O segundo encontro

Luiza, ainda com os pensamentos voltados para o enigmático encontro com o homem misterioso, dedicou-se a se arrumar com esmero. O resultado foi impressionante: ela estava deslumbrante, armada e pronta, como uma verdadeira mulher fatal, radiante e cheia de confiança.

Assim que terminou de se arrumar, Luiza avisou o pai e juntos saíram em direção ao baile de caridade.

Ela e o seu pai chegam ao baile da máfia, e rapidamente se misturam com o ambiente sofisticado e tenso. Cumprimentaram aliados com sorrisos discretos e reverências respeitosas, enquanto também se dirigiam aos rivais com uma cordialidade calculada, buscando manter a paz e reforçar as suas posições no jogo complexo de poder.

Luiza, aliviada por finalmente ter um momento de tranquilidade, se dirige ao bar e pede um uísque, buscando um instante de descanso. No entanto, o seu alívio é breve quando percebe Xavier Motizi se aproximando, com sua postura arrogante e um sorriso presunçoso. A visão dele a faz relembrar o desconforto que ele sempre trouxe, e ela prepara-se para lidar com mais uma interação forçada numa noite já cansativa.

Ela já antecipa a conversa desconfortável que pode ter pela frente. Xavier é conhecido por suas propostas de aliança e, dessa vez, a expectativa é que ele venha com uma nova proposta de casamento, visando unir forças e consolidar seu poder na Camorra. Luiza, no entanto, está longe de achar que isso seria um bom acordo. Ela sabe que se envolver com ele dessa forma poderia trazer mais complicações do que benefícios, e está preparada para lidar com a conversa de maneira firme e clara.

Xavier Motizi: [Chegando perto de Luiza, com um sorriso calculado] Boa noite, Luiza. Como está?

Luiza: [Com um olhar cansado, mas cortês] Boa noite, Xavier. Estou bem, considerando o quanto a noite tem sido longa. O que você deseja?

Xavier Motizi: [Senta-se ao lado dela] Eu pensei em aproveitar este momento para discutir uma proposta que acredito ser de interesse mútuo. Você sabe que a situação na Camorra está se tornando cada vez mais complexa.

Luiza: [Suspira, sabendo onde isso pode levar] E qual seria essa proposta?

Xavier Motizi: [Com um tom persuasivo] Bem, tenho pensado muito sobre o futuro da nossa organização. Acredito que uma aliança mais formal poderia fortalecer nossas posições. A ideia seria um casamento entre nós. Isso garantiria estabilidade e reforçaria a nossa posição frente aos nossos adversários.

Luiza: [Franze a testa, claramente desconfortável] Xavier, eu compreendo a lógica por trás da sua proposta, mas um casamento não deve ser visto apenas como uma aliança estratégica. Envolver-se nisso por motivos de poder não é algo que eu esteja disposta a considerar.

Xavier Motizi: [Levemente surpreso, mas tentando manter a calma] Não está pensando com clareza, Luiza. Este acordo poderia trazer grandes benefícios para ambos. É uma oportunidade de consolidar nossas forças.

Luiza: [Com firmeza] A força e a estabilidade não devem vir à custa de compromissos pessoais que não são verdadeiramente desejados. Estou certa de que podemos encontrar outras maneiras de colaborar sem que isso envolva um casamento. Além disso, forçar uma aliança desse tipo pode criar mais conflitos do que resolver.

Xavier Motizi: [Franzindo a testa, mas com um sorriso neutro] Entendo. Agradeço a sua franqueza. Vamos manter o diálogo aberto e procurar outras formas de cooperação.

Luiza: [Aliviada, mas ainda atenta] Combinado. Se você tiver outras propostas mais alinhadas com nossos interesses individuais, estarei disposta a ouvir.

Xavier Motizi: [Levantando-se] Então, até a próxima. Cuide-se, Luiza.

Luiza: [Com um aceno] Até logo, Xavier.

Luiza: [Terminando sua bebida de uma vez e pedindo outra dose com um gesto de impaciência, ela se dirige ao banheiro. No banheiro, retoca o batom vermelho com precisão, tentando se recompor antes de sair]

Luiza: [Ao sair do banheiro, dá de cara com o homem misterioso do shopping, que a cumprimenta com um olhar dominador e um sorriso encantador] Nos encontramos de novo, ela diz.

