A Dama De Copas

A Dama De Copas

capítulo 01

Era cinco horas da manhã quando Laura se levantou, tinha muito o que fazer até poder sair atrás de um novo emprego, fez o café o último que restava na lata, precisava urgente arrumar um novo emprego já faltava tudo em casa, logo não teria mais nada para servir as crianças e a sua mãe que já era de idade, pensou ao abrir a geladeira e se separar apenas com uma última caixa de leite já aberta e pela metade, despejou o restante do líquido em uma vasilha para esquentar e foi chamar as crianças para se arrumarem para a escola.

_Vamos crianças levantem está na hora, vão escovar os dentes e se arrumarem para a escola. Falou entrando no quarto e se aproximando da cama onde o casal de gêmeos dormia. Vamos já está na hora. Falou sentando na beira da cama e tirando a coberta de cima dos dois._Vamos seus preguiçosos. Falou beijando a testa de ambos.

_Esta muito cedo mãe, deixa nós dormirmos só um pouquinho mais. Falou Daniel tentando puxar a coberta.

_Não senhor, vamos está na hora. Insistiu Laura, pegando Daniel no colo, ela tinha pena das crianças terem que acordar tão cedo, mas tinham que pegar o ônibus escolar que passava no bairro as seis horas em ponto, se não perderiam a aula, pois a escola era longe para irem a pé.

_Mãe que cheiro é esse? Perguntou tainara esfregando os olhinhos, Laura lembrou do leite que havia posto para esquentar, levantou apressada deixando Daniel de volta na cama e saiu correndo em direção a cozinha.

_Meu leite, vamos crianças levantem os dois agora, cinco minutos para os dois estarem prontos e com as mochilas lá na cozinha. Falou saindo correndo para a cozinha.

Ao chegar na cozinha o leite havia fervido e derramado quase todo no fogão.

_Droga. Vociferou. _Agora tenho que limpar, você nunca pode esperar um pouquinho né. Falou olhando para a vasilha de leite sobre o fogão, deligou o gás tirou a grade e pegando o pano limpou a sujeira que o leite derramado tinha feito, logo em seguida colocou um pouco do leite em duas canecas e pegou algumas bolachas de sal no armário levando tudo para mesa.

_Mãe! Não estou achando o pé do meu tênis. Falou Daniel entrando na cozinha mancando com um pé calçado e o outro só de meia.

_Onde você os tirou ontem? Perguntou olhando para o relógio vendo que teria pouco tempo para levá-los ao ponto de ônibus.

_Esta aqui seu menino lerdo. Disse Tainara entrando com o tênis do irmão na mão e entregando a ele que sorriu.

_Obrigado irmãzinha. Falou calçando o outro pé e sentado para tomar o leite que sua mãe o acabará de servir._ Mãe quando a senhora irá comprar bolachas com recheio para nós, não gosto muito de bolacha de sal. Disse fazendo cara feia para a bolacha em sua mão antes de come lá.

_Larga de ser ingrato Daniel coma sem reclamar. Disse Tainara repreendendo o irmão.

_Não estou reclamando,mas queria muito poder comer algo gostoso de manhã as vezes. Laura sentiu o coração partir ao ver seus filhos querendo algo tão simples e ela não poderia dar, mas logo arrumaria um trabalho e iria comprar tudo de gostoso para eles.

Tainara e Daniel erram duas crianças lindas ambos tinham os cabelos castanhos e cacheados como os de Laura e os olhos verdes como os do pai era felizes apesar das dificuldades que eram imposto a eles ainda tão jovens, os dois tinham apenas cinco anos e extremamente inteligentes para a idade.

_Não fala assim você deixa a mamãe triste, olha a carinha dela. Falou Tainara indo até a mãe e beijando o rosto dela.

_Desculpa mamãe, não quis te deixar triste. Falou Daniel indo até ela e lhe dando um beijo.

_Vocês não me deixam triste nunca, eu amo vocês, agora vamos se não iremos nos atrasar. Falou levando e segurando a mão dos dois indo em direção a porta de saída da casa.

Logo após Laura por as crianças no ônibus escolar, voltou para a casa para se trocar e ir procurar um novo emprego.

Ao entrar em casa ouviu um barulho vindo da cozinha e encaminhou-se até lá.

_Mãe, o que a senhora faz em pé a essa hora ainda é muito cedo. Falou ao ver a senhora de cabelos brancos e levemente encurvada sentada tomando uma xícara de café.

_Estava serem sono e não quis mais ficar na cama, o que pretendem fazer hoje filha? Perguntou olhando por sobre a xícara que segurava nas mãos.

_Vou me arrumar e sair, tenho que arrumar um emprego hoje, não temos nada para o almoço e as crianças vão chegar famintas da escola. Falou se servindo de uma xícara do café ralo que tinha feito.

