VOCÊ NÃO ME DEVE SATISFAÇÃO

Arthur, eu não tenho nada para conversar com você, e muito menos agora que você é um homem comprometido. Então, vá para a sua namorada, para a sua filha e faça de conta que a gente não se encontrou, fica melhor assim para nós dois.

- se eu já não tinha paz antes de te encontrar, agora que te encontrei é que eu não vou ter e nem deixar para lá mesmo. Eu preciso conversar com você. Não sou comprometido.

- Nós dois, não temos nada para conversar. E como não está comprometido se você mesmo apresentou a sua namorada lá na frente? E outra Arthur, ela está grávida, não quero problemas para mim. Já basta tudo que nos aconteceu.

Nisso, o meu telefone tocou, ele viu que eu me afastei para atender e ficou me observando enquanto eu tentava disfarçar como eu iria falar naquela ligação.

Fiquei numa posição que ele não via a tela do meu telefone, coloquei o meu fone, mas assim que eu atendi que vi o meu filho, eu abri um sorriso e disse com muita vontade.

- Oi meu amor, que saudade de você! Pois quando eu chegar, eu quero saber de tudo isso tá bom? Um beijo, te amo muito tá bom? Te amo, te amo. Guarde chocolates para mim. Simmmm, eu te amo minha vida.

Desliguei o telefone e passei pelo Arthur que ficou me encarando e eu o deixei ali, com certeza ele imaginou que eu estivesse falando com algum homem. Fui ao encontro do Márcio e da Dália e disse a eles que ia procurar alguma coisa para comer fora daquele lugar e depois eu voltava, quando mais uma vez o Arthur veio atrás de mim.

- O que foi Arthur? O que você quer comigo? Por favor me deixe em paz.

- Você já está com outra pessoa, não é isso?

- NÃO te interessa nada da minha vida!

- Pois é, aconteceu então exatamente como eu pensava, que quando você viesse para uma faculdade, ia conhecer outras pessoas e ia me esquecer.

- eu não sei porque você está preocupado com isso, afinal de contas quem está com uma namorada e prestes a ser pai é você. Tchau.

Saí mais uma vez e comi fora do Centro de Convenções e quando retornei ele não estava mais, só a Ana e o Miguel, que estavam juntos com o Márcio e a Dália. Quando os vi juntos, procurei outro lugar para mim.

Meu telefone tocou e era o Márcio.

- Por que você não veio para o seu lugar?

- Meu amigo, quando eu cheguei, vi que a Ana e o Miguel estavam com vocês, então eu não quis atrapalhar. Fique tranquilo, eu estou bem aqui atrás de vocês.

- Meu irmão veio ficar perto da gente, eu fiquei com vergonha. Me desculpa minha amiga.

- mas você não me fez nada, pode ficar tranquilo e aproveita o seu irmão porque eu tô bem.

Depois que terminou esse segundo momento fomos liberados e estávamos convocados para uma festinha à noite no salão ao lado. Eu confesso que não estava muito afim de participar, principalmente agora que eu percebi o Miguel próximo do irmão e eu quero deixar meu amigo aproveitar bastante a companhia dele.

Mas ele e a Dalia insistiram tanto que eu acabei indo. Me arrumei e quando desci, ele já estava no salão e me dirigi para lá, mas novamente quando eu vi que estavam todos juntos, eu saí de perto.

Fiquei afastada conversando com outros colegas da faculdade, até que um amigo nosso chamou o grupo para dançar e eu fui. Foi quando eu vi o Arthur chegando com a tal namorada dele e quando ele me viu na pista de dança não tirou os olhos de mim e na primeira oportunidade quando eu parei de dançar, veio até onde eu estava.

- Vamos sair daqui.

- me deixa Arthur, não vou a lugar algum com você. Me solta!

Todos ficaram observando a cena ali onde eu estava e ele me puxando para fora do salão.

- você está me machucando...

- Agora sim eu vou soltar você e você vai me ouvir.

- eu não tenho nada para ouvir de você Arthur. Porque essa insistência, você tá com uma namorada aqui, a mulher tá grávida. Ela não se importa não com essa cena ridícula? Que saco!

- Eu quero que você olhe nos meus olhos e diga para mim que você não sente mais nada, que você não sentiu saudades, que você não teve vontade de me procurar...

- Arthur você tá maluco? Tem dois anos que você me expulsou da sua casa, da sua vida, por que eu teria que te dizer que sinto saudades ou que ainda sinto alguma coisa por você?

- é que eu quero ouvir de você, porque eu não deixei de te amar nem um dia sequer, eu não perdi a esperança de te encontrar e te pedir perdão, tentar novamente uma oportunidade, mas você sumiu, você desapareceu, você disse que não queria que ninguém soubesse mais nada de você.

- É lógico que eu fiz isso, eu ia ficar aqui me lamentando, sofrendo por você? Era isso que você queria? É egoísmo da sua parte querer isso de mim. Eu perdi os meus pais e quase morri também no acidente. Eu perdi a minha melhor amiga e perdi o meu amor. Tudo de uma vez!

- Carla...

- Tudo de forma drástica, como se eu tivesse sido castigada. Você se lembra das suas palavras? Lembra que você me disse que não podia escolher? E não precisava escolher, mas tudo bem... Aí você acha errado eu ter sumido do lugar, do ambiente que me remetia a tudo isso?

- Carla, pode falar tudo que quiser. Eu sei que fiz tudo isso e amargo todos os dias cada uma das minhas fraquezas. Mas eu me arrependi.

- Arthur, eu não quero mais. Acabou naquele momento que você fez a sua escolha. Qual é o problema agora? Ana fez do jeitinho que eu falei? Te deixou sozinho?

- Sim, fiquei sozinho mas quando ela casou ficou comigo e ... Carla, eu te amo, nunca deixei de te amar. A Brenda, não temos nada. Mantenho a aparência porque não quero o meu nome na boca do povo, mas esse filho não é meu, tenho certeza.

- Arthur, você não me deve satisfação de nada. Não temos nada.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***