Eu o amo!

POVS Justin.

Hospital. 

Estava perplexo, sem conseguir raciocinar  direito. Caramba, estava de frente a minha ex-noiva, ela havia tido filhas com o meu pai. Estava chocado com tudo que presenciava. 

Era uma sensação difícil de encarar. Saí por aquele corredor, antes parei, olhando fixamente para a garotinha que era idêntica à mim.

– Tio Justin!— ela me abraçou e fiquei sem reação. Encarei Naty, estando relutante. 

Não acreditava que aquela criança que havia encontrado no colégio de Sophia por acaso, era também a minha filha. 

— Vem Júlia.— rapidamente a minha ex a puxou, a escondendo atrás de si.

Olhei para outras duas crianças e fiquei com mais raiva de mim mesmo.  Era para ser a minha família com Naty e meu pai havia roubado aquilo.

Segui sem rumo, com tudo girando ao meu redor. Eu me sentia tão mal por dentro. Dei um soco na parede, revoltado. 

" Por que Deus? Por quê?" 

Tirei da carteira a foto que guardava de Naty com a nossa filha, e fiquei encarando por alguns segundos e sofrendo por tudo que perdi.

Rasguei o retrato em pedaços, rebolando no chão e pisando em cima.

Ela havia usado o meu pai para me atingir.

Ela era igualzinha a Hailey. 

Meu celular tocou e vi no visor: esposa.

" Até que enfim atendeu, babe." 

" Meu pai tá do mesmo jeito. Ligo outra hora, Hailey —" não a dei tempo de prolongar assunto, e desliguei na sua cara.

Retornei, eu não deixaria Natália usar o meu  pai por vingança. Iria tomar as rédeas da situação a partir de agora.

— Tia.

— Oi, querido.

— Essa mulher aí é uma impostora.— acusei a loira, que me olhou horrorizada.—Ela tá dando o golpe no velho.

— Bem que eu imaginava, querido, conheço bem esse tipo.

— Peraí pastora, a senhora tá se ouvindo? — a outra se ofendeu.– Na Bíblia é pecado sabia, levantar falso testemunho contra o próximo. Eu amo Adam de todo o meu coração, nunca foi por dinheiro ou interesse. Eu o amo!  — bateu no peito.

E ela estava conseguindo me afetar, pois eu me encontrava no fundo do poço ao escutar a mulher que eu amava, dizendo que amava outro e esse outro era o meu próprio pai.

O médico apareceu na hora interrompendo aquela situação, para informar a todos.... 

— Ele faleceu?

Avistei nos olhos da Naty a dor transparecer naquele momento e a bíblia caiu das suas mãos, como se culpasse Deus por ter o levado. 

Ela desabou completamente com a notícia, logo seu corpo caiu sobre o chão e a mesma chorava aos prantos, agarrada com as filhas.

Me encostei no canto da parede; eu não sabia o que sentir. Eu e o velho não éramos tão próximos, ele havia me rejeitado quando eu ainda era moleque e fui criado pela minha tia. 

Agora ele estava morto.

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Pelo jeito a Naty vai começar a se revoltar contra Deus e muitas vezes quando perdemos quem amamos, acabamos esquecendo que Deus existe. Então esse vai ser o dilema que a personagem irá encarar daqui para frente. Deixem a opinião de vocês, o que acharam?

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