_Não sei porque não procura o pai deles, afinal ele tem obrigação de ajudar essas crianças, ainda mais Eduardo tem dinheiro é rico pode dar o que eles precisam. Falou com um ar sério.

_Não mesmo, ele não os quis quando soube que eu estava grávida, foi embora e me deixou sozinha ele já me prejudicou muito e nunca veio nem conhecer os filhos então prefiro ficar longe, Eduardo não tem caráter e me arrependo muito de tê-lo conhecido, não pelo meus filhos, mas pelo que ele fez comigo, me recuso a me humilhar a ele agora. Falou fazendo uma careta ao tomar um gole do café, Laura se levantou e foi para o quarto que dividia com a mãe, a casa que morava era pequena e bem desconfortável, no quarto tinha apenas duas camas de solteiro e um guarda roupa de madeira velho sem as portas, tudo muito limpo e organizado mas sem conforto algum.

Laura tomou um banho e vestiu uma calça jeans com uma camiseta regata branca, a calça estava um pouco folgada, seu corpo era magro, cintura fina, bunda grande e seios fartos sua genética era muito boa, era uma mulher morena de encher os olhos cabelos cacheados e olhos negros, até uma roupa simples a deixava linda, prendeu os cabelos e um rabo de cavalo no alto da cabeça um par de brincos de argola e calçou os tênis, pegou a bolsa e foi a cozinha onde a mãe estava lavando a louça que sujaram no café.

_Deixa isso aí mãe, quando eu voltar eu lavo a senhora não pode ficar fazendo essas coisas. Falou indo até a pia e deu um abraço por trás na mãe e beijando sua cabeça.

_Ei garota não sou nenhuma inútil viu, e isso não é pesado. Falou com uma voz seria, mesmo sabendo que Laura só queria o bem dela não achava justo que até a limpeza da casa ficasse por conta de Laura, sua filha era uma guerreira e já havia sofrido muito, um pouquinho que ajudasse não seria nada.

_volto na hora do almoço espero encontrar um trabalho hoje. Falou se despedindo da mãe e saindo.

o bairro que morava era longe do centro da cidade, mas era onde tinha conseguido comprar uma casa quando seu pai faleceu e deixou um pequeno valor de uma apólice de seguro que ele pagava escondido depois que descobriu um câncer que o levou a morte.

_Para onde você vai Laura? Perguntou Ana ao parar com o Fusca bege do lado de Laura, Ana era uma vizinha e amiga muito querida de Laura, sempre que podia arrumava uns serviços de diária para ela e nas folgas estava na casa de Laura.

_Estou indo para o centro preciso arrumar um serviço hoje. Falou com a voz pesada, ao pensar o que faria para se não conseguisse.

_Pois hoje é seu dia de sorte, entra que eu te levo e ainda tenho um servicinho para você se eles gostarem pode até te efetivar. Falou alegremente Ana ao ver o entusiasmo nós olhos de Laura.

Laura entrou e sentou ao lado de Ano no carro, já com um sorriso.

_Onde é esse trabalho Ana? Não é nenhum daqueles serviços escrotos que você sempre me arruma onde eu tenho que me vestir de cachorro quente ou distribuir felipeta em semáforo com os carros quase passando por cima de mim não né.

falou Laura lembrando dos perrengues que passava sempre que a amiga arrumava algo para ela fazer, não reclamava de trabalhar se precisar faria mas era complicado ficar vestida de cachorro quente o dia todo comer e tendo que beber água de torneira no canudinho com o patrão enchendo o saco.

_Não amiga é em um restaurante no shopping onde eu trabalho, lá está precisando de uma garçonete hoje, minha amiga que trabalha lá me falou, mandaram a garota que trabalhava lá embora depois que ela foi pega roubando um cliente na hora que ele foi ao banheiro, eu ia te falar antes mas vc sabe como eu sou né, esqueci só lembrei agora porque te vi. Falou enquanto dirigia.

_Que bom, tomara que dê certo e eu consiga ser efetivada vai me ajudar muito, mas com quem eu vou falar quando chegar lá? Quis saber.

_Você vai falar com Maurício, ele é o gerente do restaurante, é um cara legal, mas muito exigente. Respondeu Ana.

Ana conhecia muita gente que trabalhava no shopping, ela trabalhava a anos em uma joalheria muito famosa que era frequentada só pela nata da sociedade, ela tem uma casa grande e muito bonita, mas mesmo tendo condições de ter um carro bom não abandona o Fusca que era de seu avô eles eram muito ligados e quando ele morreu deixou o Fusca para ela e desde então não desgrudou mais dele, é o meio que ela achou de estar em contato com o avô já falecido.

Ao chegar no restaurante procurou logo por Maurício, que a recebeu no escritório do restaurante, ele a olhou de cima a baixo como se estivesse analisando Laura minuciosamente a deixando sem graça com tamanha análise.

