[11] Você

A primeira noite aconchegante em sua casa, não foi sequer aproveitada por Brayan, pois em um sonho, ele ainda estava no cativeiro. A tentativa de fugir do porão escuro, não havia dado certo, e quando ele saltou em Zóio, o capanga que cuidava deles, o homem se libertou e atirou em Alisson. No momento em que viu Alisson cair ao chão sem vida, Brayan sentiu dor em seu peito, e a reação de desespero, o fez acordar gritando.

Bernardo: Brayan! Irmão, acorde! Está tudo bem.

Bernardo abraçou o irmão que se recuperava do susto.

[...]

Bernardo: Você está melhor?

Brayan: Sim, foi um pesadelo. Eu não tinha conseguido escapar. Sonhei com o capanga que ainda está solto... No sonho, ele havia matado o Alisson.

Bernardo: Alisson?

Alisson: É o homem que estava sequestrado comigo.

Bernardo: Entendi. Mas foi só um sonho. Vou trazer um chá para você tudo bem?

Brayan: Eu sei que foi um sonho. Mas fiquei um pouco incomodado, porque àquele homem, ainda está solto.

Bernardo: Os oficiais vão pegar ele. Não se preocupe.

Brayan: Tem razão.

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Dois dias depois;

Só aquela presença era notada assim que entrava no prédio. O som dos sapatos caros tocando o chão, o perfume único, e até mesmo, sua respiração impaciente. Sem olhar para ele, todos sabiam quem era.

Olhar para ele também não era uma coisa simples. Não se tratava de um homem comum ele era poderoso, inteligente e ao mesmo tempo; doce.

Pela manhã, Brayan resolveu voltar ao trabalho, e todos os receberam muito bem. O Gerente acelerado como sempre, por uma reunião te esqueceu do que seu Superior havia passado.

Júlio Thei: Senhor Frizan, os medicamentos foram aceitos na Cidade Montevale, mas pediram um lote muito grande, para atender a demanda temos que contratar novos funcionários. Podemos marcar um reunião?

Brayan: É... pode ser amanhã? Não vou conseguir pensar hoje.

Júlio Thei: Sim claro. Amanhã será um dia perfeito para isso. Obrigado Senhor.

Brayan foi para seu consultório, mas não conseguia se concentrar. O tempo todo sua mente escapava, e ele pensava em Alisson.

Brayan: {Eu afastei você. Fui um tolo mesmo. Não consigo parar de pensar em você. Eu não consigo ficar aqui simplesmente, eu preciso procurar você.}

Descendo as escadas Brayan parou na frente da mesa de Júlio.

Brayan: Oi, Júlio, quantos prédios de leilões tem aqui na cidade?

Júlio Thei: Bem, até onde sei, fixo apenas um. Os outros são eventuais senhor.

Brayan: Saberia me dizer o endereço?

Júlio Thei: Sim, posso passar a localização em seu celular?

Brayan: Sim, por favor.

Com a localização, Brayan entrou em seu carro e começou a dirigir. Cerca de três quarteirões de seu prédio, Brayan entrou no prédio de leilões Davane.

Da mesa elegante da recepção, o atendente avistou Brayan entrando.

Nando: {Nossa! Que gato.}

Brayan: Olá, bom dia.

Nando: Bomm dia! Em que posso ajudar?

Brayan: Estou procurando uma pessoa, gostaria de saber se pode me informar alguma coisa à respeito.

Nando: Se eu não souber, eu descubro de um jeito ou de outro. Não posso deixar alguém como você sair daqui sem respostas querido.

Brayan: Que ótimo. O nome dele é Alisson é um avaliador.

Nando: É... Você disse Alisson!?

Brayan: Sim, sabe onde eu o encontro?

Nando: Ai, Então... Ele teve um desentendimento com o Senhor Jeff e foi demitido. Infelizmente.

Brayan: Demitido!? Ele não é casado com o senhor Davane?

Nando: Ah, é... Sim eles são casados. Mas vão se divorciar em breve.

Brayan: Olha, você sabe onde eu posso encontrar ele, ou não?

Nando: Bem... Para a sua sorte eu sei. Estive lá mais cedo sabe? Eu sou meio primo dele sabia? Minha mãe se casou com um dos tios dele. Se você me disser do que precisar, talvez eu possa te ajudar no lugar dele. É melhor do que ter que ir o encontrar onde está.

Brayan: {Acho que esse cara está me flertando. Será mesmo que sabe do Alisson?}

Brayan se aproximou do atendente, e sorriu sedutoramente.

Brayan: Acredito que possamos tomar um café, um dia desses. Mas, antes, eu precisava mesmo encontrar o Alisson, é um assunto importante. Uma cobrança.

Nando: Entendi. Então, vou colocar o endereço dele aqui, no meu cartão.

O homem escreveu atrás de um cartão de visitas e entregou nas mãos de Brayan.

Brayan: Fernando Diggle? É um nome muito interessante.

Nando: Pode me chamar só de Nando.

Brayan sorriu e piscou para Nando, enquanto ia saindo do local.

Brayan: Muito obrigada! Nos vemos por aí.

Nando: Tá...

Uma moça que estava entrando no local, correu para o balcão de Nando.

Nando: Você viu Suelen?

Suelen: Vi sim! Que homem lindo! É um ator?

Nando: Na... Não sei. Nossa, eu nem perguntei. Também, fiquei atordoado quando reparei nos dois botões da camisa abertos, e aquele peitoral todo. Céus!

Suelen: Um verdadeiro colírio. Ele quer leiloar alguma coisa?

Nando: Não. Só queria falar com o Alisson.

Suelen: Nossa tem muita gente vindo procurar o Alisson. Ninguém confia nos outros avaliadores. E agora, o Senhor Trevor vem montar o seu leilão exclusivo de peças astecas, ele já deixou bem claro que só faz com o senhor Alisson.

Nando: Queee? Sua cretina! Porque não me falou isso antes? Tenho que falar isso ao Jeff. Ele está contando com esse evento.

Suelen: "Ao Jeff"? Desde quando ficou tão íntimo assim para o chamar pelo primeiro nome?

Nando: Ah, eu sou primo do Alisson né? Ele é tipo, meu cunhadinho. Qual problema?

Suelen: Nada não.

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Brayan chegou em um hotel barato, perto da divisa com a cidade.

Brayan: Olá, tudo bem? Eu gostaria de falar com Alisson Davane, bem... Se ele se registrou assim.

Recepcionista: Não tem nenhum Alisson com esse nome senhor.

Brayan: Ele me disse o sobrenome de solteiro, quando nos conhecemos. Tenho certeza, mas não estou conseguindo lembrar. Será que eu posso dar uma olhadinha?

Com o sorriso cativante, Brayan conseguiu convencer a mulher, a deixar ele olhar os nomes.

Brayan: Aqui! É esse Alisson Ceravano!

Recepcionista: Ah, ele está hospedado no número 193 senhor, mas no momento, não se encontra. Saiu faz... Uma hora ou mais. Gostaria de esperar?

Brayan: Sim. Eu vou esperar.

...

Enquanto Brayan sentado na recepção do hotel, esperava, Alisson chegava em outro destino.

[...]

Alisson: Licença por favor. Eu gostaria de falar com Brayan Frizan por gentileza.

Júlio Thei: O senhor Brayan não se encontra no momento. Ele saiu, e acredito que não volte mais na parte da tarde. Posso ajudar?

Alisson: É... Só, diga a ele que o Alisson Ceravano, estava querendo falar com ele. Por gentileza.

Júlio Thei: Claro que sim, eu informarei ele.

Alisson saiu na calçada.