Capítulo 13

O sentimento adormecido está despertando sem se dar conta Augusto

Sentir o pequeno Arthur em meus braços me deixou em paz porque saber que ficou tranquilo como se os meus braços fosse tudo que ele precisava. Não sairei daqui do hospital enquanto eles não saírem porque me sinto responsável por eles já que Deus os colocou em meu caminho. Eu imaginei exatamente o que a minha mãe iria fazer e por isso não me espantei quando chegou com a bolsa de bebê. Aproveitei que a minha mãe estava no quarto e fui comer um pouco porque a fome bateu, mas voltei para o quarto assim que terminei de comer e encontro a minha mãe e a Andressa bem íntimas.

Augusto - O que vocês duas estão fofocando, você chorou Andressa?

Olivia - Porque pergunta isso meu meu filho?

Augusto - Porque os olhos dela estão vermelhos.

- Falo isso enquanto me aproximo das duas então a minha mãe que veste o Arthur responde.

Olivia - Estávamos conversando e a Andressa acabou falando um pouco da vida dela, nos emocionamos, mas está tudo bem agora... olha que menino mais lindo meu filho?

Augusto - Estou vendo mãe eu só acho que ficou um pouco grande.

Olivia - Comprei roupa de recém nascido Augusto.

Andressa - Deve ser porque ele é muito pequeno, mas a roupa ficou perfeita.

Augusto - Tudo bem, o importante é que ele está vestido. Mãe eu tentei ligar para o Lúcio, mas ele não me respondeu, como ficou a desocupação das terras?

Olivia - Os assentados saíram, mas pro preocupação o seu pai pediu para dois dos nossos capataz olhar as áreas, o Alaor achou mais prudente.

Andressa - Desculpe senhora, mas acredito que as suas terras não irão ser mais invadidas, pelo menos por nós que estávamos lá. Sei que não é certo invadir o que não nos pertence, mas não somos perigosos só lutamos pelos nossos direitos, não é fácil para nós viver assim e sei que não temos o direito de invadir as terras de ninguém também não somos criminosos.

Olivia - Eu não quis dizer isso minha querida, mas preciso que entenda o nosso lado, sei que vocês lutam por reforma agrária, moradia e assentamento de terra, mas como donos das nossas terras temos o direito de...

Augusto - Não precisa se explicar mãe, acho que a Andressa está no direito dela de defende-los, mas agora não é o momento de falarmos sobre isso, eu só queria saber se deu tudo certo na desocupação das terras.

Olivia - Ocorreu tudo bem e não foi necessário usar o força, entraram num acordo com o líder decidiu desocupar as terras, graças a Deus tudo ocorreu em paz e ninguém saiu ferido.

Augusto - Mas eu não queria que isso acontecesse mãe, mas eu não podia deixar eles se apossarem das nossas terras.

- Olho para a Andressa que somente me olha e logo em seguida olha para a minha mãe que mesmo tentando disfarçar sei que chorou também e segurando o Arthur nos braços. O clima ficou tenso até que a minha mãe fala.

Olivia - Eu sei que não queria machucar ninguém porque sei o filho que criei, agora podemos esquecer isso e agradecer a Deus que acabou tudo bem.

Augusto - A senhora tem razão mãe.

- De fato a minha mãe tem razão porque não havia necessidade desse assunto gerar esse clima até porque agora isso nem importa mais quando a Andressa tentar se levantar da maca.

Augusto - Onde você vai?

Andressa - Eu quero ir ao banheiro, preciso fazer xixi.

Augusto - Eu te ajudo.

- Ela aceita e logo a ajudo a sair da cama e a ir ao banheiro, ela me olha e logo entendo que quer privacidade então fecho a porta do banheiro e a deixo a vontade. Olho para a minha mãe que balança o Arthur nos braços que por enquanto está quietinho. A Andressa demora um pouco, mas acredito que esteja cuidando da sua higiene quando alguém bate a porta e logo entra.

Médico - Boa noite! Sou o médico do plantão vim olhar a paciente Andressa Peixoto.

Olivia - Ela está no banheiro doutor.

Médico - Entendo, o senhor deve ser o esposo dela, pelo que consta aqui no prontuário, o senhor é Augusto Menezes.

Augusto - Sou eu sim doutor, essa é a minha mãe Olivia.

Olivia - Olá doutor é um prazer?

Médico - Prazer é todo meu senhora, então eu estou com todo o boletim médico da sua esposa que está tratando uma anemia, vi que já começou o tratamento.

Augusto - Sim doutor, inclusive ela está recebendo soro.

Médico - Compreendo, voltei outro momento para avaliar-la e antes da nova mudança de plantão vou repetir os exames para saber como está reagindo ao tratamento. Trouxe aqui para o senhor a declaração de nascido vivo para que seja dada a entrada na certidão de nascimento do bebê.

Augusto - Ah sim doutor obrigado.

Médico - Aqui ao lado do hospital tem um cartório ele abre amanhã a partir das 08:00 hs, eu volto outro momento para avaliar a mãe e o bebê, com licença.

Augusto - Tem toda doutor.

- O doutor se retira do e olhando para a minha apenas seguro o papel entregue pelo médico no momento em que ouço a porta abrir e rapidamente coloco a declaração em cima do móvel e vou até a Andressa ajudá-la.

Augusto - Aconteceu alguma problema? Você demorou.

Andressa - Estava muito suja e precisei me trocar, ouvi uma voz, foi o doutor que esteve aqui?

Augusto - Foi sim, mas ele volta outro momento para olhar você e o Arthur.

Olivia - Andressa eu acho que esse garotão aqui já está com fome.

Andressa - Ah sim senhora, já está na hora dele mamar mesmo, sinto os seios latejando.

- Com a ajuda do Augusto volta a deitar na cama e logo a senhora me entrega o meu neném e eu rapidamente o coloco no peito porque esse bebê não fará outra outro por pelo menos alguns meses.

Olivia - Eu acho que já está na minha hora gente, preciso voltar para a fazenda, deixei a Sofia com a Salete até a minha volta.

Andressa - Meu Deus senhora, a minha filha está dando todo esse trabalho.

Olivia - Não está dando trabalho nenhum, a Salete é o meu braço direito que mora na fazenda, você irá adora-la eu tenho certeza, agora eu preciso mesmo ir embora antes que o Alaor chegue nesse hospital. Vocês dois tenham uma boa noite, amanhã eu darei um jeito de trazer a Sofia, se cuide Andressa e você Augusto cuide dos dois.

Augusto - Eu vou cuidar mãe pode deixar, boa noite.

Andressa - Boa noite senhora e mais uma vez obrigada.

Olivia - Não foi nada minha querida, vou pra casa com o cheiro desse neném lindo da vovó, se precisar de alguma coisa é só ligar meu filho.

Augusto - Tudo bem mãe obrigado, cuidado com a estrada fala para o Fred dirigir com calma.

- A minha mãe somente balança a cabeça positivamente e depois sai...

Continua...

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