Lágrimas em Silêncio - Parte 1

...Era uma tarde que se aproximava do crepúsculo, o céu tingido de laranja e púrpura, enquanto o sol se escondia lentamente atrás do horizonte. O clima estava pesado, quase sufocante, como se o ar carregasse a tensão que pairava no ambiente. Nos fundos da escola, onde geralmente o silêncio dominava, uma cena caótica tomava forma....

...Professores, diretores e alunos haviam se reunido ali, formando um semicírculo ao redor de um cenário alarmante. No chão, alguns estudantes estavam desacordados, com marcas de impacto e roupas sujas de terra. Próxima a eles, uma garota estava caída de lado, com sangue escorrendo pelo rosto, misturando-se às lágrimas que traçavam seu semblante pálido. Apesar disso, ela não demonstrava medo. Seus olhos estavam fixos em um único ponto: o garoto em pé, no centro de toda a confusão....

...Ele estava com os punhos cerrados, o corpo tenso e os músculos contraídos em pura fúria. Uma de suas mãos segurava firmemente a cabeça de outro aluno, que agora estava parcialmente atravessado por uma parede de concreto danificada. Fragmentos da parede estavam espalhados pelo chão, e o som ocasional de pequenas pedras caindo ecoava no ambiente. A expressão do garoto era de pura raiva, os olhos fixos como se canalizassem todo o ressentimento e poder que sentia naquele momento....

...O silêncio entre os espectadores era quebrado apenas por sussurros ansiosos e perguntas nervosas....

...— O que está acontecendo?...

...— Quem é ele?...

...— Ele não é normal......

...Apesar do burburinho, ninguém se atrevia a intervir. O garoto parecia emanar algo mais do que raiva — uma aura opressiva que mantinha todos à distância. Mesmo aqueles que eram autoridade, como os diretores e professores, hesitavam, trocando olhares incertos enquanto decidiam o que fazer....

...A garota no chão, no entanto, não desviava o olhar. Havia algo em sua expressão que contrastava com a situação ao redor. Ela não parecia aterrorizada pelo que estava acontecendo. Mesmo com o sangue manchando seu rosto, havia uma calma quase incompreensível em seus olhos. Era como se ela enxergasse algo que os outros não podiam ver no garoto em pé....

...O vento começou a soprar suavemente, fazendo com que folhas secas e poeira dançassem pelo pátio. O clima carregado não se dissipava, e a tensão parecia atingir um ponto crítico. Mesmo assim, o garoto não se movia, sua respiração pesada e irregular sendo o único som constante além dos murmúrios distantes....

...A cena parecia congelada no tempo, uma mistura de violência, choque e emoções reprimidas prestes a explodir a qualquer momento....

...Era início de tarde, e o sol entrava pelas janelas da sala de aula, iluminando as carteiras arrumadas em fileiras e o quadro branco já preenchido com tópicos da matéria do dia. O professor, um homem de postura rígida e voz calma, estava em frente à turma. Ao seu lado, um rapaz alto e magro, com os ombros ligeiramente tensos, mantinha as mãos nos bolsos da calça, demonstrando certo desconforto....

...O professor ajustou os óculos e indicou com um gesto breve para que o rapaz ao lado começasse a se apresentar....

...— Se apresente para sua nova turma....

...O garoto respirou fundo, tentando manter uma expressão neutra, e deu um passo à frente....

...— Me chamo Aurora. Aurora Santos Hiro. Muito prazer. — Sua voz era firme, mas havia uma hesitação sutil, como se esperasse alguma reação....

...No entanto, a sala permaneceu em silêncio. Nenhum cumprimento, nenhum sorriso. Apenas olhares curiosos ou indiferentes. O silêncio era tão denso que Aurora podia ouvir o som do ponteiro do relógio na parede. A indiferença da turma o incomodou mais do que ele gostaria de admitir. Em sua escola anterior, as apresentações haviam sido recebidas com entusiasmo, mas ali, o ar parecia mais frio, mais pesado....

...O professor, percebendo a situação, quebrou o silêncio....

...— Sente-se. — Ele indicou uma carteira vazia ao fundo da sala, próxima à parede e à janela....

...Aurora caminhou até o fundo, os passos ecoando pelo chão de azulejo, e sentou-se em silêncio. Ele pousou a mochila ao lado da cadeira e olhou pela janela por um momento, tentando afastar o desconforto. Do lado de fora, as árvores balançavam suavemente com a brisa, mas dentro da sala, ele sentia olhares esporádicos o avaliando....

