Era cinco horas da manhã quando Laura se levantou, tinha muito o que fazer até poder sair atrás de um novo emprego, fez o café o último que restava na lata, precisava urgente arrumar um novo emprego já faltava tudo em casa, logo não teria mais nada para servir as crianças e a sua mãe que já era de idade, pensou ao abrir a geladeira e se separar apenas com uma última caixa de leite já aberta e pela metade, despejou o restante do líquido em uma vasilha para esquentar e foi chamar as crianças para se arrumarem para a escola.
_Vamos crianças levantem está na hora, vão escovar os dentes e se arrumarem para a escola. Falou entrando no quarto e se aproximando da cama onde o casal de gêmeos dormia. Vamos já está na hora. Falou sentando na beira da cama e tirando a coberta de cima dos dois._Vamos seus preguiçosos. Falou beijando a testa de ambos.
_Esta muito cedo mãe, deixa nós dormirmos só um pouquinho mais. Falou Daniel tentando puxar a coberta.
_Não senhor, vamos está na hora. Insistiu Laura, pegando Daniel no colo, ela tinha pena das crianças terem que acordar tão cedo, mas tinham que pegar o ônibus escolar que passava no bairro as seis horas em ponto, se não perderiam a aula, pois a escola era longe para irem a pé.
_Mãe que cheiro é esse? Perguntou tainara esfregando os olhinhos, Laura lembrou do leite que havia posto para esquentar, levantou apressada deixando Daniel de volta na cama e saiu correndo em direção a cozinha.
_Meu leite, vamos crianças levantem os dois agora, cinco minutos para os dois estarem prontos e com as mochilas lá na cozinha. Falou saindo correndo para a cozinha.
Ao chegar na cozinha o leite havia fervido e derramado quase todo no fogão.
_Droga. Vociferou. _Agora tenho que limpar, você nunca pode esperar um pouquinho né. Falou olhando para a vasilha de leite sobre o fogão, deligou o gás tirou a grade e pegando o pano limpou a sujeira que o leite derramado tinha feito, logo em seguida colocou um pouco do leite em duas canecas e pegou algumas bolachas de sal no armário levando tudo para mesa.
_Mãe! Não estou achando o pé do meu tênis. Falou Daniel entrando na cozinha mancando com um pé calçado e o outro só de meia.
_Onde você os tirou ontem? Perguntou olhando para o relógio vendo que teria pouco tempo para levá-los ao ponto de ônibus.
_Esta aqui seu menino lerdo. Disse Tainara entrando com o tênis do irmão na mão e entregando a ele que sorriu.
_Obrigado irmãzinha. Falou calçando o outro pé e sentado para tomar o leite que sua mãe o acabará de servir._ Mãe quando a senhora irá comprar bolachas com recheio para nós, não gosto muito de bolacha de sal. Disse fazendo cara feia para a bolacha em sua mão antes de come lá.
_Larga de ser ingrato Daniel coma sem reclamar. Disse Tainara repreendendo o irmão.
_Não estou reclamando,mas queria muito poder comer algo gostoso de manhã as vezes. Laura sentiu o coração partir ao ver seus filhos querendo algo tão simples e ela não poderia dar, mas logo arrumaria um trabalho e iria comprar tudo de gostoso para eles.
Tainara e Daniel erram duas crianças lindas ambos tinham os cabelos castanhos e cacheados como os de Laura e os olhos verdes como os do pai era felizes apesar das dificuldades que eram imposto a eles ainda tão jovens, os dois tinham apenas cinco anos e extremamente inteligentes para a idade.
_Não fala assim você deixa a mamãe triste, olha a carinha dela. Falou Tainara indo até a mãe e beijando o rosto dela.
_Desculpa mamãe, não quis te deixar triste. Falou Daniel indo até ela e lhe dando um beijo.
_Vocês não me deixam triste nunca, eu amo vocês, agora vamos se não iremos nos atrasar. Falou levando e segurando a mão dos dois indo em direção a porta de saída da casa.
Logo após Laura por as crianças no ônibus escolar, voltou para a casa para se trocar e ir procurar um novo emprego.
Ao entrar em casa ouviu um barulho vindo da cozinha e encaminhou-se até lá.
_Mãe, o que a senhora faz em pé a essa hora ainda é muito cedo. Falou ao ver a senhora de cabelos brancos e levemente encurvada sentada tomando uma xícara de café.
