capítulo 15

Luna;

- Depois de tudo o que disse, corro para banheiro e choro. - Era difícil saber que nunca seria meu.

- Termino meu trabalho, vou andando para casa, precisava esfriar a cabeça, pego algo para comer, nas barracas de comida de rua, o vento gelado, amenizava meu rosto inchado. - Vou para frente do mar e me sento. Fico ali comendo, vendo casais passando abraçados, famílias unidas, cachorros brincando. - Fecho os olhos, tentando não pensar no que havia feito, eu falei que o amava.- Agora me sentia envergonhada, um amor não correspondido.

- Meu telefone toca. - A ligação é de Liana.

- Oi!

- A onde você está?

- Fiquei sabendo que saiu chorando do escritório do senhor Montane.

- As pessoas não perdem tempo. - falo

- Verdade, mas não quero falar sobre isso agora. Falamos depois.

- Desligo. - Queria ficar sozinha.

- Levanto para ir embora, a noite estava gelada. Poderia congelar naquele local.

- Vou andando devagar, tenho a sensação que alguém está me seguindo. - Olho para os lados e não vejo nada.

- Continuou andando até escutar;

Luna!

- Não olho, apenas continuo andando. - Quando bato em alguém.

- Klaus!

- Baixo a cabeça e vou saindo e ele não deixa.

- O que você quer de mim? - Pergunto irritada

- Precisava ver como está.

- Não se preocupe comigo,não devia seguir uma funcionária. - Falo com tom de ironia.

- Eu sei.

- Klaus! Eu já entendi, que você me ver apenas como aquela menina de anos atrás, não precisa amenizar algo que crie em minha mente. Vou ficar bem.

- Passo por ele continuou andando.

- Eu não sei se vou ficar bem. - Ele diz

- Paro! Sem olhar para trás.

- Não se sinta culpado, eu causei isso.- Falo com voz trêmula.

- É melhor que não ultrapassemos o limite de funcionária e patrão. -falo

- Eu sei o que diz, mas não consigo parar de pensar em você.

- Viro para ele, uma lágrima cai de meus olhos. - Dou passo em sua direção. - Sabe que se eu dé mais um passo, eu irei romper esse limite. - falo chorando.

- Não precisa da nenhuma passo. - Sua expressão e de quem estava exausto. - Estou cansado de lutar contra o que estou sentindo.

- Fico ali parada, tentando decifrar suas emoções, até onde ele estava disposto ultrapassar.

- Deixe que eu dou.

- Ele vem em minha direção e faz o que menos esperei. - Segura meu rosto e toca minha boca.

- Era o meu primeiro beijo. - Sua boca doce, e ao mesmo tempo gelada, entrava na minha,era beijo urgente, como se eu fosse algo que ele precisava saciar. O aperto, querendo senti mais sua boca se aprofundar na minha. Eu desejava senti gosto de sua boca, que parecia uma cereja de tão gostosa. - Nosso beijo é intenso e como uma sincronia. Sua boca se encaixa perfeitamente na minha .- Ele tira delicadamente sua boca da minha e me abraça forte.

- Sinto nervosismo da parte dele.

- Não diga nada, apenas fique ao meu lado.- Ele fala

- Fico ali sem dizer uma única palavra, ele estava confuso, algo o atormentava. Seguro sua mão, e continuou a andar, dou sorriso para ele, que ainda expressava uma pequena relutância.

- Ele para do nada, e diz;

Luna! A muitas coisas que preciso te dizer.- Ele me agarra, e continua;

Eu não quero perdê-la.

- Você não vai. Apenas deixe-me se sua.

- Eu tenho medo.

- Não tenha.

- Você está disposta a passar a eternidade ao meu lado?

- Se existir, sim.- Ele me beija.

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