...A aula começou, e o professor retomou a explicação no quadro. Aurora tentava se concentrar, mas não conseguia ignorar a sensação de estar sendo observado. De tempos em tempos, ele sentia os olhares de alguns alunos se voltando para ele, rápidos e furtivos, como se tivessem medo de serem flagrados. Ele não sabia o motivo, mas forçou-se a não se importar. Não era a primeira vez que sentia esse tipo de atenção....

...No meio da aula, Aurora levantou a mão e pediu permissão para ir ao banheiro....

...— Vá em frente, mas não demore. — Disse o professor, sem desviar os olhos do quadro....

...Aurora saiu, o som da porta se fechando suavemente atrás dele. Assim que ele deixou a sala, os murmúrios começaram....

...— Esse Aurora... é o mesmo da escola vizinha? — Perguntou um dos alunos, inclinando-se para o colega ao lado....

...— Como assim? — O outro aluno franziu o cenho, intrigado....

...O professor, que parecia estar ouvindo a conversa, se virou e respondeu com naturalidade:...

...— Sim. Ele é o mesmo que fez 12 alunos da outra escola irem para o hospital....

...O choque foi imediato....

...— Meu Deus, por que ele fez isso? — Sussurrou uma garota na primeira fileira, arregalando os olhos....

...— Não sei ao certo... mas. — O aluno que havia iniciado o comentário foi interrompido pelo som da porta se abrindo novamente....

...Aurora entrou, fechando a porta atrás de si. A sala, que até então estava agitada com os sussurros, caiu em completo silêncio. Ele notou a mudança repentina na atmosfera, mas decidiu ignorar. Sem dizer nada, voltou para sua cadeira no fundo, sentando-se enquanto ajeitava a mochila no chão....

...O silêncio era palpável, mas Aurora não demonstrava nenhuma reação. Ele encarou o quadro à frente e deixou os pensamentos correrem, tentando ignorar a sensação de isolamento que parecia crescer a cada minuto naquela sala....

...Alguns minutos passaram após a volta de Aurora para a sala, e a aula seguia em ritmo lento, até que a porta se abriu de repente, revelando uma garota ofegante. Ela tinha cabelos soltos que balançavam ligeiramente enquanto se movia rapidamente para dentro da sala....

...— Desculpa a demora, professor! — Disse com um tom levemente arrependido, mas ainda despreocupado....

...O professor, que estava em pé próximo ao quadro, franziu o cenho ao vê-la entrar tão tarde. Ele ajeitou os óculos e respondeu de forma séria:...

...— Senhorita Serena, que tipo de horário é esse para chegar à sala de aula? A primeira aula já terminou....

...Serena fez uma pausa, parecia estar considerando o que dizer, mas acabou soltando:...

...— Tive um inconveniente. — Seu tom era casual, tentando amenizar a situação....

...Antes que o professor pudesse responder, uma voz feminina vinda das fileiras mais à frente quebrou o silêncio:...

...— Ela tava dormindo, professor....

...O comentário arrancou algumas risadinhas discretas da sala. Serena virou-se rapidamente para encarar a colega, com as sobrancelhas levemente franzidas em desaprovação, mas logo disfarçou sua irritação com um sorriso sem jeito....

...— Não foi isso... exatamente....

...O professor olhou para Serena com um misto de ceticismo e resignação. Ele balançou a cabeça, claramente desacreditado, mas resolveu não se alongar na situação....

...— Tudo bem, senhorita Serena. Vou deixar passar desta vez. Sente-se....

...Serena agradeceu com um aceno e caminhou até sua mesa, que ficava ao lado de sua amiga, no meio da sala. Ela se sentou e começou a se ajeitar, tirando o material da mochila e lançando um olhar rápido para a colega ao lado, que ainda sorria maliciosamente....

...O tempo passou, e logo o som do sinal ecoou pelos corredores, indicando o fim daquela aula. O professor começou a recolher os papéis de cima de sua mesa enquanto dava suas últimas instruções....

...— Quero o trabalho pronto para a próxima semana. Não esqueçam....

...Os alunos começaram a se levantar, arrumando suas coisas com pressa. O burburinho aumentava à medida que a sala ia se esvaziando, com a maioria indo em direção ao intervalo para lanchar ou conversar. Serena estava abaixada, arrumando sua bolsa, enquanto suas amigas já estavam prontas para sair....

...— Serena, vamos! — Disse uma delas, já perto da porta....

