As primeiras Descobertas

Capítulo 2: Ecos do Passado

Subcapítulo 2.1: As Primeiras Descobertas

Enquanto o vento salgado soprava do mar e as gaivotas ecoavam sobre Bellehaven, Sofia mergulhava cada vez mais fundo na história entrelaçada de Beatrice e Thomas. Após semanas de incansável trabalho de restauração na Casa das Marés, ela finalmente começava a desvendar os segredos ocultos nas paredes centenárias da mansão.

No final de um dia quente de verão, Sofia encontrou-se sozinha na biblioteca empoeirada da casa, examinando um antigo baú de mogno que havia sido descoberto durante a limpeza do sótão. Entre documentos amarelados e fotografias desbotadas, uma pequena caixa de madeira adornada com entalhes intricados chamou sua atenção. Com mãos cuidadosas, ela abriu a tampa e descobriu uma pilha de cartas amarradas com uma fita de seda azul desbotada.

Cada carta era uma janela para o passado, escrita com a caligrafia elegante de Beatrice Davenport. Sofia sentou-se com cuidado, segurando a primeira carta como se fosse um tesouro frágil. Naquele momento, ela estava imersa não apenas na história de Beatrice e Thomas, mas também na vida íntima de uma jovem mulher cujas palavras ecoavam através do tempo.

"Meu querido Thomas," começava a primeira carta, escrita em tinta que tinha desbotado ao longo dos anos. Beatrice confessava seu amor pelo pescador corajoso e sua angústia diante das barreiras impostas por seu pai, Lord Charles Davenport. Sofia sentia o coração de Beatrice pulsar através das palavras, uma jovem determinada a seguir seu próprio caminho, apesar das expectativas sociais e familiares que a cercavam.

À medida que Sofia lia cada carta, uma narrativa de romance proibido e desafio emergia diante dela. Beatrice e Thomas encontravam-se secretamente nos jardins à beira-mar da Casa das Marés, onde podiam ser livres de olhos curiosos e julgamentos implacáveis. Suas paixões eram intensas e seus encontros, fugazes, mas cheios de promessas de um futuro juntos.

No entanto, nem tudo era idílico. Sofia descobriu em uma carta mais tarde que um incidente terrível havia separado os amantes, lançando uma sombra sobre seus planos de fuga. Thomas desaparecera misteriosamente na noite em que pretendiam partir, deixando Beatrice desesperada e temerosa pelas consequências que se seguiriam.

À medida que o sol se punha sobre Bellehaven, Sofia sentiu-se envolvida não apenas pelo romance de Beatrice e Thomas, mas também pelos mistérios não resolvidos que permeavam a história. O que teria acontecido a Thomas naquela noite fatídica? Quem ou o que teria conspirado para separar os amantes destinados?

Sofia fechou os olhos por um momento, deixando as vozes do passado sussurrarem ao seu redor. Ela sabia que havia muito mais a descobrir, não apenas sobre o destino de Beatrice e Thomas, mas também sobre os segredos enterrados profundamente na terra e nas memórias daqueles que ainda guardavam segredos.

Com determinação renovada, Sofia guardou as cartas com cuidado dentro de sua pasta de pesquisa. Ela tinha um caminho a seguir agora, guiada não apenas pelo desejo de desvendar um mistério histórico, mas também pelo desejo de honrar a memória daqueles cujas vidas foram entrelaçadas pela Casa das Marés.

Enquanto a lua ascendia sobre Bellehaven, Sofia sabia que o passado ainda estava vivo e pulsante ao seu redor, esperando ser descoberto pelas mãos habilidosas de uma restauradora determinada.

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