capítulo 10

#PONTO DE VISTA ADRIANA#

Tinha acabado de terminar de me arrumar, coloquei um vestido azul escuro, que até que favorecia bastante minhas curvas, mais não disfarçava nenhum pouco a minha deformação.

Sai do quarto e ouvi o interfone tocar, olhei no relógio, 20:00 em ponto, tinha certeza de que era ela, me aproximei do aparelho, meio apressada, o atendi e pedi para que o porteiro, pedisse para a Carla subir, rapidamente, olhei em volta, conferindo se tudo estava em ordem.

Em exatos cinco minutos, a campanhia tocou, me aproximei da porta, respirei fundo, e abri, fiquei maravilhada, Carla estava linda, usava um vestido preto não muito apertado, mais ficava perfeito, ela sempre conseguia ser sexy sem ser vulgar.

Congelei, diante daquela maravilha, não consegui reagir, poderia ficar hora ali, só a observando, sua expressão seria .

CARLA- Posso entrar?

Despertei do meu transe, mais não consegui dizer uma palavra , dei passagem para ela entrar, a Carla olhou em volta, porém não pareceu impressionada, nem com a decoração, nem com o tamanho do meu apartamento, acho que a única reação que esboço, foi quando se aproximou da enorme janela, admirou a vista da bela noite que fazia, ela sorriu de leva, tomei coragem e disse para quebrar o gelo.

ADRIANA- A vista é linda, não é?

CARLA- Muito.

Respondeu sem olhar para mim, fui até a mesa, abri a garrafa do vinho, e coloquei nas duas, me aproximei dela, entreguei uma para Carla que ainda olhava pela janela, hipnotiza com alguma coisa.

ADRIANA- Passou bem o dia? - Perguntei para puxar conversa.

CARLA- Sim, obrigada por perguntar.

ADRIANA- Eu preparei o jantar.

Ela me lançou um olhar surpreso, como se não acreditasse que eu sabia cozinha, não a culpo, muitas pessoas olham para mim e ja deduzem que sempre fizeram tudo no meu lugar, que nunca tive que me preocupar, mais meus pais me ensinaram a nunca depender dos outros.

ADRIANA - Pode não parecer, mais eu sei cozinhar muito bem.

CARLA- Não estou falando nada.

Sorri para ela, admirando mais uma vez, o qual linda ela estava, ela não parecia muito confortável, então tentei ser o mais gentil possível com ela, afinal eu queria que ela gostasse de mim.

ADRIANA- Vamos.- Disse puxando a cadeira, para que ela se senta-se.

Ela caminho até mim, meio exitante, colocou a taça na mesa, e se sentou em silêncio, puxei a cadeira ao seu lado e me sentei.

ADRIANA -Gosta de arroz com camarão?- Disse servindo ela

CARLA- Sim, minha mãe de criação, fazia para mim.- Sentia o nervosismo em sua voz.

ADRIANA- Então acertei?

Ela sorriu de leve, não era muito, mais ja era um bom começo para mim, cortei a carne e coloquei em seu prato e no meu.

Comemos em silêncio, estava quieto demais, estava me dando agonia, falei para Carla ficar a vontade se quisesse repetir, vi a morena encher o prato mais duas vezes, sorri ao ver a cena, ela percebeu e perguntou.

CARLA- Que foi?

ADRIANA- Nada, mais não imaginei que você comia, algo a mais que uma salada.

CARLA- Eu como por estresse e nervosismo.

ADRIANA- Esta explicado por que é tão magra.

Silêncio novamente, mais quis aproveitar antes que o clima ficasse frio novamente.

ADRIANA- Você é daqui da cidade?

CARLA- Não, eu nasci no interior, mais ja moro aqui a alguns anos.

ADRIANA- E gosta do Rio?

CARLA- Sim, mais eu prefiro a tranquilidade do campo.

ADRIANA- Do que mais você gosta de fazer?

CARLA- Gosto de andar a cavalo, é a minha paixão.- Ela tomou um gole do vinho e continuou. - Além disso gosto de ler, cinema, arte.

ADRIANA- Dá pra ver que você é uma mulher bem culta e inteligênte.- Disse tomando um gole do vinho.- Não se vê muitas mulheres do interior assim.

CARLA- Minhas mães se esforçaram para que eu tivesse uma boa educação.

ADRIANA- Você tem duas mães?

CARLA- Tive.-Ao notar seu tom triste, eu só disse.

ADRIANA- Sinto muito.

CARLA- Se não se importa, eu não quero falar sobre isso, principalmente com você .

ADRIANA- Sem problemas, eu só queria que você ficasse mais confortável.

Ela olhou no relógio na parede atrás do bar, marcava 21:30, Carla respirou fundo e disse, se levando.

CARLA- Vamos acabar logo com isso.

Me levantei e fui atrás dela na sala, peguei em sua mão delicadamente, e fiquei de frente para ela, olhando em seus olhos, ficamos um pouco mais de cinco centímetros de distância, sentia sua respiração quente em minha face.

Levei minha mão direita até o seu rosto, devagar aproximei meus lábios dos seus, e a beijei.

Seus lábios eram terno e doce, senti seu corpo estremecer, olhei novamente nos olhos de Carla, coloquei uma mecha que escorreu em seu rosto, atrás de sua orelha, e a levei para o meu quarto, torcendo para que ela não percebesse que eu estava tremendo.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***