anunciação do festival

Uma semana havia se passado, e muitos se perguntavam sobre o dia a dia da escola, uma vez que ela estava desaparecida e ninguém sabia onde. O pai dela havia feito muitos feitiços de busca e tentado investigar o máximo possível para descobrir o que aconteceu ou o que a fez desaparecer, mas não descobriu nada durante esse processo. A única coisa que encontraram na sala dela foi uma flor negra, algo incomum da primavera. No entanto, nem as magias mais básicas e secretas conseguiram desvendar seu mistério. A única informação que obtiveram era que aquela flor tinha um feitiço poderoso e a capacidade de fazer qualquer pessoa ficar dez vezes mais forte.

Por debaixo dos panos, o professor estava no salão principal da academia, prestes a fazer uma grande anunciacão no início das aulas daquele ano.

— Como todos vocês devem saber, todo início de ano nesta academia é comemorado um festival de apresentação de novos alunos, que serão avaliados pelo grande Coração de Cristal.

Com essas palavras, o professor estendeu a mão, e ao seu lado apareceu o grande Coração de Cristal, brilhando e iluminando bastante a sala, suas cores variando constantemente.

— Muito bem, espero que todos vocês estejam preparados para essas comemorações. Hoje, graças a alguns estudantes talentosos, teremos uma grande comemoração de lutas de espadas e feitiços. Vou apresentar a vocês os rankings de luta que foram decididos por todos os professores, além da votação de alguns alunos escolhidos a dedo.

Após essas palavras, um grande quadro apareceu atrás do professor, mostrando todos os alunos que iriam participar e suas colocações nas lutas.

— Espero que todos tenham entendido. Agora, estão dispensados pelo resto do dia.

Finalmente, com tudo acabado, Félix se levantou e foi em direção à frente da academia, já que não havia muito o que fazer, uma vez que as aulas foram canceladas para as preparações do festival. Porém, ele pensou melhor e decidiu ir para a sala de descanso da biblioteca. Ao entrar na biblioteca, percebeu que era um local muito diferente do comum. Ao abrir a porta, notou um espaço gigantesco, como se fosse outro lugar em meio a uma floresta; cada árvore estava preenchida de livros e folhas.

Andando em frente, mais ao fundo da biblioteca, ele avistou uma pequena mesa com três cadeiras, como se fosse uma cúpula de jardim. Ao se aproximar, sentou-se, e uma xícara de chá surgiu à sua frente. Ele se entregou ao sabor de rosas vermelhas, lembrando-se de um sol da manhã, enquanto aproveitava o lazer e a tranquilidade do ambiente.

De repente, um livro de capa branca começou a se movimentar e caiu no chão, chamando a atenção de Félix. Ele se levantou e foi até o livro, mas assim que estendeu a mão para ver qual era, outra mão pegou o livro primeiro.

— Com licença — disse Félix, vendo uma bela dama à sua frente.

— Ah, desculpe! Eu só não recomendo que você abra esses livros que caem por conta própria.

— E por que não?

— Esses livros são conhecidos por serem ligados àquelas pessoas que precisam lê-los. Qualquer um que os abrir pode ser absorvido pelo mundo do livro. Eles são bem perigosos, pode-se dizer.

— Bem perigosos? E por que livros desse jeito estão nessa biblioteca?

— com o rosto presumido e preocupado, Félix se levantou, olhando para a moça.

— Essa é a biblioteca secreta da academia. Esses livros foram colocados aqui para ficar longe de outras pessoas perigosas.

— Bom, já que é assim, não posso reclamar. Muito obrigado pelo aviso, eu acho, senhorita...

— Ah, desculpe! Eu não tenho nome, sou o espírito dessa biblioteca.

Félix ficou surpreso com isso, mas sorriu enquanto conversava com a garota. No entanto, como sempre, havia algo observando. Não uma flor, mas um rapaz de cabelos negros e olhos avermelhados, escondido atrás de uma árvore na biblioteca.

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