Com a luz do dia adentrando na floresta, Alisson abriu os olhos. Ele estava totalmente envolto aos braços de Brayan.
Alisson: Ei! Garotão? Dormiu bem? Porque eu dormi muito bem.
Brayan abriu os olhos e viu o rosto de Alisson perto do dele, e ficou nervoso.
Alisson: Os Seus braços não estão dormentes?
Brayan: Na... Não estão. Não se preocupe, eu dormi muito bem. E fico feliz que tenham se aquecido.
Brayan colocou a mão na testa de Alisson.
Brayan: E a sua febre, também passou. Isso é um bom sinal.
O estômago de Alisson roncou alto.
Alisson: Ai,ai... Que fome! Passar por tudo isso, logo hoje, me deixa um pouco irritado. Temos que ir embora daqui!
Brayan viu Alisson se levantar, e o sol refletir a cor vermelha em seus cabelos escuros.
Brayan: Como é bonito!
Alisson: O que?
Brayan: Você.
Alisson: Eu!? Acaso você está me flertando?
Brayan: Na.. na.. Não! Não estou. É que... achei bonito ver o sol nos seus cabelos.
Alisson: Fica bem engraçadinho quando gagueja sabia? Vou providenciar algo para o nosso café da manhã. Você prepara uma mesa aí.
Brayan riu
Alisson: To falando sério hein? Quero uma mesa aí, e quero café!
Brayan: Está bem! Vou ver o que consigo.
[...]
Caminhando entre árvores mais altas, Alisson estava determinado a encontrar alguma coisa para comer.
Alisson: {Que droga! Hoje é o meu aniversário. Não acredito que ele não se importou comigo! Íamos passear no iate dele. Porque ele pediu para a secretária atender a ligação de um resgate? Esse imbecil! A verdade é que ele não dá a mínima para mim. Em três dias, um estranho me tratou muito melhor que ele. Quando eu voltar, vou dar um fim nesse relacionamento de uma vez!}
No alto de um galho, à frente , Alisson pode ver algumas frutas.
Alisson: São mangas!? Que bom! Tenho certeza que são mangas. Você é incrível natureza! Obrigada, pelo presente de aniversário.
Empolgado, ele tirou o sapato, e se aproximou da árvore para começar a escalar. Assim que alcançou as frutas, pegou-as com facilidade, mas percebeu que não conseguiria descer segurando elas.
Alisson: BRAYAN!
Na beirada do rio, Brayan enchia as garrafas de água, quando escutou seu nome. Ele se apressou para ir na direção da voz.
Brayan: O que você está fazendo aí em cima? Cuidado!
Alisson: Preciso que pegue as mangas ok? Vou jogar uma de cada vez, não deixa cair no chão, de jeito nenhum!
Brayan: Tá bom.
Uma após a outra, cinco mangas foram jogadas, e Brayan conseguiu pegar todas. Alisson, foi descendo a árvore, porém, o galho de baixo se quebrou, o deixando pendurado.
Alisson: Brayan! Me ajuda aqui por favor! Preciso de um apoio!
Brayan foi até o tronco da árvore.
Alisson: Vou pisar no seu ombro tá bom?
Brayan: Sim, pode vir. Eu seguro você.
Ao descer, Brayan segurou ele pela cintura, o trazendo para o chão em segurança.
Alisson: Você tem uma boa pegada.
Novamente, o sorriso sedutor de Alisson, deixou Brayan desconsertado.
Brayan: É... Obri... obrigado.
Alisson: Vamos tomar café?
Brayan: Sim. {Será que ele está tentando me provocar de propósito, com esses comentários? E agora parece tão acessível. Não... Isso é coisa da mãe cabeça.}
[...]
De volta ao acampamento improvisado, havia um tronco em cima de uma pedra.
Brayan: Que tal a minha mesa?
Alisson: Ótimo! Ficou boa. Acho que agora, a gente está se superando.
Brayan: Só fiquei devendo o café. Vou pagar quando voltarmos a vida normal. E achei esse pedaço de vidro, podemos usar para cortar alguma coisa.
Alisson: Boa! Agora podemos ir atrás de carne! Vamos caçar, e viver aqui na natureza.
Os dois riram e depois, começaram a comer.
Brayan: Nossa! Eu não me lembro quando foi a última vez que comi uma fruta assim.
Alisson: Que gosto bom, não é?
Alisson olhou para o colega ao lado, com o queixo todo lambuzado, sujo da fruta.
Alisson: É uma pena que não termos guardanapos, mas mesmo assim...
Brayan viu Alisson se aproximando, e ficou olhando para ele.
Alisson: Para tudo se há um jeito...
Os lábios de Alisson, tocaram o queixo de Brayan.
Brayan: {O que está fazendo!!?}
Com a língua, Alisson limpou o queixo de Brayan, mas não se aquietou, e se envolveu aos seus lábios.
Brayan apreciando aquele momento, se deixou entregue, apenas acompanhando.
Poucos minutos depois, Alisson sentiu um arrepio, que subiu dos pés até sua cabeça, e se afastou de Brayan, ofegando. Um fio de saliva, se esticou no momento em que os lábios, se deixaram.
Alisson: Me desculpa... Eu não consegui resistir.
Brayan: Não se desculpe. Foi bom.
Alisson: Não fala isso. Eu estou lutando com a minha consciência agora, e o fato de eu não ter um supressor nesse momento, piora tudo.
Brayan: Alisson... Você está no período do calor?
Alisson: Sim.Tem uns dias... Mas eu sempre controlo isso com os supressores...
