Precisamos conversar

Pov's. Natália. 

Los Angeles.

11:00 AM

 Voltava para casa após a oração. Havia perdido a noção do tempo e ficado horas na casa da irmã Dulce, falando sobre a bíblia.

Abri a porta, destracando. Me estremeci inteira, assim que o vi.  Não estava um clima legal, era nítido que estava me evitando. 

— Pastor...— o chamei e seus olhos me encararam ressentidos.— Adam.

Engolimos em seco e ele se locomoveu para se retirar. Todavia:

— Precisamos conversar.— segurei no seu braço, e miramos em direção onde a minha mão estava.

— Não temos nada a conversar.— rebateu, desviando o olhar.

— Pastor, eu sinto muito!— lamentei. — Não foi porque eu q-quis.

Sentia dificuldade de falar, pois o meu tom estava embargado. Mais uma vez ele quis sair de perto de mim...

— Eu estou me apaixonando por você, Adam.— declarei, fazendo-o parar.— É algo que eu nunca senti por ninguém.— afirmei e suas orbes cabisbaixas vieram ao  meu encontro. 

— É impossível isso entre a gente.— apontou para nós dois.— Você tem idade para ser a minha filha.

— Sou maior de idade, não há problema nenhum nisso.— contestei; e Adam continuou balançando a cabeça negativamente. 

— Claro que há!—  alterou um pouco mais a voz.— Quando você tiver 40 anos, eu vou ter 100.— a frase acabou comigo. 

Ele se afastou e comecei a chorar. Era horrível não saber como agir. Por impulso, fui atrás e me pus em sua frente. Seus olhos viram as lágrimas caindo pelo meu rosto.

— Você é a coisa mais linda que já me aconteceu, Adam.— afirmei.— Por mais que no futuro, seja a vontade de Deus, eu quero viver esse sentimento que está aqui dentro.— coloquei sua mão em cima do meu coração, que batia tão acelerado.— Eu não me importo com os julgamentos,  eu não me importo com os olhares. Eu quero você.— as minhas palavras lhe fizeram tomar uma atitude. 

Nos entregamos ao beijo. Diferente de ontem a noite, o nosso beijo havia uma ansiedade, é como se quiséssemos viver intensamente aquilo.

Fomos andando sem interromper aquele momento. A porta do quarto foi fechada e mais uma vez, nos entregaríamos um ao outro. Eu não iria errar, me preparava para ser sua.  

Os seus dedos macios retiravam o meu vestido do corpo, enquanto beijos eram depositados em meus ombros. Ele tocava em minha pele com tanta delicadeza. Seus toques eram tão suaves; que eu me mantinha de olhos fechados, sentindo aquele prazer me consumir.

Eu não estava cometendo nenhum pecado, ele era o meu marido. 

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Algumas horas depois......

Colégio.

Fomos buscar a Júlia abraçados, essa seria a primeira vez que iríamos aparecer em público, como um casal.

Estávamos tão felizes e nem conseguíamos disfarçar o quanto os nossos olhos estavam brilhando. 

— Olha ela ali!

— Mamãe! Papai!!!!— Júlia gritou, tão feliz quando nos viu.

Adam se soltou de mim por um momento, para ficar de joelhos e abriu os braços. Nossa garotinha se jogou em cima dele. 

Ri, diante daquela cena.

— Menininha estúpida!— ouvi aquela voz enjoada soando agressiva. Olhei para trás...— Naty! Não pode ser... Naty!

Até quis fingir que não a conhecia, mas...

— Oi, Hailey.— a cumprimentei sem jeito. 

— Irmã, por onde andou por todo esse tempo?

— Muita coisa mudou.— olhei para trás, vendo Adam envergonhado, enquanto segurava a nossa filha nos braços.— E pelo jeito com você também.— conclui, notando a aliança brilhando no seu dedo esquerdo.

— Claro né Naty, já se passaram 7 anos desde da morte dos nossos pais, o tempo voa.

— Exatamente.  E quem é ela?— questionei, olhando para criança que estava com a carinha de choro. 

— Essa é a Sophia, a minha filha.— apresentou.— E não me que aquela é a Júlia?

— É sim.— confirmei.

— Nossa.... como cresceu a filha de Justin!— desfiz o sorriso diante do seu comentário, estava um pouco zonza.— Eu não lembrava que tínhamos um tio, Naty. 

Olhou para Adam e mandou aquela indireta. 

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Hailey encontrou a irmã primeiro, o que acharam?

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