_Estava serem sono e não quis mais ficar na cama, o que pretendem fazer hoje filha? Perguntou olhando por sobre a xícara que segurava nas mãos.
_Vou me arrumar e sair, tenho que arrumar um emprego hoje, não temos nada para o almoço e as crianças vão chegar famintas da escola. Falou se servindo de uma xícara do café ralo que tinha feito.
_Não sei porque não procura o pai deles, afinal ele tem obrigação de ajudar essas crianças, ainda mais Eduardo tem dinheiro é rico pode dar o que eles precisam. Falou com um ar sério.
_Não mesmo, ele não os quis quando soube que eu estava grávida, foi embora e me deixou sozinha ele já me prejudicou muito e nunca veio nem conhecer os filhos então prefiro ficar longe, Eduardo não tem caráter e me arrependo muito de tê-lo conhecido, não pelo meus filhos, mas pelo que ele fez comigo, me recuso a me humilhar a ele agora. Falou fazendo uma careta ao tomar um gole do café, Laura se levantou e foi para o quarto que dividia com a mãe, a casa que morava era pequena e bem desconfortável, no quarto tinha apenas duas camas de solteiro e um guarda roupa de madeira velho sem as portas, tudo muito limpo e organizado mas sem conforto algum.
Laura tomou um banho e vestiu uma calça jeans com uma camiseta regata branca, a calça estava um pouco folgada, seu corpo era magro, cintura fina, bunda grande e seios fartos sua genética era muito boa, era uma mulher morena de encher os olhos cabelos cacheados e olhos negros, até uma roupa simples a deixava linda, prendeu os cabelos e um rabo de cavalo no alto da cabeça um par de brincos de argola e calçou os tênis, pegou a bolsa e foi a cozinha onde a mãe estava lavando a louça que sujaram no café.
_Deixa isso aí mãe, quando eu voltar eu lavo a senhora não pode ficar fazendo essas coisas. Falou indo até a pia e deu um abraço por trás na mãe e beijando sua cabeça.
_Ei garota não sou nenhuma inútil viu, e isso não é pesado. Falou com uma voz seria, mesmo sabendo que Laura só queria o bem dela não achava justo que até a limpeza da casa ficasse por conta de Laura, sua filha era uma guerreira e já havia sofrido muito, um pouquinho que ajudasse não seria nada.
_volto na hora do almoço espero encontrar um trabalho hoje. Falou se despedindo da mãe e saindo.
o bairro que morava era longe do centro da cidade, mas era onde tinha conseguido comprar uma casa quando seu pai faleceu e deixou um pequeno valor de uma apólice de seguro que ele pagava escondido depois que descobriu um câncer que o levou a morte.
_Para onde você vai Laura? Perguntou Ana ao parar com o Fusca bege do lado de Laura, Ana era uma vizinha e amiga muito querida de Laura, sempre que podia arrumava uns serviços de diária para ela e nas folgas estava na casa de Laura.
_Estou indo para o centro preciso arrumar um serviço hoje. Falou com a voz pesada, ao pensar o que faria para se não conseguisse.
_Pois hoje é seu dia de sorte, entra que eu te levo e ainda tenho um servicinho para você se eles gostarem pode até te efetivar. Falou alegremente Ana ao ver o entusiasmo nós olhos de Laura.
Laura entrou e sentou ao lado de Ano no carro, já com um sorriso.
_Onde é esse trabalho Ana? Não é nenhum daqueles serviços escrotos que você sempre me arruma onde eu tenho que me vestir de cachorro quente ou distribuir felipeta em semáforo com os carros quase passando por cima de mim não né.
falou Laura lembrando dos perrengues que passava sempre que a amiga arrumava algo para ela fazer, não reclamava de trabalhar se precisar faria mas era complicado ficar vestida de cachorro quente o dia todo comer e tendo que beber água de torneira no canudinho com o patrão enchendo o saco.
_Não amiga é em um restaurante no shopping onde eu trabalho, lá está precisando de uma garçonete hoje, minha amiga que trabalha lá me falou, mandaram a garota que trabalhava lá embora depois que ela foi pega roubando um cliente na hora que ele foi ao banheiro, eu ia te falar antes mas vc sabe como eu sou né, esqueci só lembrei agora porque te vi. Falou enquanto dirigia.
