Saímos da cidade grande e viemos para esse fim de mundo, até o sinal de rede é ruim, quase não consegui contato com ninguém da minha rede de amigos, agora estou aqui em uma sala cheia de idiotas que me olham como se eu fosse de outro planeta, já vi que terei que mudar até a roupa que uso.
Estava sentada no refeitório quando o mesmo grupinho da festa da cidade se aproximou, ele sentou do meu lado e pegou minha fruta, reclamei e ele riu.
__ Calma garota, revoltada você né, sou o Joshua, estou na sua sala, esses são Dean, Alexia, Victor, Louis e Caren- ele disse e eles sorriram.
__ Oi - respondi e falaram.
__ Viu os espíritos na sua fazenda?
__ Não, essas coisas não existem- falei e a menina que chamaram de Alexia respondeu.
__ Logo verão as coisas que acontece ali, dizem que quem vem morar não ficam duas noites.
Não levaria a sério essas coisas, o que existem é assassinatos por pessoas e não assombração.
__ Vocês são uns medrosos, uns caipiras mesmo, por acaso já foram lá? - perguntei.
__ Não Deus me livre- falou Louis se escondendo atrás do tal Victor.
__ Vou dar uma festa, uma festa no celeiro, acredito que vocês não terão medo né, se tiver alguém que fume um baseado aqui podem levar, vamos estrear então- falei e eles se entreolharam, mas Joshua respondeu:
__ Hoje? Estaremos lá, anota meu telefone e combinaremos, a proposito, eu levo o fumo- ele disse e saíram, até que eram legais, seria interessante dar alguns sustos ali, inicio da tarde meu pai me buscou e fomos para casa, no caminho achei uma forma de pedir permissão sem que ele negasse.
__ Então pai, fiz alguns amigos hoje e queria te pedir um favor- falei e ele me olhou desconfiado.
__ Propus dar uma festa para me desculpar pela minha atitude ontem, hoje a noite, talvez no celeiro, é um grupo pequeno, quatro meninos e três meninas, todos da minha sala- menti essa última parte, pois não eram todos da minha sala.
__ Que bom, fazendo amigos, bacana, só não podemos fazer muita bagunça agora porque ainda não conhecemos todos aqui- falou e concordei, chegamos em casa e percebi que ele e o tal Robert tinham trabalhado duro, a casa estava bem melhor e já tinham lavado ela, meu pai pediu ajuda com a pintura e eu falei que ajudaria, não queria que ele se estressasse e acabasse cancelando a festa.
__ Vai no porão filha buscar alguns baldes e jornais, Robert te ajuda- meu pai disse e contra minha vontade assenti, fui dando passos lentos até o começo da escada, o homem parou ao meu lado e falou baixo no meu ouvido:
__ O que foi menina? Medo de descer?
__ Não diga besteira- falei e desci rapidamente sem olhar nada ao meu redor, abri a porta apavorada, porém não colocaria o orgulho de parte.
O lugar essa apavorante, tinham várias caixas lacradas, tinham lençóis brancos e vários manequins com vestidos antigos.
__ De quem são essas coisas?- perguntei vendo que pela quantidade de poeira ninguém vinha aqui a tempo.
__ Desde os primeiros moradores até os últimos que foram a cinco meses atrás, são pertences pessoais de quem deixou a casa, você já ouviu falar das histórias?- ele perguntou.
__ Nada específico, só falam que é amaldiçoado, meu pai disse que era inveja já que a única terra que é frutífera é a nossa- falei e ele arqueou a sobrancelha.
__ Talvez, a terra é frutífera, mas a um alto preço, vai dar a festa hoje?, talvez eu apareça e conte a vocês o que aconteceu e as histórias de cada família- ele disse e assenti saindo logo dali, entreguei as tintas e tudo para o meu pai e mais enrolei do que ajudei.
Entrei em casa e pedi que minha mãe fizesse alguns lanches, dona Suzie era a nossa ponte de equilíbrio, apaziguadora e calma, o oposto do meu pai que é explosivo assim como eu.
__ Mãe, umas 20 iremos estar ali no celeiro, vamos festejar ali e depois iremos caminhar pela propriedade, Robert disse que era seguro, mas queria que você e o pai não fossem lá, pode ser?- falei e ela pôs as mãos na cintura e depois já sorriu.
__ Que bom que aceitou nossa vinda, farei bons lanches e não te envergonharemos, George está o dia inteiro naquela casa da árvore, chame lá seu irmão para mim- falou e assenti indo em direção da casinha, vi que era linda e ele festejava muito parecendo que se divertia com uma multidão de crianças.
__ George, Geooorge- gritei e ele botou a cabeça sério na janela.
__ O que você quer?- ele perguntou.
__ Mãe está chamando para tomar café, vamos logo, o último a chegar é mulher do padre- falei rindo, meu irmão sempre gostava de competir, mas ele ficou parado, então disse:
__ Vamos logo, não me faça subir ai- quando eu disse isso ele olhou para o lado e disse para seu amigo imaginário:
__ É minha irmã, vou tomar café para que ela não suba, amanhã eu volto- falou e abriu a porta, desceu a escada e me deu a mão brabo.
__ Com quem estava falando? Quantos amigos fez?- perguntei.
__ São dois irmãos, o Richard e a Janine, eles têm a minha idade e moram na casa da árvore- falou e assenti rindo, era bom saber que a imaginação da criança era assim.
Tomamos café e a noite chegou, logo o pessoal chegaria e faríamos a nossa primeira festa aqui na fazenda e eles veriam que não tem risco algum.
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Atualizado até capítulo 27
Comments
Kelly
essa festa tá me cheirando mal😱
2025-01-27
0
Cecilia geralda Geralda ramos
áiguinhos na árvore que 😱
2025-01-25
0
jeovana❤
o que sera que vai acontecer nessa festa?
2024-07-12
0