Nana gemia de dor, a dor constante palpitava sem cessar. Ela se arrepiou com um som se movendo pelo telhado, bem acima de seu quarto. Parecia o passo de uma pessoa, mas também lembrava o miado de um gato procurando ratos. A garota se levantou apesar da dor excruciante em seus seios. A atmosfera do quarto era assustadoramente sinistra. Nana olhou ao redor enquanto segurava os seios, a dor se intensificando ao se levantar. Ela não usava camisa, pois o sangue que escorria do ferimento grudaria no tecido. Um odor fétido impregnava o ar, nauseante e doloroso para Nana.
"Aaaah, dói muito", ela gemeu, segurando os seios.
O reflexo no espelho revelou uma área arroxeada, como se tivesse sido atingida por um objeto contundente. Os mamilos pareciam duros ao toque. Nana fez uma careta de dor. No dia seguinte, ela iria procurar uma curandeira para tratar daquilo. O dinheiro para os médicos já havia se esgotado; os remédios eram caros demais e as economias do Sr. Irwin estavam diminuindo com os custos exorbitantes das consultas.
E ainda havia a consulta com a curandeira, o que certamente também custaria caro. Nana chorou, a dor se tornando insuportável. Sentar ou deitar não fazia diferença, era uma dor agonizante, como se mãos invisíveis a esmagassem. Ela suspeitava que sua irmã, Nani, estivesse por trás daquilo, usando magia negra contra ela. Nana acreditava que a irmã tinha inveja de sua beleza e queria torturá-la com aquela doença. Cada noite era uma sinfonia de soluços, a dor dilacerante, e ela agarrava os lençóis em busca de algum alívio.
"Aaahhh! Huhuhu, dói muito." Nana se encolheu na cama.
"Coloque uma compressa quente, querida. Aqui está", disse a Sra. Asih, entregando-lhe uma bolsa de água quente.
"Não aguento mais, mãe! Está doendo muito, aaahhh", gritou Nana.
"Peça perdão a Deus, Nana! Não fale assim", disse a Sra. Asih, com lágrimas nos olhos.
"Dói! Aaahhh, dói muito", os gritos de Nana ficaram mais altos.
"Pai! Venha aqui, por favor!", gritou a Sra. Asih, desesperada.
Nana estava fora de controle, a dor em ambos os seios se intensificando. Naquela tarde, ela havia sentido um alívio momentâneo após tomar os remédios, mas agora, mesmo medicada, a dor era insuportável. Seus pés chutavam o ar, o lençol se agitando descontroladamente.
"Meu Deus!", a Sra. Asih levou as mãos à boca ao ver os seios de Nana com grandes feridas abertas.
"Prepare o carro, Dani! Vamos para o hospital agora", ordenou o Sr. Irwin.
Dani foi preparar o carro. Fazia mais sentido levar Nana para uma cirurgia de remoção do que deixá-la sofrer. Nana protestou, pois não queria ir ao hospital. Ela preferia consultar uma curandeira, convencida de que estava sob o efeito de magia negra enviada por alguém que lhe queria mal.
"Aquela mulher... Ela está comendo meus seios, mãe! Aaahhh, ela tem presas!", gritou Nana, apontando para um canto do quarto.
"Peça perdão a Deus, minha filha! Você está tendo alucinações por causa da dor", a Sra. Asih acariciou o rosto da filha.
"Mande-a embora, mãe! Ela está rindo do meu sofrimento, aaahhh, suma daqui, demônio", Nana estava cada vez mais histérica.
Dani carregou Nana, que ainda apontava para o canto do quarto. Parecia que a garota estava vendo algo aterrorizante. A Sra. Asih olhou para o canto antes de fechar a porta. Eles partiram para a cidade, levando Nana para o hospital. Apesar da insistência da filha em consultar uma curandeira, o Sr. Irwin não confiava em curandeiros.
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A cirurgia era cara e as economias do Sr. Irwin estavam se esgotando após uma semana de medicamentos caros. Ele estava em sua plantação de dendê, negociando a venda de três dos cinco hectares de sua propriedade. Os outros dois hectares ele manteria como reserva. Era a única solução que ele encontrou para pagar o tratamento de sua filha. A saúde de Nana era mais importante do que qualquer bem material.
"Esses frutos estão ótimos, senhor", disse o Sr. Irwin, mostrando a plantação ao comprador.
"Por que está vendendo se estão tão bons, senhor?", perguntou Zidan, o potencial comprador.
"Preciso de dinheiro para o tratamento médico da minha filha", confessou o Sr. Irwin.
"O que ela tem?", Zidan perguntou, curioso, enquanto segurava sua filha pequena nos braços.
"Câncer de mama. Ela precisa de cirurgia urgente, por isso estou vendendo parte da plantação", explicou o Sr. Irwin.
Zidan assentiu, compadecido pela situação do homem. Ele e o Sr. Irwin eram de aldeias diferentes, a duas aldeias de distância. Era uma viagem longa, mas ele havia recebido boas informações sobre a plantação de dendê do Sr. Irwin e decidiu ver por si mesmo.
Após a inspeção da propriedade e a verificação da documentação, o Sr. Irwin assinou os papéis da venda. Zidan entregou-lhe quinhentos milhões de rúpias. O Sr. Irwin ficou aliviado por finalmente ter o dinheiro para a cirurgia de Nana. O tratamento da filha havia sido um fardo financeiro pesado. E, para piorar, Nana se recusava a ir ao hospital, insistindo que estava amaldiçoada e que precisava de uma curandeira.
"Obrigado por me ajudar, senhor", disse o Sr. Irwin, grato.
"Espero que sua filha se recupere logo", respondeu Zidan, sinceramente.
"Amém. Muito obrigado, sou muito grato a você." O Sr. Irwin estava feliz por ter encontrado um comprador como Zidan.
Após a transação, Zidan entrou em seu carro com a filha e partiu. Zahra não gostava de passar muito tempo com estranhos. Zidan, pai de gêmeos, era um homem de posses. Ele era dono de várias pensões na cidade e de alguns hectares de plantações de dendê, agora acrescidos pelos três hectares comprados do Sr. Irwin.
A mulher que Nana viu.
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Atualizado até capítulo 128
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