" A cobra "

>>>Adrian<<<

Adrian acordou lentamente, o quarto ainda está envolto na penumbra da manhã. Estendeu a mão para o lado, esperando encontrar Luiza, mas sentiu apenas os lençóis frios. Ele se ergueu, os olhos rapidamente vasculham o espaço vazio ao seu redor.

Surpresa não era algo que ele experimentava com frequência, mas a ausência de Luiza o pegou desprevenido. Ele se apoiou nos cotovelos, ainda ouvindo o leve eco da noite anterior em sua mente.

Luiza Messina não era como as outras. Qualquer outra mulher teria permanecido, tentando estabelecer algum tipo de conexão, buscando algo mais. Mas ela havia saído, sem deixar vestígios, como se a noite que compartilharam não significasse nada para ela.

Adrian esboçou um sorriso de canto. Aquela mulher era perigosa de uma maneira que ele ainda estava descobrindo. E isso, ao invés de afastá-lo, só o atraía mais.

Adrian saiu da cama, os pensamentos ainda presos em Luiza. Tomou um banho rápido, tirando o cheiro de desejo que ficará em seu corpo, a água fria ajudando a clarear sua mente.

Enquanto a água escorria, ele pensava em como Luiza o deixara intrigado. Não era só pela maneira como havia partido, mas pelo que isso revelava sobre ela.

Depois de se vestir, Adrian foi direto para o escritório. O lugar, com suas paredes escuras e janelas com vista para a cidade, era onde ele controlava seus negócios, onde cada movimento era calculado. Hoje, no entanto, ele não conseguia afastar o pensamento de Luiza em como ela o surpreendia de novo e de novo.

Sentou-se em sua cadeira de couro, acendendo um cigarro. Ela não era como ninguém que ele conhecia, era confiante, ela sabia que era uma mulher linda e gostosa e sabia se aproveitar disso. E, por mais que tentasse, não conseguia decidir se isso era uma vantagem ou um risco que ele estava disposto a correr, do jeito que ela o deixou com apenas um simples oral, se ela mandasse ele ajoelhar e lamber o chão que ela pisa para poder estar dentro dela ele faria de bom grado.

Adrian soltou uma longa tragada do cigarro, tentando afastar os pensamentos sobre Luiza. Decidido a retomar o controle de sua mente, ele mergulhou no trabalho, revisando relatórios e fazendo chamadas para seus homens. Mas, apesar de seus esforços, a inquietação persistia. A sombra da manhã e a lembrança de Luiza nua em sua cama, continuavam a pairar sobre ele.

Finalmente, cansado de lutar contra a distração, ele apagou o cigarro e se levantou da cadeira. Se houvesse algo que pudesse tirar Luiza de sua mente, seria confrontar o problema que tinha diante dele. Vincenzo.

Decidido, Adrian pegou as chaves do carro e saiu do escritório, dirigindo-se ao armazém onde Vincenzo estava sendo mantido. Era hora de obter respostas.

No caminho, ele ajustou seu foco. Se alguém estivesse tentando armar uma guerra entre as duas famílias, Adrian precisava descobrir quem estava por trás disso — e faria Vincenzo falar, não importava o que fosse necessário.

Ao chegar no armazém, Adrian foi recebido pelo silêncio frio e pesado do lugar. Seus homens, sempre alertas, já o aguardavam à porta. Sem perder tempo, ele ordenou com um aceno que preparasse Vincenzo.

Enquanto os preparativos eram feitos, Adrian caminhou lentamente pelo armazém, o eco de seus passos ressoando nas paredes vazias. A tensão no ar era palpável, e ele a alimentava deliberadamente. Ele sabia que o medo era uma arma poderosa, e queria que Vincenzo sentisse cada segundo de sua presença.

Finalmente, seus homens trouxeram Vincenzo, já debilitado pela sede e fome, e o amarraram em uma cadeira no centro do armazém. Adrian se aproximou, sua expressão fria e implacável.

— Vamos acabar com isso rápido, Vincenzo. Quem te mandou? Quem está tentando destruir as duas famílias? — Adrian perguntou, sua voz baixa, mas carregada de ameaça.

Vincenzo levantou a cabeça lentamente, seus olhos mostrando o terror que tentava esconder. Ele sabia que as próximas horas seriam de dor inimaginável. Adrian não se importava com os métodos que usaria; ele só queria uma coisa: respostas. E faria Vincenzo pagar caro por cada segundo de silêncio.

Adrian: [Puxando uma cadeira e sentando de frente para Vincenzo com um sorriso perturbador] Sabe eu ia deixar minha nova amiga brincar com você, mas como parece que ela não liga pra mim, eu quero pegar o brinquedo dela.

Ele acena para seus homens, que pegam o homem e amarram o seu dois pulsos juntos e o prende em um gancho preso ao teto, o homem se debate um pouco, não conseguindo apoiar os pés no chão.

Ele acerta alguns golpes no abdômen do homem que urra de dor, enquanto Adrian intercala entre perguntas e golpes.