_Que bom, tomara que dê certo e eu consiga ser efetivada vai me ajudar muito, mas com quem eu vou falar quando chegar lá? Quis saber.
_Você vai falar com Maurício, ele é o gerente do restaurante, é um cara legal, mas muito exigente. Respondeu Ana.
Ana conhecia muita gente que trabalhava no shopping, ela trabalhava a anos em uma joalheria muito famosa que era frequentada só pela nata da sociedade, ela tem uma casa grande e muito bonita, mas mesmo tendo condições de ter um carro bom não abandona o Fusca que era de seu avô eles eram muito ligados e quando ele morreu deixou o Fusca para ela e desde então não desgrudou mais dele, é o meio que ela achou de estar em contato com o avô já falecido.
Ao chegar no restaurante procurou logo por Maurício, que a recebeu no escritório do restaurante, ele a olhou de cima a baixo como se estivesse analisando Laura minuciosamente a deixando sem graça com tamanha análise.
_Você é a moça que Ana me falou, você é bonita mas já trabalhou alguma vez servindo mesas? Perguntou oferecendo uma cadeira que ficava em frente a mesa dele para Laura se sentar.
Laura agradeceu com a cabeça e se sentou enfrente ao homem alto, forte, vestido de terno a sua frente.
_Sim, já trabalhei em vários eventos como garçonete e posso garantir que trabalho muito bem. respondeu objetivamente a pergunta, precisava do trabalho e faria de tudo para ele lhe dar a oportunidade.
_Bom mas isso não é a mesma coisa, vamos fazer assim, vou te por para fazer um teste hoje, se, se sair bem terá uma vaga em nosso restaurante está bem? Falou a olhando nos olhos de forma seca._Vou providenciar um uniforme para que você possa se trocar, pois suas roupas não estão adequadas para o trabalho senhorita? disse indagando o nome dela.
_Laura, senhor Maurício, me chamo Laura. Respondeu, com voz firme mesmo estando tremendo por dentro.
_Ótimo, Laura você pode começar hoje? perguntou.
_Sim, agora mesmo se quiser. Falou deixando transparecer sua ansiedade.
_Abrimos o restaurante ao público as onze horas mas deve estar aqui as dez e meia para receber instruções e poder se familiarizar com o ambiente, há, antes que me esqueça deve usar sapato social preto está bem. Esclareceu Maurício, olhando para os tênis surrados que Laura usava.
_Sim claro, obrigada pela oportunidade estarei aqui as dez e meia em ponto. Falou com um sorriso, enquanto pensava onde iria arrumar um sapato feminino social, sem ter nem um centavo para comprar um naquele momento.
Ao sair do restaurante, foi direto a joalheria que ainda não tinha aberto, mas sua amiga já estava organizando para abrir, bateu no vidro e Ana a viu e correu para a porta abrindo rápido para saber se tudo tinha corrido bem.
_E aí Laura deu certo?_Ele vai-te dar o emprego?
_Ele fará um teste comigo, tenho que estar lá às dez e meia, mas tem um probleminha tenho que conseguir um sapato preto e eu não tenho dinheiro. Falou com um ar de preocupação e desapontamento.
_Não se preocupe, venha vamos à loja de calçados eu compro para você o sapato. Falou indo ao balcão e pegando a bolsa.
_Não vou recusar a sua oferta, mas saiba que será um empréstimo, assim que puder-te pago está bem? Falou Laura, Ana sempre estava fazendo alguma coisa por ela ou pelas crianças e nunca aceitava receber de volta.
_Deixa de ser boba, eu posso comprar e outra coisa amiga é para todas as horas.
_Tenho que avisar minha mãe, eu disse que estaria lá na hora do almoço e tem as crianças.
Falou preocupada ao lembrar que as crianças chegariam e não teria nada para almoçarem.
_Pega meu celular e liga para sua mãe, meu celular e pós pago assim você não gasta seus créditos, outra coisa na hora do meu almoço vou até em casa e passo lá na sua casa e vejo como estão seu meninos está bem. Falou tentando aliviar a amiga.
_Ana você não existe! Falou abraçando a amiga, Ana tirou o celular da bolsa e entregou a Laura que ligou para a mãe.
