prosperidade

A prosperidade começou a fazer parte da rotina do novo casal, em pouquíssimo tempo se ouviu na cidade que a fazenda estava dando muitos frutos, como foi esperado os dois receberam a visita de pessoas da prefeitura querendo fazer uma parceria, comprariam grande quantidade de produtos e fariam uma feira, denominada a festa da colheita, ele deu o seu preço e eles aceitaram, o casal recebeu adiantado e contratou alguns homens para auxiliar na colheita.

Ótimo, mesmo pagando eles ainda sobrou um bom valor- falou ele.

Que bom amor, poderemos ser prósperos- ela respondeu.

Durante uma semana homens e mulheres colheram as coisas e levaram filhotes de animais, bois para abater e tudo que puderam, muita gente começou a depender da fazenda e assim contrataram muitos funcionários, sabemos que durante todo o ano foi tudo muito próspero, e eles começaram a viver uma vida de luxo, chegando a época da oferenda ele recebeu a visita do Xamã, seu avô veio quando ouviu os boatos de grande prosperidade.

Avô, o que faz aqui- perguntou Logan.

Você fez um bom trabalho aqui, mas me parece algo que foi feito de forma errônea, me diz? Invocou algo aqui?- ele perguntou.

Não, eu não fiz nada, só trabalhei- mentiu ele e o avô se aproximou o observando.

Sabe, sinto cheiro de feitiço aqui, mas sabe dos riscos, acho bom que não deixe isso se aproximar da minha tribo, porque onde não são feitas as oferendas certas a entidade busca um familiar seu- ele disse e quando ia sair Logan movido pelo medo de que seu avô falasse demais e das represálias da tribo e da cidade em um impulso resolveu o matar.

Vô- chamou ele e quando o Xamã olhou recebeu uma facada, mais uma vez certeira em seu coração, o velho olhou para o neto sem conseguir acreditar no que tinha acontecido, não acreditou na barbaridade que aconteceu, caiu ajoelhado e seu sangue se derramou naquela terra.

LOGAN, ai meu Deus, o que você fez?- falou Joana séria.

Matei ele, ele ia contar sobre a entidade, precisei resolver- falou ele e ela não esboçou reação contrária.

Acho bom que tire esse corpo daqui, faremos o sacrifício amanhã e espero que os funcionários não fujam- ela respondeu e ele assentiu.

Ele escondeu o corpo e durante a tarde tudo seguiu naturalmente, Logan sentia-se como um poderoso e como a maioria dos poderosos fazia ele se envolveu com algumas das suas empregadas, Joana não sabia das traições em si, mas sabia que ele era mulherengo e não se importava, apenas uma das mulheres a incomodava, Amélia, uma linda alemã, vindo em busca de melhores condições e de família extremamente pobre, ela estava grávida e teve bebê a pouco tempo, um menino de nome Hansey Orbin.

Esse nome, está no museu, o filho bastardo- falou Frank e levou um soco.

Não bate nele- gritou Liz chorando.

CALADO, NÃO É UM BASTARDO- ele gritou.

O filho da Amélia tinha dois meses quando a mãe contou a Logan que ele era seu filho, Joana por sua vez escutou e revoltada durante a janta disse que queria escolher quem seria a sacrificada, ele sem imaginar aceitou.

Quero que Amélia Orbin seja a vítima, exijo que seja  ela- ela falou e seu marido ergueu a cabeça sem acreditar.

Ela tem um filho recém-nascido, não vou tirar a vida dela- falou ele.

Vai, sim, eu quero que seja ela, e seu filho você cria como um empregado aqui dentro, não me importo- falou decidida e o marido se assustou quando viu que sua mulher sabia de tudo.

Vou criar ele como meu filho ou não aceito- falou e ela o fuzilou com os olhos, mas aceitou.

Então durante a noite foram até o quarto dela e a pegaram, seu filho dormia tranquilamente, pegaram um pouco mais cedo um dos homens e o esconderam no banquer, levaram ela até o carvalho e ele sentiu a dor de tirar a vida da mãe do seu filho, ele não a amava, mas nutria algum sentimento pelo fato de ser uma moça doce e a mãe do pequeno Hansey, ele se aproximou dos dois amarrados e não tinha coragem de olhar em seus olhos, ela vê que ele não teria a coragem pegou sua faca e assim fez, enfiou sua faca com tamanha força, como se vingasse a gravidez que ela não conseguia ter, aquele ato seria o começo do fim, só que ela não sabia, ele olhando a cena matou o homem e ajoelharam, a entidade apareceu e os corpos viraram em nada.

Aceito a oferenda, terão prosperidade e fertilidade por mais um ano- ela falou e como da primeira vez foi instantâneo que as flores e frutos aparecessem, dessa vez com uma qualidade maior e isso deixou os dois felizes.

Logo a entidade como chegou foi embora e não havia sinais de assassinato ali.

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