...— Tá bom, só vou guardar as coisas aqui. — Respondeu, enquanto fechava o zíper da mochila com pressa....

...Do outro lado da sala, Aurora permanecia imóvel, sentado em sua cadeira no fundo, com o olhar fixo na janela. Ele parecia alheio ao movimento à sua volta, perdido em pensamentos enquanto observava as árvores do lado de fora. Serena, ao fechar sua bolsa, levantou a cabeça e olhou para ele....

...Havia algo nele que chamou sua atenção. Talvez fosse a postura rígida, a forma como estava isolado ou o olhar distante e introspectivo. Ela percebeu que não o havia visto antes. “Aluno novo?”, pensou consigo mesma. Antes que pudesse ponderar mais, ouviu sua amiga chamá-la novamente, desta vez com mais urgência....

...— Vamos logo, Serena! — Gritou do corredor....

...Serena deu um último olhar para Aurora, mas ele sequer pareceu notar sua presença. Ela suspirou e apressou o passo, saindo da sala para se juntar às amigas....

...A tarde já se esvaía lentamente, com o céu tingido por tons alaranjados e sombras alongadas se projetando pelo pátio da escola. O som do sinal ecoou pelos corredores, indicando o fim das aulas do dia. Imediatamente, o ambiente foi tomado por um turbilhão de sons: cadeiras arrastando, mochilas sendo fechadas e passos apressados pelo chão de cerâmica. Conversas animadas e risadas enchiam o ar enquanto os alunos se preparavam para ir embora....

...Aurora, no entanto, não se movia. Sentado em seu lugar habitual, no fundo da sala, ele mantinha os olhos fixos na janela. O mundo exterior parecia muito mais interessante para ele do que o agito ao seu redor. Seu olhar era distante, pensativo, quase como se buscasse respostas entre as árvores e o céu cada vez mais escuro. Ele parecia imune ao caos da sala, perdido em um universo próprio....

...A porta da sala se abriu, revelando Serena. Seus cabelos balançavam levemente enquanto ela entrava, carregando sua mochila parcialmente aberta....

...— Pode ir na frente. — Disse casualmente para alguém que a acompanhava, antes de entrar sozinha....

...Ao entrar, ela percebeu Aurora no fundo da sala. Ele estava imóvel, uma figura quase estática em meio à confusão de alunos que ainda finalizavam suas tarefas. Serena caminhou até sua carteira, ajustando os itens na mochila com pressa. Ela lançou um olhar rápido para Aurora, mas ele não parecia notar. Serena hesitou por um momento, como se quisesse dizer algo, mas desistiu e deixou a sala sem pronunciar uma palavra....

...No corredor, ela esbarrou em uma de suas amigas, que carregava um sorriso curioso no rosto....

...— Você sabe quem é aquele novo aluno? — Perguntou Serena, tentando parecer casual, mas não conseguindo esconder sua curiosidade....

...A amiga parou e olhou para ela com um ar de surpresa....

...— É o Aurora. — Respondeu em tom baixo, como se estivesse compartilhando um segredo perigoso. — Aquele que deixou 12 alunos da outra escola extremamente machucados....

...Os olhos de Serena se arregalaram por um breve instante. "Então, é ele...", pensou. Ela compreendeu imediatamente o motivo dos olhares desconfiados e dos murmúrios sempre que ele estava por perto....

...Os dias seguintes passaram como um borrão. Aurora manteve o mesmo hábito: permanecer na sala até ser o último a sair, sempre com o olhar perdido na janela. E Serena, sem entender o motivo, começou a notar esse comportamento. Dia após dia, ela o via ali, imóvel, tão alheio a tudo e a todos. E, sem perceber, ela começou a prestar mais atenção nele....

...Em uma tarde cinzenta, a escola estava mais vazia do que o normal. O céu começava a ameaçar chuva, com nuvens pesadas cobrindo o horizonte. Serena estava do lado de fora, aguardando sua mãe, que estava atrasada. Ela se sentou em um banco próximo ao portão, verificando o celular de tempos em tempos, mas sem receber nenhuma mensagem. Ao longe, viu Aurora saindo pela porta principal. Ele caminhava calmamente, como se não tivesse pressa alguma....

...Ao perceber Serena ali, ele parou a alguns metros de distância. Ela, no entanto, desviou o olhar, tentando parecer desinteressada. Seu coração acelerou ligeiramente. Afinal, Aurora tinha uma reputação. "É apenas um colega", pensou, tentando se convencer....

