a mascara

Os dois começaram a folhear os livros, mas a maioria trazia apenas histórias antigas e crônicas de batalhas esquecidas. No entanto, um livro em particular chamou a atenção de Félix. Com a capa de couro desgastada, ele exibia um símbolo que parecia pulsar com energia. Ao abrir, as páginas estavam repletas de ilustrações, e entre elas, uma imagem da máscara da escuridão.

- Veja isso! - Félix exclamou, seu coração acelerando. - É ela! A máscara da escuridão!

Void se aproximou, seus olhos se arregalando. A ilustração mostrava a máscara como uma peça intricada, feita de um material que parecia absorver a luz ao seu redor. Sua descrição falava de um poder imenso, capaz de controlar a escuridão e a luz. No entanto, também havia advertências sobre os perigos que acompanhavam tal poder.

- Diz aqui que a máscara foi selada em uma masmorra sob o castelo para proteger o reino de sua influência - disse Félix, sua voz seria. - Parece que precisamos encontrar essa masmorra.

- Mas como vamos fazer isso? - perguntou Void, preocupado. - A rainha não pode saber que estamos atrás disso. Ela pode não querer que a máscara seja encontrada.

- Precisamos ser astutos - respondeu Félix, determinado. - Vamos investigar mais.

Enquanto isso, a rainha do Outono, preocupada com os jovens e sua crescente curiosidade, convocou um conselho de emergência com seus conselheiros. A sala estava iluminada por tochas, e a tensão era palpável.

- Precisamos agir antes que os alunos descubram os segredos que escondemos - disse a rainha, com um olhar sério. - A máscara da escuridão pode ser uma fonte de grande poder, mas também de destruição. Não podemos permitir que caia em mãos erradas.

- Majestade, eles são apenas jovens, ansiosos por aventura - respondeu um dos conselheiros. - Talvez devêssemos deixá-los explorar. Pode ser uma oportunidade para fortalecermos os laços entre os reinos.

- Não é tão simples - interrompeu a rainha. - A curiosidade pode levar a consequências catastróficas. Precisamos proteger o reino, mesmo que isso signifique manter segredos.

No entanto, a rainha não sabia que, ao mesmo tempo, o príncipe do Verão, em sua escuridão, estava lutando contra um destino que parecia inevitável. O homem encapuzado olhou para ele com um sorriso enigmático.

- Você está prestes a descobrir seu verdadeiro potencial, jovem príncipe. A escuridão não é sua inimiga, mas sua aliada. Aceite-a, e você terá o poder de moldar não apenas seu destino, mas o de todos ao seu redor.

O príncipe do Verão sentiu uma onda de poder percorrer seu corpo. As marcas em seu pescoço brilhavam intensamente, e ele começou a sentir uma conexão com a escuridão que o cercava. Ele hesitava, temendo o que isso significava, mas também intrigado pelo que poderia conquistar.

- O que você quer de mim? - perguntou ele, sua voz tremendo.

- Quero que você me ajude a libertar a verdadeira essência do poder divino - respondeu o homem, suas palavras transbordando de promessas. - Juntos, podemos trazer um novo equilíbrio aos reinos.

O príncipe hesitou. A ideia de unir forças com a escuridão era tentadora, mas ele sentia que havia algo mais em jogo. O que aconteceria se ele se deixasse levar? E se a escuridão consumisse não apenas a ele, mas também aqueles que amava?

Enquanto isso, Void e Félix continuavam sua busca pela masmorra. Eles seguiram um corredor estreito que parecia levar para as entranhas do castelo. As paredes estavam cobertas de símbolos antigos, e a atmosfera era densa, como se o tempo tivesse parado.

- Estamos perto - disse Félix, sentindo a energia ao seu redor. - Algo me diz que a masmorra está à frente.

Após alguns minutos de caminhada, eles encontraram uma porta pesada, adornada com runas que pareciam brilhar levemente. Félix empurrou a porta, que se abriu com um rangido alto, revelando uma escadaria que descia para um abismo de escuridão.

- Você está pronto? - perguntou Void, olhando para Félix.

- Sim. Juntos, vamos descobrir a verdade - respondeu Félix, determinado.

Eles desceram as escadas, a escuridão os envolvendo a cada passo. O som de suas respirações ecoava nas paredes de pedra, e a tensão aumentava à medida que se aproximavam do que poderia ser a resposta para os mistérios que cercavam o Reino do Outono.

No fundo da escadaria, eles chegaram a uma câmara ampla, iluminada apenas por um brilho suave que emanava do centro. No meio da sala, em um pedestal de pedra, estava a máscara da escuridão, brilhando com uma luz própria, como se estivesse viva.

- Nós encontramos! - sussurrou Félix, seus olhos arregalados de espanto. - Mas... é tão bonita e, ao mesmo tempo, me dá arepios.

Void se aproximou cautelosamente, seus instintos de proteção aflorando. - Precisamos ter cuidado. Lembre-se do que vimos no livro. Essa máscara pode ser perigosa.

Félix estendeu a mão hesitante em direção à máscara, mas antes que pudesse tocá-la, uma onda de energia explodiu da máscara, fazendo os dois retrocederem. A sala ficou envolta em uma escuridão profunda.

Os jovens se entreolharam, assustados, enquanto a máscara começava a brilhar

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