Brayan: Entendi. Então, você precisa se distrair. Vamos sair da floresta essa noite certo? Então porque já não vamos caminhando? O que acha?
Alisson: Sim. É uma boa.
Quando Alisson ficou de pé, seus olhos focaram uma parte do abdômen de Brayan para fora da roupa, pela abertura da camisa.
Com um olhar inquietante, ele tocou no peito de Brayan com as duas mãos.
Alisson: Você não podia ser um "velhinho gordo?"
Novamente, Alisson deixou seus instintos o dominarem, e beijou Brayan, enquanto suas mãos, apreciavam as linhas da musculatura dele.
Brayan foi para frente, e o encostou em uma árvore, tomando a iniciativa das carícias.
Brayan: {Eu não vou fazer esforço nenhum para afastar ele. Porque eu gostei tanto desse beijo...}
De repente, os dois escutaram passos seguidos, de uma voz.
Zóio: Sejam rápidos! Eles não podem estar muito longe!
Assustados, Brayan e Alisson começaram a correr.
Zóio: Olha lá! Eles estão fugido!
[...]
A perseguição perdurou por mais de uma hora.
Alisson: Que desgraçados! Quando pensamos que despistamos eles, escutamos o barulho se aproximando... Se continuar assim, eu não consigo mais.
Brayan: Consegue sim!
Alisson: Perdi a direção de onde seria a estrada.
Brayan: Eu também.
Alisson: Preciso descansar um pouco.
Alisson se sentou no chão.
Alisson: Que aniversário de merda! Era para eu estar comemorando mais um ano de vida, não lutando para não perder ela.
Brayan: É verdade. Você disse mesmo. Parabéns por esse dia. E acredite, vamos sair daqui.
Alisson: Tomara!
Uma cobra de cabeça arredondada, e cor escura se aproximou de Alisson, rastejando silenciosamente, quando ele já estava se levantando. Sem a perceber, Alisson acabou pisando nela.
Alisson: AAH!.
Brayan: O que houve?
Os dois conseguiram ver a cobra enquanto se esgueirava rapidamente de volta ao meio do mato.
Alisson: Uma cobra!!!! Céus! que poha! Não acredito nisso.
Brayan viu Alisson esbravejar, e desabar em lágrimas quase ao mesmo tempo.
Alisson: Já era! Acabou para mim. Era uma Mamba Negra. Essa cobra é altamente venenosa... Vai embora Brayan! Eu vou atrasar eles, para ganhar mais tempo para você.
Brayan: Não! Eu não vou sem você.
Alisson: Eles vão chegar aqui rapidinho depois, desse grito que eu dei. Volta para sua mãe e os seus irmãos....
Brayan: Eu te levo daqui, mesmo nas costas!
Alisson viu Brayan se abaixando perto de sua perna.
Alisson: O que vai fazer?
Brayan: Aguenta firme.
Brayan tirou o caco de vidro do bolso, e fez um corte na perna de Alisson, entre os furos da mordida.
Alisson: Aaah! O que você está fazendo?
Segurando firme sua perna, Brayan puxou o veneno com a boca e cuspiu fora.
Brayan: Isso deve dar tempo de irmos até um hospital.
O som de passos na floresta, foram ouvidos novamente.
Brayan: Temos que ir agora!
[...]
Os dois caminharam até a noite escura, tomar conta da mata. Finalmente, avistaram a iluminação de um farol, indicando a direção da estrada.
Brayan: Estamos na estrada agora. Fica sentado aqui, eu vou pedir ajuda, mas quero ver se é seguro antes, ok?
Alisson: Eu... Não aguento mais. Pode ir. Você precisa se salvar! Tem que voltar para sua mãe!
Brayan segurou o rosto do homem abatido à sua frente. Com os seus olhos fixos nos dele. Ele conseguiu manter seu sorriso ainda mais otimista.
Brayan: Vamos sair daqui juntos! E você vai ficar bem. Entendeu?
Um beijo carinhoso e delicado, encerrou o assunto. Então Brayan correu para a estrada, e acenou para o carro que vinha na sua direção.
Brayan: {Por favor, nos ajude.}
O Carro estacionou no acostamento. Um homem de cabelo castanho bem claro, e olhos verdes estava no volante. Era a única pessoa no carro. Brayan se aproximou cuidadosamente.
Brayan: Oi! Obrigado por parar. Preciso de ajuda. Será que poderia levar eu e o meu amigo à um hospital?
Você e seu amigo? Onde ele está?
O homem, parecia desconfiado.
Brayan: Está sentado ali no canto... Qual é o seu nome?
Eu me chamo; Eder.
Brayan: Eder, Ok. Eu sou Brayan. Olha, vou ser bem sincero. Nós estamos há muitos dias nessa floresta. E eu estou com medo que você seja uma das pessoas que nos fez mal. Mas não tenho alternativa, a não ser, arriscar. E o meu amigo foi picado por uma cobra, ele não está bem...
Eder: Eu ajudo. Não faço parte dessas pessoas. Sou Eder Olid, herdeiro da empresa OL, em Obakane.
Brayan: Você é de Obakane? Nós também somos. Estamos muito longe?
Eder: Oitenta e sete quilômetros. Vamos, entrem logo!
O carro seguiu caminho, assim que todos entraram.
......................
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 105
Comments
Pedro Henrique
noss ta muito bom/Hey//Drool/
2024-10-26
0
Raquel Alves Pedrosa Rachel Alves
Eder 🥰
2024-07-11
2
Tania Maria Rufino
Ai, que maravilha 😊. Um crossover. Assim que o Éder conheceu eles.👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾❤️❤️
2024-07-10
1