As horas se arrastaram no interior sombrio do armazém, preenchidas apenas pelos sons abafados dos gritos de Vincenzo e o gotejar do suor misturado com sangue no chão frio. Adrian permaneceu implacável, conduzindo o interrogatório com uma paciência fria e calculada.

Finalmente, após um longo período de tortura, Vincenzo começou a ceder. Entre gemidos de dor, ele balbuciou algumas palavras que, embora desconexas, continham fragmentos de informação.

— A Cobra... ela está... , entre as organizações... mas existe... trabalha dos bastidores... ninguém a vê... mas todos a temem — Vincenzo murmurou, a voz falhando.

Adrian estreitou os olhos, inclinando-se para mais perto. Ele havia ouvido rumores sobre essa "Cobra" antes, mas nunca com detalhes que pudesse usar. Se essa figura era real, ela era muito mais perigosa do que qualquer um havia imaginado.

— Quem te deu a ordem? — Adrian perguntou, mantendo o tom controlado, mas deixando transparecer a ameaça implícita.

Vincenzo hesitou, mas a dor o forçou a continuar.

— Não... não sei o nome verdadeiro... nunca vi o rosto... apenas as instruções... eram claras: criar caos entre Camorra e Ndrangheta... enfraquecer... e depois destruir...

Adrian se afastou, processando as palavras. A informação era vaga, mas era algo. A Cobra não era um simples jogador, mas um estrategista que operava nas sombras. Isso explicava o cuidado com que as ações haviam sido planejadas para semear a discórdia entre as famílias.

Adrian observou Vincenzo, agora apenas uma sombra do homem que havia sido. Havia conseguido o que precisava, mas ainda não era suficiente. Precisaria de mais informações para realmente entender o plano da Cobra e, mais importante, descobrir como derrubá-la em ambos os lados.

Deixando Vincenzo aos cuidados de seus homens, Adrian vai embora.

Após sair do armazém, Adrian se dirigiu para seu carro, a mente fervendo com as novas informações. A menção à Cobra e o caos planejado entre as famílias indicava que ele estava lidando com uma ameaça muito mais complexa e perigosa do que esperava.

No caminho de volta para o escritório, ele acionou seu telefone e fez uma série de ligações para seus principais aliados e informantes, instruindo-os a reunir todas as informações disponíveis sobre qualquer referência à Cobra e seus movimentos. O objetivo era obter uma visão mais clara sobre quem realmente estava por trás dos planos e quais eram suas intenções.

Chegando ao escritório, Adrian imediatamente mergulhou em uma análise dos dados coletados, cruzando informações e tentando montar o quebra-cabeça. Cada peça de informação que obteve de Vincenzo parecia estar ligada a algo maior, e ele precisava entender como tudo se conectava.

Enquanto trabalhava, o pensamento de Luiza ainda o incomodava. Sua ausência pela manhã e a maneira como ela havia saído o deixaram com uma sensação de inquietação. Ele sabia que precisava de aliados fortes e confiáveis, e Luiza, com suas habilidades e influência, poderia ser uma peça crucial nesse jogo perigoso.

Finalmente, Adrian decidiu que era hora de encontrar Luiza novamente. Ele precisava discutir o que descobriu, não apenas para formar uma aliança mais sólida, mas para mostrar que sua oferta de casamento poderia ser mais do que uma simples proposta. Era uma chance para unir forças contra um inimigo comum e, quem sabe, estabelecer uma base mais sólida para o futuro.

Com uma determinação renovada, ele preparou-se para procurar Luiza, sabendo que, com o tempo, suas motivações e intenções poderiam se alinhar de maneiras que ele ainda não conseguia prever.

Após algum tempo tentando ligar para ela, mas sem sucesso,

Adrian decidiu que a prioridade era encontrar Luiza e discutir as novas informações sobre a Cobra.

A situação exigia rapidez e precisão, e ele precisava garantir que Luiza estivesse ciente do que estava por vir.

Ele fez algumas ligações para seu círculo de contatos, tentando rastrear Luiza. Quando finalmente descobriu que ela estava no escritório dela, preparando-se para o próximo movimento contra Xavier e os inimigos em potencial, Adrian decidiu ir até lá pessoalmente.

Chegando ao escritório de Luiza, ele foi recebido por seus seguranças e rapidamente conduzido ao interior. Luiza estava em meio a uma reunião com seus principais conselheiros, mas ao ver Adrian, fez um sinal para que ele entrasse.

— Precisamos conversar — Adrian disse, sem rodeios, ao entrar na sala.

Luiza levantou uma sobrancelha, e acenou para que todos saíssem, sua expressão misturando curiosidade e ceticismo.

— Sobre o quê, Adrian? — Ela perguntou, gesticulando para que ele se sentasse.

Adrian se acomodou, tirando do bolso uma pasta com as informações que havia reunido. Ela a abriu e começou a expor o que descobrira sobre a Cobra, suas intenções e os planos para criar caos entre a Camorra e a Ndrangheta.