...Então, ela sentiu algo frio em seu ombro. Um pingo d'água. Ela olhou para cima e percebeu que a chuva estava prestes a cair. Olhou ao redor, buscando algum abrigo, mas não havia nenhum por perto. Atrás dela, os portões da escola já estavam fechados....

...Enquanto Serena ponderava o que fazer, o som de um motor chamou sua atenção. Uma moto se aproximava, seu ronco ecoando pelo pátio vazio. A moto parou bem na frente deles, e uma mulher com aparência descontraída, usando um capacete, gritou:...

...— Sobe aí na moto, pivete!...

...Aurora olhou para a mulher e suspirou....

...— O que é isso, tia?...

...Ele então notou o céu carregado e a chuva iminente. Sem dizer mais nada, tirou o casaco que vestia e o colocou sobre a cabeça de Serena. Ela piscou, confusa....

...— O quê? — Disse, franzindo o cenho....

...— Vai chover. E quem viria te buscar se atrasou por algum motivo. — Disse Aurora, de forma direta....

...— Não preci—...

...— Eu espero a pessoa que viria te buscar aqui e explico que você já foi para casa. Pode ir....

...Serena hesitou, mas, no fundo, sabia que Aurora tinha razão. Relutante, ela subiu na moto, segurando o casaco sobre a cabeça. Antes de a mulher dar partida, Serena murmurou:...

...— Desculpa......

...Aurora, parado sob as primeiras gotas de chuva, respondeu calmamente:...

...— Não peça desculpa por algo que foi eu quem quis....

...A mulher na moto olhou para ambos, com um sorriso malicioso no rosto....

...— Pera aí, vocês são namorados?...

...Serena corou, arregalando os olhos....

...— N-não! — Respondeu rapidamente, balançando a cabeça....

...Aurora suspirou e disse, sem emoção:...

...— Ela é uma colega minha....

...Com isso, ele fez um gesto para que fossem logo....

...— Vão antes que chova de verdade....

...Enquanto a moto se afastava, a mulher gritou para Aurora:...

...— Não se atrasa pra janta, hein, pivete!...

...Aurora apenas murmurou para si mesmo, balançando a cabeça:...

...— 'Pivete'... — E soltou um suspiro cansado, observando a moto desaparecer na distância. A chuva começava a cair de verdade agora, mas Aurora permaneceu parado, deixando as gotas molharem seus cabelos e rosto, perdido em pensamentos mais uma vez....

...A moto rugia pela estrada molhada, enquanto gotas de chuva começavam a cair mais intensamente, salpicando a viseira do capacete da mulher que dirigia. Serena, sentada na garupa, segurava o casaco de Aurora firmemente contra o corpo, tentando proteger-se do vento frio que acompanhava a tempestade iminente. O som do motor era quase hipnótico, cortando o silêncio constrangedor que havia se formado entre as duas....

...Após alguns minutos, a mulher, que Serena agora sabia ser tia de Aurora, quebrou o silêncio:...

...— E então, garotinha, onde você mora?...

...Serena respondeu rapidamente:...

...— Perto do Museu das Essências....

...A mulher assentiu com a cabeça, mantendo os olhos na estrada. O silêncio voltou, preenchido apenas pelo ronco do motor e o barulho distante de carros passando. A chuva agora se intensificava, tornando a atmosfera ainda mais carregada....

...Serena, inquieta com os pensamentos sobre Aurora, finalmente se pronunciou:...

...— Por que ele fez isso?...

...A tia de Aurora não respondeu imediatamente. Seu rosto parecia concentrado, mas Serena percebeu uma leve mudança em sua expressão. Quando ficou claro que ela não continuaria, Serena insistiu:...

...— Ele não é um delinquente qualquer?...

...A mulher soltou uma risada curta e inesperada, sacudindo a cabeça ligeiramente....

...— Delinquente? — Repetiu, divertida. — Aurora às vezes é esquentadinho, sim, mas delinquente? Nunca....

...Serena hesitou, surpresa pela reação da mulher....

...— Não sei se "delinquente" foi a palavra certa... Mas todo mundo conhece ele. Ele não tem uma boa imagem. Quero dizer, ele feriu 12 alunos na outra escola....

...A mulher, agora com uma expressão mais séria, respondeu calmamente:...

...— Eu entendi o que você quis dizer. E sim, é verdade. Ele levou 12 alunos ao hospital. Mas já se perguntou o motivo disso? Se o que ele fez foi por algo bom ou ruim?...

