Bônus Will

Assim que chegamos na cidade já comecei a colher algumas informações, tem coisas que meu cunhado ainda não sabe, essa fazenda tem um processo em nome de Hansey orbin, ele é um filho ilegitimo do primeiro dono, no museu histórico da cidade descobri algumas fotos antigas de antes da morte ou sumiço da família, uma única foto do filho ainda jovem é exposta, mas nenhuma outra informação, após a época que o jovem sumiu alguns assassinatos ocorreram e a polícia chegou a considerar ele como suspeito, mas ele nunca mais foi visto.

Pai vamos logo- falou meu filho e assenti, bati algumas fotos e pegamos estrada, chegamos depois de um tempo e entendi a frustração do meu cunhado em relação as constantes confusões, as terras nas redondezas são completamente secas e a deles tem tanta colheita e flores, tudo parecia muito fértil, avistei minha família e de cara já não gostei do funcionário.

Will meu irmão, que bom te ver, vamos entrar- falou minha irmã e entramos, ficamos um tempo ali e minha sobrinha e os dois jovens foram caminhar, passaram alguns minutos ouvimos o grito de pavor da Suzie, olhamos na varanda e vimos George meu sobrinho de 6 anos caído no chão, aparentava uma queda de altura, me aproximei enquanto o pai dele chamava uma ambulância, minha esposa acalmava minha irmã e o funcionário se mostrava mais uma vez presente.

Tinha sangue em sua cabeça e seu braço estava quebrado, passou um tempo e a ambulância chegou, colocaram ele dentro e nesse momento meus ouvidos estavam atentos a cada coisa, minha sobrinha ficou sentada olhando fixamente para a casinha, algo tinha acontecido sua cabeça e eu precisava descobrir.

Entrem que eu vou olhar lá- falei e o funcionário disse:

Não tem essa necessidade, é uma bobagem.

Isso é assunto de família, não se preocupe e pode se retirar, na ausência do Derek estarei cuidando de tudo- respondi e ele saiu brabo.

Gente entrem, não saiam para rua- falei e entraram, me direcionei a casa e subi lentamente, o lugar era sombrio demais para uma criança brincar, tinham alguns brinquedos velhos e uma bagunça que é a cara do meu sobrinho, um pequeno armário no canto onde as portas batiam bem devagar, provavelmente um lugar velho, algo me dizia que não devia estar ali, um homem da minha idade com medo, criei coragem e pus minhas mãos na porta, estava vazio, ui que susto, sentia que como em um filme de terror de dentro dele ia sair um monstro e me matar.

O que você faz aqui pequeno George? - falei em voz alta, mas não esperava que alguém fosse me responder.

vá embora- gritou a imagem e no mesmo momento alguns brinquedos caíram,

Olhe o carvalho- falou a outra voz.

Sai da casinha bem apavorado, que voz era aquela, que porra acontecia ali, atravessei o milharal e encontrei o carvalho, sentia uma presença comigo, como se me seguisse até o lugar, guiando meus passos.

Será que é essa árvore? - me perguntei e um vento passou por mim, olhei a árvore e as raízes, olhei todas as coisas que tinham ao redor, tinha uma pedra embaixo de uma das raízes que ficavam expostas, tocos de cigarro provavelmente dos meninos que vem fumar e beber aqui, continuei olhando e era uma árvore magnifica, linda mesmo, tinha algo nela que exalava poder, e isso me chamou atenção, peguei meu celular e comecei a gravar algumas coisas ali, sentia que a presença não era coisa da minha cabeça, sentia que alguém me observava, andei ao redor da árvore e chutei umas pedras, até que a maior delas se moveu e ouvi um barulho de click, me aproximei e vi que tinha um esconderijo.

Que porra, tem um banker aqui? Vou entrar- falei para a câmera e entrei, parecia uma casa de bruxas, com livros, roupas, tinha cheiro de sangue e muitos ossos, o lugar parecia uma sala de mortes, vi que as raízes interiores estavam para dentro do lugar e vi nos livros formas de fazer sacrifícios.

Oferenda da fertilidade, um casal em idade sexual, sem gravidez na hora da oferenda, uma vez ao ano, que caralho, aqui é um local de holocausto- gravei mais coisas e sai dali, não imaginava que quem me observava não era um fantasma.

__ Vou entregar você- foi minha última palavra antes de sentir uma lâmina acertar meu peito e a escuridão me tomar, só tive tempo de dar um grito alto e torcer para que fosse escultado pela minha família.

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