— A Cobra é uma entidade secreta, alguém que está manipulando a situação para enfraquecer ambas as famílias — explicou Adrian. — Vincenzo mencionou o nome, mas não conseguiu fornecer detalhes claros. No entanto, o objetivo é claro: criar desordem e controlar a destruição.

Luiza ouviu atentamente, seus olhos fixos nas informações que Adrian apresentava. Havia um silêncio tenso na sala enquanto ela processava as novas informações.

— Isso muda tudo — disse Luiza, finalmente. — Se essa Cobra está realmente por trás disso, então precisamos agir rapidamente. E para isso, precisaremos da colaboração mútua das nossas organizações.

Adrian assentiu, reconhecendo a gravidade da situação e a necessidade de uma aliança mais forte. Eles estavam ambos em jogo, e a única maneira de enfrentarem a ameaça era trabalhando juntos.

— Exatamente. Podemos usar nossos recursos combinados para descobrir quem é essa Cobra e como neutralizá-la. E, além disso, precisamos garantir que Xavier não aproveite essa situação para seus próprios objetivos.

Luiza concordou, sua expressão agora decidida. Ela sabia que formar uma aliança com Adrian não era apenas uma estratégia de sobrevivência, mas uma chance de proteger sua posição e a segurança de sua família.

— Vamos fazer isso, então. E, Adrian, só para esclarecer, nosso acordo de casamento pode ser uma peça importante nisso. Precisamos mostrar força e unidade para garantir que ninguém mais tente nos manipular.

Adrian sorriu, um sorriso que misturava alívio e determinação. Era um passo importante, mas também um sinal de que, apesar das dificuldades, havia um caminho a seguir.

— Concordo. Vamos mostrar a todos que estamos unidos e prontos para enfrentar qualquer desafio.

Enquanto ambos começavam a planejar a próxima fase de sua aliança, a sensação de urgência e o peso das decisões que tinham pela frente se tornavam cada vez mais evidentes. Mas, com uma parceria formada, estavam mais preparados para enfrentar a ameaça que se aproximava.

Enquanto Adrian e Luiza discutiam os próximos passos, Luiza fez uma pausa e olhou para Adrian com uma expressão de decisão.

— Adrian, tenho algo mais a dizer. A cerimônia de minha ascensão como Don da Camorra será amanhã. É um momento crucial e simbólico para mostrar a todos que estou no controle. Quero que você esteja presente.

Adrian levantou uma sobrancelha, surpreso com o convite. Ele sabia que a cerimônia seria um evento importante, não apenas para a Camorra, mas para qualquer pessoa que estivesse envolvida na intriga e nas alianças da máfia.

— E qual é o plano para amanhã? — ele perguntou, intrigado.

Luiza sorriu ligeiramente, reconhecendo o valor da presença de Adrian.

— Precisamos mostrar uma frente unida. Sua presença reforçará nossa aliança e enviará uma mensagem clara para qualquer um que esteja observando: a Ndrangheta e a Camorra estão trabalhando juntas.

Adrian assentiu, entendendo a importância estratégica do evento.

— Estarei lá. E começaremos a implementar nosso plano logo depois. Temos uma oportunidade para consolidar nossa posição e começar a agir contra a Cobra.

Luiza olhou para ele com um misto de alívio e expectativa.

— Perfeito. Vamos usar isso para enviar uma mensagem poderosa. Estaremos prontos para o que vem a seguir.

Com isso, ambos começaram a se preparar para a cerimônia e o planejamento subsequente, cientes de que a aliança que haviam formado seria crucial para enfrentar a ameaça que se aproximava.

Após terem ajustado os detalhes do plano, Luiza e Adrian se levantaram, prontos para seguir com suas respectivas tarefas. A atmosfera estava carregada com a tensão da noite e da importância dos próximos eventos.

— Acho que cobrimos tudo — disse Luiza, sua voz séria e focada. — Nos veremos amanhã na cerimônia.

Adrian deu um leve sorriso, reconhecendo o significado da despedida.

— Sem dúvida. Estarei lá para mostrar nosso compromisso.

Adrian hesitou por um momento, o olhar se desviando para o lado. Havia algo a mais não dito entre eles, uma tensão palpável que não conseguiam dissipar completamente.

— Luiza... — ele começou, mas não conseguiu encontrar as palavras certas.

Ela ergueu uma sobrancelha, esperando.

— Sim?

Adrian balançou a cabeça, decidindo deixar o assunto de lado por enquanto.

— Apenas cuide de si mesmo. Precisaremos de toda a nossa força.

Luiza assentiu, compreendendo a mensagem implícita. Ela sabia que havia mais a ser discutido, mas por agora, o foco precisava ser na aliança e nos desafios que estavam por vir.

— Vou fazer isso. E você, cuide do seu lado também. Até amanhã, Adrian.

Eles trocaram um olhar que transmitia uma compreensão silenciosa e uma tensão não resolvida, e depois se afastaram, cada um mergulhando em suas próprias preparações para o dia seguinte.

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Comments

karvalho Heloiza😍

karvalho Heloiza😍

muito bom

2024-10-16

0

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