...Serena franziu o cenho, confusa....

...— Existe um motivo bom para ferir alguém?...

...A mulher deu um sorriso enigmático, desviando os olhos rapidamente para Serena antes de voltar a atenção à estrada. O vento batia forte contra seus rostos, e a moto começou a desacelerar levemente enquanto ela respondia:...

...— Vivemos em um mundo onde existem os Vitalis e os Nox... Talvez isso não seja muito importante para você, mas......

...Serena endireitou-se no assento, ouvindo com atenção. A mulher continuou:...

...— Desde a guerra, tenho cuidado de Aurora como se fosse meu filho. Ele nunca teve o apoio, o carinho ou a presença dos pais, mas eu fiz o possível e o impossível por ele....

...A voz dela ficou um pouco mais sombria, carregada de memórias....

...— A guerra foi travada tanto por Vitalis quanto por Nox. Mesmo que os Nox não tenham lutado diretamente contra os Vitalis, havia tensão... Depois que o imperador venceu, regras rígidas foram impostas aos Vitalis. Eles passaram a ser tratados como menos que humanos, como se fossem uma ameaça constante....

...Ela soltou um suspiro profundo, o som quase se perdendo no vento....

...— Esse ódio criou mais brigas, confrontos. E os Vitalis... Eles sofrem. Especialmente aqueles que nasceram com corpos diferentes....

...Serena absorvia cada palavra, tentando juntar as peças da história que ouvia pela primeira vez....

...— O que isso tem a ver com Aurora? — Perguntou, ainda sem entender completamente....

...A mulher fez uma pausa, parecendo escolher bem as palavras....

...— Aurora é um garoto de bom coração. Mas quando alguém com um coração assim vê injustiças, especialmente contra pessoas que não podem se defender... isso pode deixar sua mente em conflito....

...Serena não conseguiu esconder a surpresa em sua voz:...

...— Como assim?...

...— Os 12 alunos que ele feriu eram 12 Nox, e estavam atormentando Vitalis. Fazendo-os sofrer. Especialmente aqueles com corpos diferentes. Aurora não suportou....

...O silêncio tomou conta novamente enquanto Serena processava o que acabara de ouvir. O som da moto diminuiu à medida que elas se aproximavam do Museu das Essências. Finalmente, a mulher parou a moto em frente a uma casa simples e olhou para Serena por cima do ombro....

...— Não sei se o que ele fez foi algo bom ou ruim, mas de uma coisa eu sei. Ele é um bom menino....

...Serena desceu da moto, ainda segurando o casaco de Aurora. A chuva agora caía mais forte, respingando no chão e nas roupas das duas....

...— Obrigada, senhora... — Disse Serena, sua voz hesitante e cheia de emoção....

...A mulher deu um sorriso largo e fez um gesto com os dedos, como se estivesse dizendo adeus de forma descontraída....

...— Não tem de quê....

...Ela deu a partida na moto novamente, gritando enquanto se afastava:...

...— Tchauzinhooo!...

...Serena ficou parada, observando-a desaparecer na distância. Só então percebeu que ainda estava segurando o casaco de Aurora, agora encharcado. Um calafrio percorreu sua espinha, e ela olhou para o céu. Com um pequeno grito de frustração, ela começou a correr para casa, sentindo o peso do casaco e de suas novas reflexões sobre Aurora....

