capítulo 4

#PONTO DE VISTA CARLA#

Senti meu corpo tremer, ao ver qual nome estava na tela do meu celular, o doutor Angel, tratava minha irmã a cerca de três anos, a dona Márcia me recomendou ele, depois de começar o tratamento com ele, minha irmã até parecia melhor nós últimos dias, mas era só uma ilusão do que eu queria que acontecesse.

#LIGAÇÃO ON#

📱CARLA - Oi doutor, alguma coisa errada?-Perguntei sem exitar, mas ja bem nervosa.- Alguma novidade sobre minha irmã?

📱ANGEL- Tenho notícias não muito boas.

Meu coração disparou, quase não conseguia respirar, mil coisas passaram na minha mente.

📱CARLA - O que aconteceu?- Perguntei com a voz, trêmula.

📱ANGEL- Pode passar aqui no hospital a tarde?

📱CARLA- Claro, assim que sair do trabalho, eu passo ai.

#LIGAÇÃO OFF#

Fiquei ali alguns segundos, passando na minha mente o que o doutor Angel disse, seu tom me preocupou bastante, fiquei tão distraída que nem vi Alexia se aproximar de fininho, e me assustar.

CARLA- Porra!- Gritei

ALEXIA- O que foi? - Perguntou com um sorriso debochado.

CARLA- O doutor Angel ligou.

Alexia ficou seria na mesma hora, ela colocou a mão em meu ombro e perguntou com um olhar preocupado.

ALEXIA- A Lena está bem?

CARLA- Ele disse que tinha notícias não muito boas.

Ela passou mão no cabelo, andou em circulos a minha frente, me segurava para não chorar, Alexia percebeu minha agonia e me abraçou, buscando me consolar, em seguida olhou nós meus olhos e disse.

ALEXIA- Fica calma, a Helena é uma menina forte, e vai vencer essa batalha.

Abracei ela mas uma vez, depois de alguns segundos, me soltei e voltei ao trabalho, fui em direção ao elevador para ir ao setor administrativa, pensando no que o doutor teria para me dizer.

Antes de chegar ao meu objetivo, o elevador parou quatro andares a baixo, me deparei com um encosto, a Adriana entrou, olhei fixamente para frente, evitando contato visual com ela.

ADRIANA- Duas vezes no mesmo dia, que sorte a minha. -Permaneci em silêncio, só a deixei falar. - Então posso repetir meu convite, quer jantar comigo hoje?- Olhei para ela, e disse tranquilamente:

CARLA- O que eu preciso dizer para você entender que, não, nunca vou sair com você.- Ela se aproximou, ficou próxima do meu ouvido e disse sussurrando:

ADRIANA- Sabe quantas mulheres queriam estar em seu lugar?

CARLA- Então vai infernizar uma delas, e me deixe em paz.

Foi o tempo certo de eu terminar de falar, e o elevador se abrir no meu setor, o resto do dia passou em câmera lenta para mim, talvez fosse pelo fato de que eu estava nervosa e angústiada.

Mas finalmente deu 18:00, juntei minha coisa, e fui direto para o estacionamento, para esperar Alexia que ficaria com a minha irmã enquanto eu falava com o medico.

Enquanto esperava, vi a Adriana sair com uma garota, ela era nova na empresa, pelo menos eu nunca tinha visto, me senti meio mal por ela, eu disse para a Lauren ir atrás de outras, e agora mas uma seria tratada como lixo.

O jeito como aquela patricinha tratava as mulheres me fazia pensar," O que a diferenciada de um homem?", se bem que eu nunca havia me envolvido com um homem.

Graças a Deus, ela não me notou, estava ocupada demais se aagarrando com aquela pobre menina, que achava que ela se importava.

Aquela cena foi me dando agonia, Adriana se esfregava naquela garota praticamente encurralada entre ela e o carro, a patricinha subia e descia as mão pelo corpo da garota, chegou um ponto que levitou um pouco o vestido dela.