Homem Misterioso: [Com um sorriso enigmático] Sim, parece que o destino tem um jeito peculiar de nos reunir. Não imaginava te ver aqui, mas não posso dizer que estou surpreso.

Luiza: [Olha-o com uma mistura de curiosidade e cautela] E o que traz você a este lugar? Mais uma coincidência?

Homem Misterioso: [Dá um passo mais perto, com um tom intrigante] Talvez não seja apenas uma coincidência. Às vezes, as pessoas que cruzam nossos caminhos têm mais importância do que aparentam. Posso lhe oferecer uma conversa mais privada?

Luiza: [Sabe que o convite pode ter várias intenções, mas a intrigante aura do homem a faz considerar a proposta] E sobre o que gostaria de conversar?

Homem Misterioso: [Com um sorriso intrigante] Sobre as verdades que muitos preferem ignorar. E talvez sobre o que você está procurando, se me permitir ser mais direto.

Luiza: [Decide ser cautelosamente curiosa, mantendo a postura] Vamos ver o que tem a oferecer. Estou disposta a ouvir, mas tenho uma agenda cheia.

Homem Misterioso: [Acompanha Luiza enquanto ela se afasta do banheiro] Entendo. Vamos encontrar um lugar onde possamos conversar sem interrupções.

Luiza: [Segue-o, mantendo uma postura firme e curiosa]. Vamos ver o que você tem a dizer.

Ele a leva por um corredor e vocês chegam ao que parece ser um escritório

Adrian Carmine: [Fechando a porta do escritório e virando-se para Luiza com um sorriso confiante] Sente-se, por favor. Sou Adrian Carmine, o mais novo Don da Ndrangheta. Fico feliz em ver que você aceitou o convite para conversar.

Luiza: [Olha ao redor, avaliando o ambiente e a presença de Adrian com uma mistura de surpresa e cautela. Finalmente, toma uma posição firme e se senta, mantendo o olhar fixo nele] Don Carmine, estou curiosa sobre o motivo de nos encontrarmos aqui. A Camorra e a Ndrangheta são inimigas. O que você quer comigo?

Adrian Carmine: [Senta-se à frente dela, com um olhar tranquilo e calculista] De fato, nossas organizações têm suas diferenças. No entanto, estou aqui porque acredito que há mais a ganhar em um diálogo do que em um confronto. Ouvi falar muito sobre você e sobre como você lida com as situações. Achei que poderia ser interessante explorar um possível entendimento entre nós.

Luiza: [Mantém uma postura firme e atenta, apesar da sua surpresa]

E que tipo de entendimento seria esse? Se está pensando em alguma aliança, saiba que não estou disposta a comprometer meus princípios.

Adrian Carmine: [Inclina-se levemente para frente, demonstrando interesse] Não estou falando de uma aliança convencional, nem de um casamento forçado. O que proponho é uma conversa sobre interesses comuns e possíveis áreas onde nossas ações não precisam se confrontar. Às vezes, é mais vantajoso encontrar um terreno comum do que perpetuar uma guerra que pode ser prejudicial para ambos.

Luiza: [Analisa Adrian com cuidado, tentando ler suas intenções. Ela sabe que o perigo é real, mas também percebe que ele está oferecendo algo além da simples hostilidade] Está me dizendo que quer explorar um possível acordo? E qual seria o seu interesse real em mim, sabe que eu ainda não sou a Don?

Adrian Carmine: [Com um sorriso enigmático] Você disse certo ainda. Não é apenas sobre você, mas sobre como podemos influenciar o cenário atual a nosso favor. Você tem uma reputação que merece respeito. Se estivermos abertos para negociar, poderemos encontrar maneiras de coexistir sem prejudicar nossos próprios interesses.

Luiza: [Aumenta sua vigilância, mas mantém uma postura resoluta] E como posso confiar que suas intenções são verdadeiras? Já ouvi muitos discursos antes, e a última coisa que preciso é de mais um jogo de manipulação.