Capítulos
1 Introdução
2 O Despertar do Poder
3 Nas Linhas da Preparação
4 Sombras no Limite do Vazio
5 Perfil - Essentia - 01
6 Os Arautos do País Único
7 Lágrimas em Silêncio - Parte 1
8 Lágrimas em Silêncio - Parte 02
9 A Tempestade do Bosque Alado - Parte 01
10 A Tempestade do Bosque Alado - Parte 02
11 A Tempestade do Bosque Alado - Parte 03
12 Mudança nos Corredores
13 Onde Floresce a Amizade, Silenciam as Sombras
14 O Preço das Respostas - Parte 01
15 O Preço das Respostas - Parte 02
16 O Preço das Respostas - Parte 03
17 Quando a Fúria Dança Entre Sombras e Lâminas - Parte 01
18 Quando a Fúria Dança Entre Sombras e Lâminas - Parte 02
19 Meu Capitulo! #1
20 Quando a Fúria Dança Entre Sombras e Lâminas - Parte 03
21 Quando a Fúria Dança Entre Sombras e Lâminas - Parte 04
22 Quando a Fúria Dança Entre Sombras e Lâminas - Parte 05
23 O Emaranhar dos Últimos Acordes - Parte 01
24 O Emaranhar dos Últimos Acordes - Parte 02
25 Memórias no Coração da Cidade
26 Um Anúncio Inesperado.
27 A Chama da Coragem Inesperada
28 O Jogo que Transcende os Limites - Parte 01
29 O Jogo que Transcende os Limites - Parte 02
30 Confusão do Passado
31 Fim
32 A Tempestade do Bosque Alado - Parte 03
33 Em Cindido Abandono..
34 Labirinto das Emoções
35 Invasão Sombria e Libertação Caótica - Parte 01
36 Invasão Sombria e Libertação Caótica - Parte 02
37 O Rei Protetor
38 Guerreira Lendária
39 Perfil - Essentia - 02
40 Visão de Paz
41 Sangue e Circuitos - Parte 01
42 Sangue e Circuitos - Parte 02
43 Perfil - Vilões
44 Sangue e Circuitos - Parte 03
45 Sangue e Circuitos - Parte 04
46 Sangue e Circuitos - Parte 05
47 Eco de Dor - Parte 01
48 Eco de Dor - Parte 02
49 Queda, Determinação e Vingança.
50 Subindo No Rank Imperial - Parte 01
51 Perfil - Essentia - 03
52 Subindo No Rank Imperial - Parte 02
53 Subindo no Rank Imperial - Parte 03
54 Subindo no Rank Imperial - Parte 04
55 Subindo no Rank Imperial - Parte 05
56 Subindo no Rank Imperial - Parte 06
57 Ciclos de Dúvidas - Parte 01
58 Ciclos de Dúvidas - Parte 02
59 Ciclos de Dúvidas - Parte 03
60 Início de Missões
61 Enigma do Nexus
62 Aurora vs Valerian - Parte 01
Capítulos

Atualizado até capítulo 62

1
Introdução
2
O Despertar do Poder
3
Nas Linhas da Preparação
4
Sombras no Limite do Vazio
5
Perfil - Essentia - 01
6
Os Arautos do País Único
7
Lágrimas em Silêncio - Parte 1
8
Lágrimas em Silêncio - Parte 02
9
A Tempestade do Bosque Alado - Parte 01
10
A Tempestade do Bosque Alado - Parte 02
11
A Tempestade do Bosque Alado - Parte 03
12
Mudança nos Corredores
13
Onde Floresce a Amizade, Silenciam as Sombras
14
O Preço das Respostas - Parte 01
15
O Preço das Respostas - Parte 02
16
O Preço das Respostas - Parte 03
17
Quando a Fúria Dança Entre Sombras e Lâminas - Parte 01
18
Quando a Fúria Dança Entre Sombras e Lâminas - Parte 02
19
Meu Capitulo! #1
20
Quando a Fúria Dança Entre Sombras e Lâminas - Parte 03
21
Quando a Fúria Dança Entre Sombras e Lâminas - Parte 04
22
Quando a Fúria Dança Entre Sombras e Lâminas - Parte 05
23
O Emaranhar dos Últimos Acordes - Parte 01
24
O Emaranhar dos Últimos Acordes - Parte 02
25
Memórias no Coração da Cidade
26
Um Anúncio Inesperado.
27
A Chama da Coragem Inesperada
28
O Jogo que Transcende os Limites - Parte 01
29
O Jogo que Transcende os Limites - Parte 02
30
Confusão do Passado
31
Fim
32
A Tempestade do Bosque Alado - Parte 03
33
Em Cindido Abandono..
34
Labirinto das Emoções
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Invasão Sombria e Libertação Caótica - Parte 01
36
Invasão Sombria e Libertação Caótica - Parte 02
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O Rei Protetor
38
Guerreira Lendária
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Visão de Paz
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Sangue e Circuitos - Parte 01
42
Sangue e Circuitos - Parte 02
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Queda, Determinação e Vingança.
50
Subindo No Rank Imperial - Parte 01
51
Perfil - Essentia - 03
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Subindo No Rank Imperial - Parte 02
53
Subindo no Rank Imperial - Parte 03
54
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55
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56
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57
Ciclos de Dúvidas - Parte 01
58
Ciclos de Dúvidas - Parte 02
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Ciclos de Dúvidas - Parte 03
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61
Enigma do Nexus
62
Aurora vs Valerian - Parte 01

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