Quase que eu vômito com aquela cena, sorte que a Alexia apareceu, saindo do elevador, o que também fez a senhorita Bitencourt acordar para a vida, e lembra que ali não era um motel.

A Alexia entrou no carro, e fomos buscar a Helena na casa da Lucy, uma amiga minha, que cuidava da minha irmã despois da escola.

Assim que ela entrou no carro, me estiquei até o banco de trás para lhe dar um beijo, depois levei as duas até o shopping, para poderem ver um filme no cinema, Alexia achou uma boa ideia para distrair a minha pequena, enquanto eu ia até o hospital.

Cerca de vinte minutos depois, parei o carro no estacionamento do hospital, ainda segurando o volante com força tentando me acalmar.

Quando finalmente tomei coragem, entre e fui direto para a área de oncologia infantil, bati três vezes na porta da sala do doutor Angel, quando escutei "entra", girei a maçaneta e entrei.

O doutor não disse nada, só apontou para a cadeira, do outro lado da sua mesa, querendo que eu sentasse, fiz o que ele pediu, ao me sentar, cruzei as pernas e comecei a balança-lhas de ansiedade, não aguentando mas disse.

CARLA- Seja direto doutor.- Ele respitou fundo e disse.

DR.- Infelizmente sua irmã precisa de um transplante de medula o mas rápido possível, do contrário ela terá mais duas meses de vida.

Aquilo foi um soco no estomago, não conseguir segurar as lágrimas, o doutor me deu um lenço, para secar os olhos e eu perguntei.

CARLA -Tem certeza?

DR.- Tenho, fiz a contagem de glóbulos duas vezes.

CARLA- minha irmã é tão pequena, sera que eu posso doar?

DR.- Não, vocês não são compatíveis, apesar de serem irmãs.

CARLA- E agora?

DR.- Bom ainda tem uma esperança, tem um doador compatível com a Helena, mas para ele vir, terá um preço.- Engoli seco e perguntou, direto ao ponto.

CARLA - Quanto?

DR.- Com tudo incluído, e tirando a parte que o plano de saúde, não cobre, ainda faltam cem mil reais.

"E agora fudeu", pensei

Voltei para o carro, fiquei ali durante quase uma hora, só desabafando, deixando as lágrimas caírem.

Despertei com uma mensagem da Alexia, enxugue as lágrimas, para não assustar a minha pequena, eu iria resolver isso de uma maneira ou de outra, eu precisava de dinheiro, essa era minha certeza e a pergunta que ainda ficava no ar era," Até onde eu iria para salvar a minha irmã".

#PONTO DE VISTA ADRIANA#

Todos presumem que eu prefiro as morenas, mais na real eu prefiro uma, a morena mais linda do mundo, tudo nela me atrai, os olhos cor de chocolate, a pele e o rosto angelical, tudo.

Com base em suas características, eu procuro mulher que lembrem ela de alguma forma, escolho uma mulher, depois que digo meu sobrenome fica fácil.

Depois levo elas para um hotel, e imagino que é a Carla ali comigo, imagino seu rosto, o seu corpo ali debaixo de mim, fico louca só de imaginar que é ela.

Sou carinhosa durante o ato, mais quando acaba e eu lembro que não era ela em meus braços, eu simplesmente vou embora.

A amo e a desejo como nunca achei ser capaz, daria qualquer coisa para ter finalmente ela em meus braços, para finalmente senti seu corpo, mais sei que ela nunca me daria uma chance, ver ela todo dia, e não poder tocá-la é o meu inferno.

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Comments

Vanessa Kolansky

Vanessa Kolansky

pelo q eu estou entendendo n vai tar muito distante o seu sonho de ter a Carlinha nós seus braços Adriana

2025-01-21

0

Andreia Cristina

Andreia Cristina

Carlinha tá arrebentando os corações 🤩💕

2024-10-07

3

Ana Faneco

Ana Faneco

já amando 😍

2024-10-05

1

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