A loja estava cheia de pessoas, mas para Luna parecia que o tempo tinha parado. Ela estava ali, com as compras nas mãos, mas seus pensamentos estavam longe dali. Dean, que estava ao seu lado, não conseguia desviar os olhos dela. Ele a observava com uma intensidade que fazia o corpo dela se aquecer. O jeito que ele olhava, quase como se estivesse a estudando, fez com que Luna se sentisse um pouco desconfortável, mas ao mesmo tempo, algo dentro dela se incendiava.
De repente, ela sentiu sua respiração mais forte e a presença dele ainda mais próxima. Ela não conseguia entender por que ele a afetava assim, depois de tudo o que havia acontecido entre eles. Mas, de alguma forma, ela não conseguia ignorá-lo.
Dean, que até então mantinha uma postura controlada, não resistiu mais. Ele deu um passo à frente e, com uma rapidez inesperada, a puxou suavemente para mais perto. Luna tentou recuar, mas ele a segurou firmemente, colocando-a contra a parede de forma delicada, mas firme. Seu olhar era inconfundível, quase como se estivesse tentando buscar algo nela.
— Luna... — a voz dele saiu rouca, quase como um suspiro. — Você não tem ideia de como me afeta. Não consigo mais me afastar de você. Não depois de tudo o que eu sinto.
Ela ficou imóvel, sentindo o calor do corpo dele próximo ao seu. Os olhos de Dean estavam fixos nos dela, e Luna sentiu o peso daquele olhar sobre si. Ele não conseguia parar de olhar para ela, especialmente para os seus lábios, o seu pescoço, os contornos delicados de seu corpo. Ela sentiu seu peito apertar, mas, ao mesmo tempo, não conseguia tirar os olhos dele. Algo dentro de Luna queria ceder, mas o orgulho, e talvez o medo de se machucar novamente, a impediam.
— Dean... — ela murmurou, mas sua voz falhou. Ela não sabia o que dizer. O desejo que ele despertava nela parecia impossível de ignorar, mas as feridas ainda estavam lá, frescas demais.
Ele se aproximou ainda mais, suas mãos descansando suavemente na cintura dela, o que fez com que Luna sentisse o corpo inteiro vibrando. A proximidade dele, o toque suave e ao mesmo tempo exigente, fez sua mente ficar em branco. Não havia mais palavras, apenas um silêncio carregado de emoção. Ela não conseguia pensar, apenas sentia.
Dean inclinou-se levemente para frente, seu rosto tão próximo do dela que ela podia sentir a respiração dele acariciando sua pele. Ele estava tão perto que Luna poderia sentir a pressão dos lábios dele sobre os seus, mas ele não se moveu. Ele estava esperando. Esperando ela decidir o que fazer, esperando ela escolher o que realmente queria.
O coração de Luna batia acelerado, e sua mente estava um turbilhão. Ela sabia que ele a estava desafiando de uma forma que ninguém mais tinha feito, mas, ao mesmo tempo, ela não podia negar a intensidade do que sentia por ele.
— Eu não quero que você me perdoe agora, Luna — ele sussurrou, sua voz rouca e carregada de desejo. — Mas preciso que saiba que você ainda é tudo o que eu quero. E eu não vou sair daqui sem tentar, sem lutar por nós.
Luna sentiu o calor subir ao rosto, e sua garganta estava seca. Ela queria reagir, queria gritar, mas a força da presença dele a paralisava. Ela estava contra a parede, mas a verdade era que ela também estava presa ao desejo dele.
Ela fechou os olhos por um momento, tentando encontrar alguma força para se afastar, mas o calor de Dean e a forma como ele a tocava tornavam impossível resistir.
Quando ela abriu os olhos novamente, Dean estava ainda mais perto, e os dois estavam prestes a ceder, prestes a finalmente se entregarem ao desejo que ambos sentiam, mas que ainda estava encoberto por todas as complicações do passado.
Aqui está a continuação do capítulo:
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O silêncio entre os dois parecia pesar cada vez mais, e Luna podia sentir o conflito dentro de si. O corpo dela ainda reagia à presença de Dean de forma que ela não conseguia controlar, mas sua mente ainda estava cheia de dúvidas e receios. Ela tentou dar um passo atrás, mas as mãos de Dean, firmes em sua cintura, impediram qualquer movimento.
Ele a olhava com uma intensidade que fazia seu coração bater mais rápido, e seus olhos, sombrios e carregados de emoções, estavam fixos nos dela. Era como se ele pudesse ver através dela, desnudando suas inseguranças e desejos mais profundos.
— Luna, você não entende… — Ele respirou fundo, aproximando seu rosto do dela. — Não há nada que eu não faria para que você me desse uma chance. Eu sei que te machuquei, mas estou aqui, tentando consertar tudo, lutando contra mim mesmo, contra o que sinto por você.
Ela fechou os olhos, sentindo um nó se formar em seu estômago. O desejo e a raiva se misturavam dentro dela, mas uma parte de Luna queria acreditar nas palavras de Dean. Queria acreditar que ele ainda se importava com ela da mesma forma que antes, mas os ferimentos causados pelo passado não eram fáceis de esquecer.
— Você… — Luna murmurou, tentando encontrar forças para falar. — Você me deixou, Dean. Não posso simplesmente esquecer o que aconteceu. Eu não sei se consigo me entregar a você novamente, não dessa forma.
Dean fechou os olhos por um momento, como se aquilo tivesse sido um golpe direto. Quando os abriu novamente, havia uma nova determinação em seu olhar. Ele deu um passo atrás, mas não a soltou, mantendo suas mãos firmes ao redor da cintura dela.
— Eu sei que não posso apagar o passado, Luna. Mas eu posso tentar ser melhor, posso tentar ser o homem que você merece agora — disse ele com firmeza, a voz mais suave. — E vou esperar o tempo que for preciso. Vou te dar o espaço que você precisar, mas uma coisa é certa: não vou desistir de nós.
Luna sentiu o peso das palavras de Dean caírem sobre ela, e, por mais que quisesse resistir, algo dentro de si começou a ceder. Ela se afastou um pouco, dando-lhe espaço para respirar, mas os olhos dela ainda estavam fixos nele. Algo havia mudado. A tensão que antes a fazia sentir-se presa à parede agora se dissipava lentamente, substituída por um desejo mais profundo, mais verdadeiro.
— Eu não sei o que vai acontecer entre nós, Dean — Luna sussurrou, sua voz quebrada pela emoção. — Mas preciso de tempo. Não posso te dar uma resposta agora. Não assim.
Dean olhou para ela, os olhos cheios de compreensão e paciência. Ele sabia que, apesar de tudo o que haviam passado, havia algo ainda vivo entre eles, uma chama que não se apagou, não importa o quanto ela tentasse ignorá-la.
— Eu vou esperar, Luna. Eu vou te esperar, por mais que demore. Só não se afaste de mim completamente. Não agora.
Aqueles olhos, aqueles olhos que Luna nunca poderia esquecer, estavam agora cheios de uma promessa silenciosa. Ela sabia que o caminho à frente não seria fácil, que havia muitas cicatrizes que precisavam ser curadas, mas algo dentro dela sentia que, talvez, ela não precisasse caminhar sozinha.
Eles estavam ali, no meio de um shopping movimentado, mas o mundo ao redor deles parecia ter desaparecido. E Luna não sabia o que o futuro reservava, mas naquele momento, ela sentia uma coisa clara: Dean estava de volta e não iria embora tão fácil.
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Atualizado até capítulo 51
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