capítulo 14

#PONTO DE VISTA CARLA#

Cheguei na fazenda, por volta das 18:00, antes de ir até a casa, parei no campo para ver as minhas amigas, e para minha surpresa dei de cara com a Adriana andando a cavalo, não sabia por que ela estava ali, ela mesmo fingiu que não me viu.

Helena e eu continuamos até chegarmos na casa, dona Márcia me recebe de braços abertos, logo todas foram chegando e me abraçando, a Adriana ficou em um canto em silêncio.

Ela estava tão sexy, usava uma camisa de montaria preta colada, uma calça jeans justa, que ficava perfeita em seu corpo e um chapéu igualmente preto, que destacavam seus olhos, a dona Márcia me puxou até ela e disse.

MARCIA -Essa é a Adriana, a minha filha.

ADRIANA - Adriana, muito prazer.- Disse apenas acenando com a cabeça.

CARLA- Prazer.

ADRIANA - Mãe acabamos o trabalho no campo, eu vou tomar um banho, se precisar vou estar no meu quarto.

Ela nem olhou para mim direito, entrou e foi pelo corredor até seu quarto, Lena e eu nós instalamos em nossos respectivos quartos, e eu com um pensamento em mente, " Eu precisava falar com a Adriana."

Uma coisa que eu adorava naquela casa, era que estava cheia de passagens secretas, escondidas nas paredes, havia um túnel que ligava todos eles, descobri todos as passagens, quando era criança.

Passei pela passagem do meu quarto, andei alguns centímetro, e quando abri a de Adriana, me surpreendi ao ver ela sem a camisa.

Fiquei hipnotizada, não era a primeira vez que via aquele corpo, mais era a primeira que o via com um fascínio, quando ela me viu, se assustou e disse.

ADRIANA- Porra, o que está fazendo aqui?-Disse colocando a camiseta de volta, mais não abotou, quase disse que não precisava.

"Se controla Carla, lembra você odeia ela." Repeti a mim mesma.

CARLA Precisamos conversar.

ADRIANA- Sobre o que?

CARLA- Bom teremos que conviver enquanto estivermos aqui, e ...

ADRIANA Não se preocupe, não vou falar com você, pode agir como se não me conhecesse.

Ela se sentou na cama, e começou a tirar as botas, estava sujas, com certeza estava mesmo trabalhando.

CARLA- Não sabia, que você também sabia trabalhar no campo .

ADRIANA- Eu nasci aqui, assim que aprendi a andar, a minha mãe me ensinou a usar o laço, cuidar do gado, tudo.- Ela se levantou começou a tirar o cinto e disse.- Comparado a isso, admistrar uma empresa é fácil.

CARLA- Pois é, aqui é bem puxado, mais eu gosto.

ADRIANA- Eu também, aqui tem lembranças maravilhosas e ruins também.

CARLA- Como assim?

Ela não respondeu, pareceu pensar um pouco, ela se virou e disse.

ADRIANA- Pode dar licença, para eu tomar banho.

CARLA- Claro.

ADRIANA- Se quiser falar comigo, bate na porta, não usa os túneis, eu não gosto.

Sai do quarto dela e voltei para o meu, na hora do jantar, a Adriana vestia uma regata vermelha, " Ela quer me deixar louca." Pensei.

Nos sentamos a mesa, Adriana continuou evitando olhar para mim, a dona Márciacomeçou a nos fazer perguntas.

MARCIA- Como vai na empresa Dri?

ADRIANA -Bem, a empresa está cada vez melhor.

MARCIA- Seu pai deve estar orgulhoso.

ADRIANA- Está.

MARCIA- E como vai o trabalho Carla?

ADRIANA- Bem, eu vou ser promovida.

MARCIA- Que bom, agora vai poder comprar os remédios da Lena, sem preocupação.

ADRIANA- Como assim?- Perguntou sem entender

MARCIA- A Lena prescisou de um transplante de medula muito caro, a um mês atrás.

A Adriana olhou para mim e ficou imóvel, parecia com dificuldade para respirar, ela perdiu licença e saiu da mesa.

Depois de colocar a Lena na cama, estáva andando pelo corredor, quando a Adriana me prendeu na parede, seus olhos tinham um brilho diferente, ela respirou fundo e disse.

ADRIANA- Eu imploro, por favor diz que o dinheiro não era para a cirurgia da sua irmã.

CARLA- Eu gostaria, de verdade.- Fiquei um pouco chateada, quando vi a tristeza no olhar dela.

Adriana deu as costas para mim e entrou no quarto batendo a porta com força, ela havia ficado realmente abalada com minha resposta, eu precisava falar com ela, então entrei no quarto, e a vi com os olhos marejados no chão.

ADRIANA- Sai daqui, por favor.

CARLA- Precisamos conversar.

ADRIANA- Eu já entendi tudo, sai do meu quarto.

CARLA- Vai ter que me arrastar para fora.- Ela se levantou do chão e disse em um tom mais alto.

ADRIANA - É a última vez que eu vou pedir, sai daqui.

CARLA- Fala mais baixo.

ADRIANA - Me obriguei.

Aquelas palavras, naquele tom desafiador, foram o meu limite, não resisti e a beijei, depois foi tudo muito rápido, tirei sua regata, depois agarrei sua nuca, prendendo ela contra mim.

Sem desgrudar seus lábios dos meus, abri o botão e o zíper da minha calça, e colocou a mão dentro.

Soltei um gemido, que foi abafado por seus beijos sedentos, Adriana me encostou na porta, enquanto distribuía beijos por meu pescoço, sua mão achou a chave da porta, e a trancou, depois segurou minha perna em volta de sua cintura, e me levou até a cama.

Não demorou muito para estarmos completamente nuas em cima da cama, como da primeira vez, Adriana foi muito carinhosa, beijou meu corpo todo, cada toque me deixava arrepiada, e me fazia querer mais.

Ela era muito boa no que fazia, sabia onde e como me tocar, ela me fazia voar em poucos segundos.

Era indescritível o que ela estava fazendo eu sentir, não só em relação ao sexo, logo depois que eu cheguei ao ápice, Adriana se deitou ao meu lado, igualmente cansada.

Quando voltei a respirar normal, me dei conta do que eu fiz, Adriana tentou me dar uma beijo, eu virei o rosto e disse, não ousando encarar seus olhos.

CARLA- Isso foi um erro, não deve acontecer de novo.

Depois de dizer aquelas palavras, adormeci sem dizer mais nada, só me lembro de ter despertado sozinha.

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