UMA OPORTUNIDADE DE EMPREGO

Carla, fiquei com ela uma única noite, bêbado. Não acho que tenha funcionado nada bem, mas ela apareceu grávida e eu estou esperando o DNA.

- Já disse que não me interessa.

Ele me puxou e me beijou desesperadamente e foi um beijo que me amoleceu e me deixou totalmente entregue, segurando minha nuca e acariciando meus cabelos e com a outra mão me prendendo pela cintura como se tivesse medo de eu sumir dali e que de fato quando paramos para recuperar o fôlego, minha reação foi um tapa na cara dele e depois disso sai correndo e ele sem graça com algumas pessoas que estavam ali fora e nos observavam, veio atrás de mim novamente.

- Arthur, você é um tremendo de um babaca.

Sai dali, chamei logo um táxi, fui embora para o hotel e ao chegar lá tomei um banho e me deitei para dormir. Mas acordei com a minha tia ligando, pois o meu filho estava chorando com saudade.

- Oi meu amor, o que foi que aconteceu?

- tô com saudade mamãe, não consegui dormir.

- mas a mamãe ainda vai demorar a chegar, você vai dormir hoje e amanhã com a Dindinha.

- só queria te ver. Eu não vou chorar mais. Te amo mamãe.

- oh meu amor, você não sabe o quanto a mamãe te ama também e está morrendo de saudade, mas vai passar rápido esses dias tá bom?

- Tudo bem mamãe, eu vou dormir com a Dindinha tá? te amo.

- também te amo. Dorme bem, viu?

Depois disso eu dormi e no dia seguinte acordei com muita dor de cabeça, mas tinha que cumprir mais dois dias de congresso, na verdade transcorreu tudo bem mesmo a Ana usando de várias tentativas para conversar comigo e eu não queria. Eu realmente não estava preparada para conversar com ela.

Miguel me procurou para dizer que depois que eu saí da fazenda, eles dois brigaram e passaram três meses separados, mas depois voltaram e ele conversou com o Arthur e hoje eles estão casados e ela está ajudando o pai na fazenda enquanto faz a faculdade e ele também estava fazendo uma faculdade. Fiquei feliz por ele. Ele me disse que estavam grávidos. Me emocionei, mas continuei calada.

- Carla, pelo menos conversem...

- Miguel, fico feliz por você e desejo tudo bom e fico feliz que vocês se acertaram.

- olha Carla, a Ana não me pediu para falar com você, mas eu gostaria que você soubesse que ela realmente se arrepende de tudo que fez contigo, porém há um preço a se pagar. Naquela época eu disse a ela que foi muito cruel, egoísta e hoje eu vejo ela sofrendo a sua falta e também a tristeza pelo que fez com você.

- bom meu amigo, infelizmente eu não posso mudar o que aconteceu, foram eles dois que decidiram assim e foram eles dois quem me expulsaram de lá. E eu não tenho mais nada a ver com esse assunto, pois já passou tanto tempo.

- É, mas se você pudesse dar uma chance para que ela pudesse te pedir perdão abrir o coração para você.

- No momento eu não quero, não me sinto preparada nem para ela, nem para o Arthur. Eu não tenho condições de ter contato com eles.

- tudo bem, eu entendo você.

No dia seguinte seria a última apresentação e eu estava responsável pela nossa faculdade trazer o vídeo de apresentação novamente e pelo que eu tinha entendido o Arthur vai participar do último momento do congresso e para minha surpresa, quando eu estava mostrando a apresentação da minha faculdade, ele chegou e sentou bem na frente e ficava me observando, me deixando constrangida e nervosa, mas consegui concluir a minha parte agradeci a oportunidade e desci.

Teria um almoço de encerramento e também alguns stands de apresentações das faculdades, mas eu conversei com os meus colegas e disse a eles que precisava ir embora e não ia ficar para a finalização total. Márcio achou estranho pois viemos juntos.

- Meu amigo, não se preocupe comigo. O carro tá aí, vocês podem ficar com ele, eu vou para casa da minha tia ficar com o meu filho e quando vocês forem embora vocês passam e me pegam.

- Mas você tem que ficar, você foi a pessoa que representou a faculdade lá no palco.

- Nada disso, eu fiz a minha parte e agora vocês fazem a de você. Me entenda, eu não quero mais ficar aqui.

Quando eu terminei de falar isso, um senhor chegou no nosso stand e perguntou se eu poderia ir até o escritório, pois o pessoal responsável pelo evento gostaria de conversar comigo...

E eu não tinha nem ideia do que eles iriam querer conversar, Mas acompanhei aquele Senhor e ao chegar na sala estavam quatro mulheres, três homens e o Arthur estava junto. Já fiquei com medo de ter sido algo relacionado ao tapa que eu dei nele.

- Boa tarde é que mandaram me chamar para vir aqui, que os srs querem conversar comigo.

- Boa tarde, tudo bem Carla? Então, eu sou responsável por esse evento, esse aqui é o meu assistente e essas, as nossas professoras e palestrantes, Laura e Amélia. Aqui está o nosso convidado, o senhor Arthur. Palestrante a partir deste ano também. Queríamos te parabenizar por sua apresentação. Você leva muito jeito e principalmente tem muito conhecimento.

- muito obrigada, sempre gostei de apresentar trabalhos na minha vida escolar, trabalhos na escola e não é diferente na faculdade, no sentido de apresentar, no meu caso que gosto. Por isso eles me convidaram para representar a nossa Instituição. E quanto à experiência se deve porque eu trabalho desde cedo na empresa que era do meu pai.

- Me desculpa a pergunta, Quem era o seu pai ?

- bem, meu pai, meu pai faleceu há alguns anos. Ele é o Pedro Albuquerque, irmão do Plínio Albuquerque.

- É sério que você é filha dele? Foi um grande amigo meu, não acredito que estou conhecendo a herdeira dele, nossa, meus sentimentos. Ele faz muita falta em nosso meio.

Limpei os olhos, pois as lágrimas teimavam em descer e agradeci.

- realmente os meus pais fazem muita falta. Estou concluindo a minha faculdade para assumir um dos projetos que ele tinha, enquanto estava vivo e pretendo colocar em prática se Deus permitir.

- que bom saber disso. Nós chamamos você aqui, porque gostaríamos de fazer uma proposta para você, mas você não precisa dar a sua resposta agora, pode pensar com carinho e será um prazer se você aceitar trabalhar conosco.

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