Capítulo 07

A aprovação e a certeza de que o certo anima Augusto

Eu e a minha esposa tínhamos um sonho de ter um outro filho e colocar nele o nome de Arthur, mas infelizmente isso não foi possível já que a perdi assim como perdi a nossa filha. A Andressa ainda está muito cansada, assustada e eu só preciso fazê-la confiar em mim e nas minhas boas intenções. Sabia que cedo ou tarde os meus pais chegariam aqui no hospital, só não imaginava que viriam com tanta rapidez. Os levei até a incubadora onde o bebê está e assim que chegamos lá.

Augusto - Enfermeira pode me falar se o bebê da Andressa Peixoto já foi levado para a outra incubadora?

Enfermeira - Já foi levado sim senhor, é só seguir o corredor que logo chegarão ao setor privado e bem no início fica a incubadora.

Augusto - Obrigado, vamos lá então.

- Vou com os meus pais até ao local a enfermeira nos informou e rapidamente avistamos a incubadora onde está o Arthur e para a nossa sorte ele é o primeiro bebê que avistamos.

Augusto - Olha ele ali mãe, aquele bem de frente.

Olivia - Meu Deus ele é lindo Augusto e nem parece ser prematuro.

Augusto - O médico falou que ele nasceu de 37 semanas, só ficará aí para pegar um pouco mais de peso, mas está saudável.

Alaor - Você deu o nosso sobrenome ao menino Augusto?

Augusto - E o que o senhor queria que eu fizesse pai, deixasse o menino sem nome?

- Falo isso no momento em que uma das enfermeiras nos olha através do vidro e vai até um menino pegando-o e trazendo se aproximando de nós.

- Me surpreendo ao ver que em uma das pulseirinhas está o meu nome como pai e simplesmente não sei o que dizer.

Olivia - Meu Deus ele é muito lindo mesmo, querido olha essas mãozinhas.

Alaor - Será um menino bem forte, estou orgulhoso de você meu filho por ter o trazido ao mundo, você foi muito corajoso.

Augusto - Obrigado pai nunca pensei em passar por uma situação como essa, mas acredito que era para ser eu naquele momento.

- Sou surpreendido pelo Fred e a Sofia se aproximando de nós e puxando pela minha camisa ela pergunta.

Sofia - Tio a minha mãe vai demorar?

Olivia - Oh meu Deus que coisa mais linda como é seu nome princesa?

Sofia - É Sofia, cadê a minha mamãe?

Fred - Me desculpe patrão a menina perguntava muito pela mãe.

Augusto - Tudo bem Fred não tem problema, pode deixar ela aqui tá bom.

- O Fred somente balança e sai deixando a menina conosco quando a minha mãe pegunta enquanto acariciando os cabelos da Sofia.

Olivia - Quantos anos você tem meu anjo?

Sofia - Eu tenho sete, onde a minha mãe tá? Eu quero voltar para o acampamento.

Augusto - O acampamento não está mais nas nossas terras.

Olivia - Meu anjo o que você acha de ir para minha fazenda? Lá é bem melhor que no acampamento.

Sofia - A minha mãe e o bebê também vão?

Olivia - Irão, mas não agora.

Augusto - Acho que não tem problema eu levá-la para vê a mãe.

- Os meus pais somente me olham e com a menina voltamos ao corredor dos quartos e logo entramos no quarto da Andressa no exato momento em que a enfermeira coloca o soro nela.

Sofia - Mamãe!

Andressa - Filha, (choro)

- A minha filha corre e me abraça do jeito dela já que estou deitada na maca, quando a enfermeira fala.

Enfermeira - O doutor pediu para colocar esse soro, depois ele virá falar com o senhor, com licença.

Augusto - Tem toda, obrigado.

- A funcionária do hospital sai e me aproximando da Andressa falo.

Augusto - Andressa esses são os meus pais Olivia e Alaor.

Olivia - Olá Andressa, acabamos de vê o menino, parabéns o seu bebê é muito lindo.

Andressa - Obrigada senhora.

Alaor - Ele será um menino forte e muito bonito.

Andressa - Obrigado senhor, eu estou um pouco envergonhada por está dando todo esse trabalho eu não...

Augusto - Não está dando trabalho nenhum, pedi para não pensar nisso.

Olivia - Andressa, eu e o meu marido já estamos sabendo que estava no acampamento de invasão aos nossas terras e que o nosso filho a trouxe para cá já com o bebê nos braços.

Alaor - Porque invadiu as minhas terras assim como os outros com uma criança e prestes a dá a luz?

Andressa - Eu não tenho mais ninguém além dos meus filhos senhor, o líder do movimento e a esposa me acolheram após perder o meu marido assassinado, me desculpe por invadir as suas terras, mas eu não tive escolha, eu só preciso descobrir para onde o movimento foi, para me unir a eles novamente quando sair daqui com o meu filho.

Augusto - Não tem como saber para onde foram.

Olivia - Eu e meu marido iremos levar a Sofia conosco, se o acampamento nas nossas terras foi desmontado certamente não terão para onde ir.

Andressa - Senhora eu fico muito grata, mas...

Augusto - Está tudo certo Andressa.

Sofia - Eu posso ir mamãe?

Olivia - Minha querida, eu conheço o meu filho como a palma da minha mão e sei que ela não deixará você voltar para o grupo MST com as duas crianças, sei que fará de tudo para impedir isso.

Alaor - Conhecemos o nosso filho e se negar a isso não o fará mudar de ideia.

Augusto - Não é só...

- Não concluo a frase quando o médico entra no quarto após bater a porta então.

Médico - Com licença, eu vim medica-la senhora Peixoto.

Augusto - Doutor esses são os meus pais Olivia e Alaor.

Médico - Prazer em conhecê-los, vim aplicar a medicação da minha paciente.

Olivia - Ela tem algum problema doutor?

Médico - Encontramos uma anemia, e agora após analisar o sumário de urina constatamos uma leve infecção urinária, mas será tratada com a medicamentos.

Augusto - Pode medica-la doutor, ela e o Arthur só saíram daqui quando estiverem 100%.

- Falo olhando para Andressa...

Continua...

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