_Você é a moça que Ana me falou, você é bonita mas já trabalhou alguma vez servindo mesas? Perguntou oferecendo uma cadeira que ficava em frente a mesa dele para Laura se sentar.

Laura agradeceu com a cabeça e se sentou enfrente ao homem alto, forte, vestido de terno a sua frente.

_Sim, já trabalhei em vários eventos como garçonete e posso garantir que trabalho muito bem. respondeu objetivamente a pergunta, precisava do trabalho e faria de tudo para ele lhe dar a oportunidade.

_Bom mas isso não é a mesma coisa, vamos fazer assim, vou te por para fazer um teste hoje, se, se sair bem terá uma vaga em nosso restaurante está bem? Falou a olhando nos olhos de forma seca._Vou providenciar um uniforme para que você possa se trocar, pois suas roupas não estão adequadas para o trabalho senhorita? disse indagando o nome dela.

_Laura, senhor Maurício, me chamo Laura. Respondeu, com voz firme mesmo estando tremendo por dentro.

_Ótimo, Laura você pode começar hoje? perguntou.

_Sim, agora mesmo se quiser. Falou deixando transparecer sua ansiedade.

_Abrimos o restaurante ao público as onze horas mas deve estar aqui as dez e meia para receber instruções e poder se familiarizar com o ambiente, há, antes que me esqueça deve usar sapato social preto está bem. Esclareceu Maurício, olhando para os tênis surrados que Laura usava.

_Sim claro, obrigada pela oportunidade estarei aqui as dez e meia em ponto. Falou com um sorriso, enquanto pensava onde iria arrumar um sapato feminino social, sem ter nem um centavo para comprar um naquele momento.

Ao sair do restaurante, foi direto a joalheria que ainda não tinha aberto, mas sua amiga já estava organizando para abrir, bateu no vidro e Ana a viu e correu para a porta abrindo rápido para saber se tudo tinha corrido bem.

_E aí Laura deu certo?_Ele vai-te dar o emprego?

_Ele fará um teste comigo, tenho que estar lá às dez e meia, mas tem um probleminha tenho que conseguir um sapato preto e eu não tenho dinheiro. Falou com um ar de preocupação e desapontamento.

_Não se preocupe, venha vamos à loja de calçados eu compro para você o sapato. Falou indo ao balcão e pegando a bolsa.

_Não vou recusar a sua oferta, mas saiba que será um empréstimo, assim que puder-te pago está bem? Falou Laura, Ana sempre estava fazendo alguma coisa por ela ou pelas crianças e nunca aceitava receber de volta.

_Deixa de ser boba, eu posso comprar e outra coisa amiga é para todas as horas.

_Tenho que avisar minha mãe, eu disse que estaria lá na hora do almoço e tem as crianças.

Falou preocupada ao lembrar que as crianças chegariam e não teria nada para almoçarem.

_Pega meu celular e liga para sua mãe, meu celular e pós pago assim você não gasta seus créditos, outra coisa na hora do meu almoço vou até em casa e passo lá na sua casa e vejo como estão seu meninos está bem. Falou tentando aliviar a amiga.

_Ana você não existe! Falou abraçando a amiga, Ana tirou o celular da bolsa e entregou a Laura que ligou para a mãe.

_Mãe tenho novidades, vou começar um trabalho novo hoje é um teste mas tenho certeza que irei conseguir a passar e serei contratada a senhora vai ver, agora eu não vou poder estar aí na hora do almoço, não sei o que fazer com o almoço das crianças. Falou baixo para que Ana não ouvisse, mas mesmo assim Ana escutou e sabia que Laura provavelmente não tinha o que servir as crianças e a mãe na hora do almoço, mas ela daria um jeito, Laura não gostava de ocupar ninguém nem mesmo ela com certas coisas mas Ana sempre dava um jeito de ajudar mesmo contra a vontade de Laura, ela tinha consciência das dificuldades da amiga e sabia também do tanto que ela era guerreira e cabeça dura.

_ta bom mãe fica com Deus, a noite nos vemos. encerrou a ligação e entregou o celular para a Ana quando entraram na loja ia saindo um homem alto, forte, de cabelos negros e com um olhar frio, segurando um celular no ouvido e parecia que não estava gostando do que estava ouvindo, passou por Laura dando um esbarram nela que a quase fez cair, ele parecia não ter percebido o que tinha feito pois continuou seu caminho ignorando a existência das duas mulheres.

_Grosso. Reclamou Laura, ao ser ignorada mesmo após ter quase caído pelo empurram que acabara de sofrer_Não olha por onde anda esse idiota. Resmungou alto para vê se era ouvida, mas foi ignorada novamente pelo homem hostil.

_Não liga, esses homens ricos são assim, não tem educação. Falou dando de ombro e indo falar com a vendedora._Mikaela, preciso de um scarpã preto para minha amiga com urgência por favor.

_Eu vou pegar para vocês. disse indo para o estoque pegar o que Ana lhe pedira.

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