[7] Parando para Descansar

A viagem de volta a cidade de Obakane, já durava duas horas.

Alisson: Eder... Por favor, para o carro! Eu acho que vou...

Alisson cobriu os lábios. Enquanto Eder parava.

Brayan: Temos que ficar atentos. Podem estar nos seguindo.

Eder: Eu não percebi nenhum carro nos seguindo. O que ele tem?

Brayan: Provavelmente uma reação dos remédios.

Alisson: Desculpa gente...

Por quinze minutos, o carro ficou parado. De repente, Eder percebeu pelo retrovisor, um carro que vinha rápido, reduzindo de repente.

Eder: Entra! Entra logo!.

Alisson observou o mesmo que Eder, e entrou no mesmo instante.

Eder: Brayan, por favor... Segura bem o bebê.

Brayan: Certo.

Eder acelerou.

Alisson: Temos que despistar eles de qualquer forma... Se eles pararem o carro, podem querer levar você também.

Por mais vinte minutos, o carro perseguidor não conseguiu alcançar eles.

Alisson: Para no próximo quarteirão. Eu vou descer.

Brayan: O que!? Não! O você vai fazer?

Alisson virou para olhar para Brayan.

Alisson: Se eles tentarem alguma coisa e esse carro bater, ou se nos pegarem... Não pode acontecer nada com esse bebezinho, e nem com o Pai dele! Vai ser nossa culpa.

Eder: Não, não precisa disso. Quando entrarmos temos ajuda. Estou esperando o sinal do celular voltar.

Alisson: Aqui na divisa o sinal é uma merda. Confia em mim. Eles não vão me pagar. Conheço uma passagem nos trilhos. Eu brincava aqui quando eu era criança.

Brayan: Então eu vou com você.

Alisson: Não. Você vai ajudar o Eder a chegar em casa com o bebê. Depois vocês me buscam ok. Me dá o cartão que ele te deu!

Brayan obedeceu.

Alisson: A gente ainda vai se ver bonitão.

Alisson sorriu.

O carro parou, e Alisson saiu.

Parado no meio da rua, ele esperou o carro inimigo se aproximar, e correu, os deixando o ver para os atrair. Alisson passou por uma abertura na parede de dois prédios velhos. Os homens seguiram ele.

[...]

Eder: Acho que deu certo. O carro não está mais nos seguindo.

Brayan: Eu espero que ele fique bem.

Eder: Olha, assim que eu chegar em casa, a gente liga para a delegada. Vai dar tudo certo ok? São sequestradores, eles não vão querer matar o seu amigo.

Brayan: Espero que esteja certo. Mas, sabe de uma coisa? A pessoa da família dele, não atendeu o resgate. Muito pelo contrário, pediu para a secretária ligar. Ele ficou tão chateado, que mesmo não falando eu entendi. Seja lá quem for a pessoa, não se importou com ele.

Eder: Que barra! Mas você se importa com ele, certo? E eu também. Ele se sacrificou para salvar o meu filho. Vamos!

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O carro de Eder estacionou na frente de uma casa grande, exuberante. Com o formato de ferradura, e um portão grande eletrônico. O Portão se abriu e um segurança se aproximou, acompanhando a entrada do patrão.

Eder: Senhora Larissa!

Eder abriu a porta ao lado, e pegou o bebê. Brayan saiu atrás dele.

Governanta Larissa: Sim senhor? O que deseja?

Eder: Esse é o Brayan, verifica o que ele precisa por favor. O Gregg está aqui ainda?

Governanta Larissa: Sim, no quarto ao lado do seu, senhor.

Eder: Eu vou ver ele. Brayan, fica a vontade. Fica com o meu celular. Eu vou deixar o bebê em segurança, e vamos atrás do Alisson ok?

Brayan: Tá bom.

Governanta Larissa: Por aqui senhor, venha comigo. Quer comer alguma coisa?

Brayan: Eu não consigo comer nada agora. Estou muito tenso, mas agradeço. Um pouco de água é o suficiente.

Governanta Larissa: Desculpa a intromissão senhor. Mas o que houve, o senhor?

Brayan: É uma longa história e...

O celular de Eder Olid, tocou nas mão de Brayan.

Brayan: Alô? Alisson, é você?

Alisson: Sim, está tudo bem. Despistei eles. Estou do lado de uma confeitaria. Tem um orelhão aqui

Brayan: Certo! Já estamos indo.

Eder descia as escadas, e parou bem a frente de Brayan.

Eder: Ele ligou?

Brayan: Sim. Acabou de ligar.

Eder: Certo. Então vamos.

Os dois voltaram ao carro. Eder olhou para o segurança.

Eder: Daniel, eu quero mais dois homens fixos aqui ok?

Segurança Daniel: Sim senhor.

O carro saiu.

[...]

Alisson sentia frio, e enjoo. Mas esperava em frente ao orelhão, ansioso o seu resgate.

Alisson: {Eu me sinto tão mal, queria deitar, mas não posso.}

Um carro se aproximou, mas facilmente Alisson percebeu que era dos perseguidores.

Alisson: °Não pode ser!°

Ele se encolheu no canto do beco, ao lado de uma lixeira e esperou o carro passar. Os homens, do lado de dentro, observavam todos os lados atentamente.

Dez minutos depois, o carro não podia mais ser visto. Alisson se levantou, e foi para a frente da calçada.

Alisson: {Será que estão vindo? Eu preciso muito sair daqui logo. Esse enjôo está me matando. Se eu parar para vomitar, posso perder o carro de vista.}

Finalmente, Eder e Brayan se aproximavam da confeitaria. Alisson, não teve coragem de ir para a frente, e continuou encostado na parede.

Eder: Está vendo ele?

Brayan: Não. E você?

Eder: Ainda não...

Brayan: Ah! Espera, para o carro. Acho que ele está ali na parede.

Eder: Estou vendo, acho que ele não está se movendo.

O carro parou, e os dois saíram.

Brayan: Alisson!

Eder: Oi, você está bem?

Alisson: Oi... Estou exausto. Só queria um copo de suco de laranja e uma cama.

Eder: Isso eu posso te dar. Vamos, vem com a gente.

Os dois apoiaram Alisson, até voltarem para o carro. E conseguiram chegar à residência de Eder em segurança.

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Eder: Vocês podem ficar nesse quarto. E se precisar de qualquer coisa é só chamar ok?

Alisson: Muito obrigada, Eder.

Eder saiu, deixando os dois no quarto.

Alisson: Essa cama é maravilhosa!

Alisson olhou para Brayan.

Alisson: O que foi?

Brayan: Estou aliviado que esteja bem.

Alisson: Está parecendo que se apaixonou por mim.

Brayan: Eu acho que sim.

Alisson: Vem aqui, só tem uma cama. Então, vamos ter que dormir juntos.

Brayan: Você não está bem mesmo. Precisa descansar.

Alisson: Porque está dizendo isso? Eu me sinto ótimo.

Brayan: Que bom que ele apareceu para nos ajudar.

Alisson: Sim. O Eder... é um anjo. Tão anjo que ainda nos deixou muito confortáveis. Acho que agora, podemos aproveitar um pouco.

Brayan sorriu, mas ao se aproximar, reparou na mão de Alisson, a marca de um anel no dedo.

Brayan: Alisson... A pessoa que não queria atender os sequestradores... É o seu marido?

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