Capítulo 6

Duas horas depois de concordar com o pedido de Eros, dois dos seus homens chegaram com todas as minhas coisas, incluindo o cachorro. Fiquei realmente aborrecido por ter sido tão fácil de convencer; no entanto, aceitei meu destino e as consequências da minha estupidez.

Depois de subirem minha bagagem para o quarto, Eros disse:

- De agora em diante, você será a mãe de Hedone, todos nesta casa se dirigirão a você como tal.

- Entendo.

- Quanto aos seus deveres, continue fazendo os mesmos que acordamos no contrato.

- Está bem, farei o meu melhor.

- Fico feliz em ouvir isso, bem, já que tudo ficou entendido a respeito dos seus deveres, agora vou falar sobre os lugares dos quais você não pode ir dentro desta casa.

- Estou todo ouvidos.

- Você pode ir a todos os cômodos, exceto ao meu quarto, meu escritório e o porão.

- Entendido.

- Em relação aos horários desta casa, o café da manhã é servido às 6:30 da manhã, o almoço ao meio-dia e o jantar às 8.

- Certo, me assegurarei de estar a tempo.

- Parece bom que você tenha entendido tudo, também gostaria de dizer que não deve me incomodar por nenhum motivo quando estiver trabalhando.

- E se for algo relacionado à sua filha?

- A menos que ela esteja doente ou algo esteja ameaçando sua vida, é melhor que não me incomode.

- Está bem, senhor.

Depois que ele me disse as regras, me despedi e subi para o meu quarto, deitei-me um momento e, depois de cochilar por meia hora, fui verificar como Hedone estava. Ao entrar no quarto da menina, a encontrei brincando de casinha, ela parecia muito alegre, então tentei me aproximar devagar e depois disse com uma voz suave:

- Olá senhorita, por acaso está procurando outro cozinheiro?

Ela se virou para mim e com um sorriso respondeu:

- Sim, querido senhor, adoraria sua ajuda para preparar o banquete desta noite.

- Bom, senhorita, então me diga o que precisa que eu faça.

Ela me entregou uma faca de brinquedo e várias verduras de brinquedo e então disse:

- Primeiro quero que corte os vegetais e depois coloque a panela no fogão.

Segui as instruções que ela havia dado à risca e depois de terminar lhe disse:

- Senhorita cozinheira, terminei o que você me pediu, então me diga o que mais precisa.

Ela começou a rir, depois me abraçou e disse:

- Eu senti tanto a sua falta, mamãe, nunca pensei que você poderia brincar comigo, mas agora estou tão feliz.

- Eu... nunca tinha brincado com você?

- Não, você sempre fugia de mim como se tivesse medo e, apesar de eu ter dito muitas vezes que queria brincar com você, você simplesmente me empurrava ou ia para o seu quarto e trancava a porta para que eu não pudesse entrar.

- Hedone, preciso que você entenda uma coisa, eu não sou sua mamãe; no entanto, você pode me tratar como se fosse sua mamãe, mas não me compare com ele, pode pensar que sou uma nova mamãe que acabou de chegar.

- Está bem, então você será minha nova mamãe, quero brincar com você e que saiamos para passear e que você faça penteados em mim.

- Claro, queremos viver juntos, sempre que quiser sair para passear, quando desejar que eu faça um penteado, venha ao meu quarto ou procure por mim, eu sempre estarei disposto a passar tempo com você e ajudá-la no que precisar.

Hedone começou a chorar e com a voz tremendo disse:

- Você é o único que me ama, você sim me trata como uma filha, por que mamãe e papai não podem fazer o mesmo?

- Não sei, minha pequena.

- Desde que te vi, soube que você seria o único capaz de mudar minha vida e a do papai.

- A que você se refere?

- Quando você me ajudou aquela vez fora da empresa do papai, soube que você era nosso destino.

- Pequena, estou feliz por ter te conhecido.

Hedone me abraçou e disse:

- Eu te amo, mamãe.

Eu retribuí o abraço e depois continuamos brincando até que Hedone se cansou, depois de vê-la exausta, a levei para a cama, cobri-a com um cobertor e cantando uma canção de ninar, ela adormeceu. Quando finalmente estava dormindo, voltei para o meu quarto, li alguns livros e depois desci para a cozinha para comer algo. Depois de cerca de 4 horas, escutei um grito vindo do quarto de Hedone, então subi rapidamente até o quarto, entrei e a vi chorando na cama, então me aproximei dela, a abracei e tentei acalmá-la com suaves tapinhas nas costas enquanto dizia:

- Calma, minha pequena, calma.

Ela não demorou muito para se acalmar. Depois que parou de chorar, ela me disse:

- Mamãe, eu me assustei muito.

- Me diga o que te assustou.

- Sonhei que você tinha ido embora como minha primeira mamãe.

- Calma, calma, isso ainda não vai acontecer.

- Mamãe, promete que não vai me deixar.

- ...

- Mamãe?

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- Não te deixarei.

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