capítulo 17

#PONTO DE VISTA CARLA#

Não vi a Adriana o resto do dia, e provavelmente não veria durante a noite, na hora do jantar, fiquei imaginando que ela estaria com alguma p#ta, acho que preferia ao invés de ficar na minha presença.

Mais logo Adriana apareceu, sentou na mesa e só disse, sem olhar para ninguém.

ADRIANA- Eu aceito, me caso com a Carla.- Marcia e eu olhamos para ela, enquanto ela continuava.- Esse casamento vai durar um ano, nem mais nem menos, depois desse período, nos divorciaremos, sem desculpas e sem pretestos.- Adriana me entregou um pen drive e disse.- Esse são os termos por escrito, se tiver alguma dúvida ou quiser mudar algo me avisa.

Depois a Adriana saiu da sala, e foi ao seu quarto, me surpreendeu, o fato dela ter mudado de ideia tão rápido, parte de mim, torcia para que ela tivesse aceito por mim.

Depois do jantar, me sentei com a dona Márcia para ler o contrato que Adriana redigiu, ela leu para mim, enquanto eu me surpreendeu cada linha.

MARCIA- Ela quer que vocês morem na cidade, durante o casamento.

CARLA- Tudo bem, eu sei que ela tem que cuidar da empresa.

MARCIA- Após o divórcio, a Adriana vai te dar 20% de toda a herança do avô, e ela exige mais uma coisa.

CARLA- O que?

MARCIA- Ela quer que essa fazenda seja passada para o nome da Lena, disse aqui que é uma garantia para você.

CARLA- A fazenda toda?

MARCIA- O terreno todo, as plantações e os animais.

Não me importava com o dinheiro, estava pensando que teria um ano para fazer ela gostar de mim de novo, eu só tinha uma certeza, não pretendia dar o divórcio a ela, teria a Adriana para mim novamente.

Dois dias depois de estabelecermos o acordo, estávamos no cartório da cidade, na frente de um juiz para nós casarmos.

Adriana não falou comigo durante o caminho, parecia pensativo, eu tinha medo que ela desistisse, ela estava linda, com um termo feminino branco, com um salto preto.

O cartório era bem bonito, não era o casamento dos meus sonhos, mais a noiva chegava perto, o que me incomodava, era a presença Jaqueline, ela seria a testemunha da Adriana, então teria a desculpa perfeita para dar em cima dela.

A cerimônia foi rápida, logo o juiz declarou nos duas casadas, assinamos a certidão de casamento, depois voltamos para a fazenda, onde teve uma pequena festa, para o nosso casamento não passar em branco.

Só tinha o pessoal da fazenda, foi divertido, dançamos, comemos, até a Adriana parecia no mínimo contente, com tudo aquilo, festejamos até tarde, o que me deixou feliz foi que ela dançou e brincou com a minha irmã.

Não era só aquela vez que eu via as duas juntas, várias vezes eu vi a Helena saindo com a Adriana para o cachoeira, para andar a cavalo e várias outras coisas.

Depois de um tempo percebi que que a minha esposa havia sumido, quando fui procurar ela acabei ouvindo, metade de uma conversa entre ela e a Jaque.

ADRIANA- Quero que você venha comigo.

JAQUELINE - Não sei Adriana.

ADRIANA- Já está tudo certo, pedi para uma amiga minha, que é agrônoma vir para cá, o nome dela é Gisele, e a minha secretária, Valeria,vai vir ajudar na administração.

JAQUELINE -Você tem certeza?

ADRIANA- Tenho, eu quero que você venha comigo para o Rio.

Não acreditei, ela queria levar a amante dela com a gente, ela pretendia me trair na cara dura, senti o meu coração despedaçar.

A noite, coloquei a Lena na cama, a porta estava aberta, derepente Adriana apareceu na porta e disse .

ADRIANA -Eu vou voltar para Rio amanhã, se quiser ficar mais alguém dias, eu mando virem buscar vocês.

CARLA- Não, vamos com você.

Não daria brechas para ninguém tirar o que era meu.

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