CAPÍTULO 8

Claudia não estava gostando da maneira que estava sendo tratada por João Victor, a preocupação dele com a esposa deixou ela enfurecida.

— Escuta aqui, se acha que vai me usar e depois jogar fora está muito enganado! — João Victor não estava acostumado a receber ordens de mulher alguma e não seria agora que ele ia permitir.

— Escuta aqui, digo eu, como ousa gritar comigo aqui dentro da minha casa, sua vagabunda? Nunca prometi nada a você, e tem mais, você que se ofereceu para mim, e se acha que eu vou largar da minha mulher para ficar com você está muito enganada.

— Então é isso, você me seduziu, me usou e agora não sirvo para nada?

— Você nunca serviu pra nada mesmo, quanto a ser usada, por favor, não venha com esse papo de ser usada, porque você foi bem comida e comeu também, então não reclame, eu jamais deixaria a minha mulher que tem classe.

— É mesmo, essa hora ela deve estar na cama com outro te enchendo sua testa de guampa. — Tirando João Victor do sério que levantou da cama, pegando ela pelo pescoço não deixando ela respirar.

— Escuta aqui sua vagabunda, desapareça da minha vida, e ai de ti abrir a boca sobre nós que eu acabo com você! — Empurrando ela para fora.

— Está me ameaçando? — Disse ela quase sem voz.

— Estou, e não volta mais aqui sua piranha. — Claudia ficou desesperada ao se dar conta que foi usada, e agora sendo dispensada como uma mulher qualquer, se sentindo a pior mulher do mundo, se sentindo um lixo, quem ia querer ela agora? Sendo amante dele a mais de cinco anos, acreditando que ele era apaixonado por ela, sonhava um dia que ele largasse a esposa e ficasse com ela. Quanta decepção. Perdeu 5 anos da sua juventude para dividir um homem com outra e agora sendo descartada igual um objeto qualquer, descobrindo que ele era o pior homem que ela conheceu na vida. Não sabendo até que ponto as ameaças eram verdadeiras ou se era um blefe? “Será que ele seria capaz de arranhar a sua reputação e cumprir com as ameaças?”. No entanto ela preferiu sair calada e não provocá-lo mais, a melhor estratégia, era esperar uns dias quem sabe ele voltaria a pedir desculpas e tudo continuaria do jeito que estava, ela se deu conta que falou coisas que não podia ter falado, atiçando a fúria dele atingido o ego dele violentamente quando disse que sua esposa estava com outro. Pensava ela em silêncio enquanto estava dentro de um carro de aplicativo voltando para sua casa em que ela morava sozinha, embora ela sendo filha de pais bem sucedidos ela queria ter sua liberdade de fazer o que bem entender da sua vida sem ter que dar satisfação a ninguém sobre o que ela fazia ou deixava de fazer, ainda mais que seus pais eram conservadores que jamais aceitaria a filha se envolvendo com um homem casado.

Seus pais questionaram porque ela uma mulher linda jovem nunca tinha namorado? A desculpa que ela inventava era o fato que não estava interessada em ninguém, o que seus pais não imaginavam que ela estava de caso com um homem casado há cinco anos, e ninguém suspeitava. Agora ela desiludida sem rumo na vida sem poder contar para ninguém que foi seduzida e depois abandonada da pior forma se sentindo um lixo de mulher, não tinha amigos para desabafar, até porque desde que se envolveu com João Victor ele a proibiu a ter contato com alguém, alegando que ninguém podia ficar sabendo de suas pulada de cerca, além dela, ele tinha outras amantes que ela sabia, mesmo assim ela acreditava que ele amava e sonhava que ela era a única que amava pelo fato dele não querer que ela tivesse amigos.

— Porque você não quer que eu tenha amigos?

— Porque você é exclusiva somente para os meus olhos ver, não vou admitir que outros machos fiquem de olho em você.

— Está com ciúmes?

— É claro que sim, mas porque a pergunta?

— Porque o homem nunca sente ciúmes da amante!

— Você que se engana, o homem tem mais ciúme da amante do que a própria esposa, e gostosa do jeito que você é, com certeza tem muitos por aí querendo te comer.

— Porque você acha isso?

— Olha a roupa que você usa!

— O que tem a minha roupa?

— Você gosta de mostrar seu decote e suas pernas.

— O que é bonito é para se mostrar.

— Bom, nesse caso você decide se quiser continuar comigo vai ter que abrir mão da sua vida social. Ou então paramos por aqui.

— Eu aceito porque não consigo viver sem você!

— Melhor assim, que fique bem claro, se eu souber que você está dando mole para outro macho eu acabo com a sua raça. — Isso deixava o ego de Cláudia lá em cima acreditando que todo aquele ciúme era amor, mas, na verdade não, ela não passava de um objeto de desejo que só servia para saciar os seus instintos selvagens da qual ele era viciado compulsivamente.

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