Adrian Carmine: [Levanta-se e se aproxima, mas mantendo uma distância respeitosa] Confiança é algo que se constrói com o tempo, não é algo que eu possa oferecer instantaneamente. O que posso garantir é que estou aberto ao diálogo e disposto a considerar opções que beneficiem ambos os lados. Se você não achar que há valor em nossa conversa, pode se retirar a qualquer momento.

Luiza: [Levanta-se, ainda cética, mas disposta a ouvir mais] Muito bem, eu vou ouvir o que você tem a dizer. Mas saiba que minha lealdade está com a Camorra e que não irei recuar facilmente. Continue com suas propostas e veremos onde isso nos leva.

Adrian Carmine: [Com um aceno de cabeça, satisfeito com a disposição de Luiza para ouvir] Excelente. Vamos ao ponto. A Ndrangheta está passando por um período de expansão e precisamos de certas garantias para estabilizar nossa posição. Sabemos que a Camorra também enfrenta desafios e, em vez de gastarmos recursos em um confronto contínuo, talvez possamos encontrar formas de colaborar em áreas que não se sobreponha diretamente.

Luiza: [Com um olhar desconfiado] Colaborar? Quais áreas você tem em mente? E como isso beneficiaria a Camorra sem nos colocar em desvantagem?

Adrian Carmine: [Ajusta-se na cadeira, assumindo um tom mais estratégico] Por exemplo, tanto a Camorra quanto a Ndrangheta têm interesses em territórios que se sobrepõem. Se pudermos negociar uma divisão mais eficiente ou até mesmo cooperar em algumas áreas de negócios, ambos poderiam se beneficiar. Imagine uma situação onde ambos controlam regiões sem conflito, maximizando nossos lucros e minimizando perdas.

Luiza: [Pensativa, mas ainda alerta] Isso parece uma proposta razoável, mas há muito mais a considerar. Quais garantias você pode oferecer de que sua parte do acordo será cumprida? E o que você ganha com isso?

Adrian Carmine: [Com um sorriso sutil] Posso oferecer garantias de que cumpriremos nossa parte do acordo e manteremos nossas promessas. O ganho para nós é uma posição de poder mais estável e um ambiente de negócios mais previsível. Além disso, uma colaboração pode fortalecer nossas defesas contra adversários comuns que representam uma ameaça para ambas as organizações.

Luiza: [Com uma expressão de ceticismo misturado com curiosidade] E se você está disposto a negociar, o que você espera que eu faça em troca? Quais são as suas condições?

Adrian Carmine: [Inclina-se ligeiramente para frente] Eu gostaria que a Camorra considerasse uma cooperação em áreas específicas onde nossos interesses não colidam diretamente. Por exemplo, poderíamos combinar forças para garantir a estabilidade em certos mercados ou colaborar em operações contra inimigos comuns. A ideia é criar um ambiente onde ambos possamos prosperar sem atrapalhar o outro.

Luiza: [Olha para Adrian, avaliando sua proposta e ponderando sobre o que ele está sugerindo] Parece um jogo perigoso, mas talvez valha a pena explorar. No entanto, antes de tomar qualquer decisão, preciso discutir isso com meus conselheiros e avaliar todos os riscos. Não posso tomar uma decisão sem uma análise completa.

Adrian Carmine: [pensando com compreensão] Isso é perfeitamente razoável. Proponho que mantenhamos uma comunicação aberta e que você me informe assim que tiver uma posição mais clara. Estou disposto a esperar e a trabalhar para construir essa confiança mútua.

Luiza: [Levantando-se, decidida] Muito bem, Don Carmine. Vou levar essa proposta para minha equipe e analisar os detalhes. Agradeço a conversa, mas agora preciso voltar ao meu compromisso.

Adrian Carmine: [Levantando-se também e estendendo a mão] Agradeço pela sua abertura para discutir. Espero que possamos encontrar um caminho que beneficie ambos. Até breve, Luiza.

Luiza: [Apertando a mão dele com firmeza] Até breve, Don Carmine.

E assim ela se despediu com seu e foram embora.

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Comments

karvalho Heloiza😍

karvalho Heloiza😍

são lindos 💕, muito interessante

2024-10-16

0

Ligia Silva

Ligia Silva

gostando adoro história de mafioso vamos lá

2024-10-16

0

Jiraiya

Jiraiya

Me apaixonei pelos personagens! 💞

2024-08-16

1

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