_Mãe tenho novidades, vou começar um trabalho novo hoje é um teste mas tenho certeza que irei conseguir a passar e serei contratada a senhora vai ver, agora eu não vou poder estar aí na hora do almoço, não sei o que fazer com o almoço das crianças. Falou baixo para que Ana não ouvisse, mas mesmo assim Ana escutou e sabia que Laura provavelmente não tinha o que servir as crianças e a mãe na hora do almoço, mas ela daria um jeito, Laura não gostava de ocupar ninguém nem mesmo ela com certas coisas mas Ana sempre dava um jeito de ajudar mesmo contra a vontade de Laura, ela tinha consciência das dificuldades da amiga e sabia também do tanto que ela era guerreira e cabeça dura.
_ta bom mãe fica com Deus, a noite nos vemos. encerrou a ligação e entregou o celular para a Ana quando entraram na loja ia saindo um homem alto, forte, de cabelos negros e com um olhar frio, segurando um celular no ouvido e parecia que não estava gostando do que estava ouvindo, passou por Laura dando um esbarram nela que a quase fez cair, ele parecia não ter percebido o que tinha feito pois continuou seu caminho ignorando a existência das duas mulheres.
_Grosso. Reclamou Laura, ao ser ignorada mesmo após ter quase caído pelo empurram que acabara de sofrer_Não olha por onde anda esse idiota. Resmungou alto para vê se era ouvida, mas foi ignorada novamente pelo homem hostil.
_Não liga, esses homens ricos são assim, não tem educação. Falou dando de ombro e indo falar com a vendedora._Mikaela, preciso de um scarpã preto para minha amiga com urgência por favor.
_Eu vou pegar para vocês. disse indo para o estoque pegar o que Ana lhe pedira.
Laura passou o dia trabalhando servindo mesas no restaurante, ela nunca tinha visto tantas pessoas finas e chiques em um só lugar, chegou em casa já era quatro horas da tarde, as crianças a receberam com alegria imensa.
_Mãe a tia Ana trouxe uma compra enorme para nós, vem ver. Tainara falou segurando a mão de Laura a puxando para dentro da cozinha, Laura ficou admirada com a compra que a amiga tinha levado.
_Ana não tem jeito mesmo.falou pensando como a amiga era tão boa e generosa estava sempre agradando as crianças e ajudando ela quando precisava, um dia ela queria poder retribuir esse carinho a altura.
_Mãe a Tainara não deixou eu comer do doce que a tia Ana comprou para nós. Reclamou Daniel com a cara fechada enquanto entregava a irmã.
_Daniel você não pode comer doce antes do jantar se não, não vai comer a janta. Esclareceu a menina, Tainara era pequena mas tinha um comportamento de moça, isso tirou um sorriso de Laura.
_Sua irmã está certa, se comer doce agora não conseguira jantar. Falou dona Iara entrando na cozinha._ Como foi no trabalho minha filha. Quis saber, ajudando Laura a guardar as compras.
_Foi bom, o senhor Maurício me tratou muito bem, disse para eu ir amanhã de novo, acho que gostou do meu trabalho, estou cansada ficar em pé servindo aquele bando de gente rica e esnobe e cansativo mas, só de estar trabalhando é muito bom. Falou Laura sentando em uma cadeira próxima a mesa, seu pés doíam muito não era acostumada a trabalhar com um sapato tão desconfortável, mas tinha que fazer, ela tirou o sapato e esfregou a ponta dos dedos.
_ Vou tomar um banho e venho fazer a janta. Falou se levantando e pegando o par de sapatos no chão.
_Onde conseguiu esses saltos tão lindos. Quis saber dona Iara.
_Ana comprou para mim, lá no restaurante não se pode usar tênis, então ela emprestou-me o dinheiro para eu comprar um par de sapatos adequados para o trabalho. Esclareceu, indo para o quarto pegar uma troca de roupa e toalha para o banho._ Disse que vou pagar assim que receber. Falou pondo o sapato no chão próximo à cama.
_Espero que decerto, esse emprego novo e que você consiga controlar a sua vida e das crianças.
falou dona Iara sorrindo para a filha, ela já estava velha não conseguia trabalhar mais e ver a filha lutar sozinha para cuidar dela e das crianças enchia o coração de tristeza, se tivesse pelo menos saúde para ajudar pensou ela.
_Vou adiantar o jantar para você Laura enquanto toma um banho e descansa um pouco. Falou indo para a cozinha.
_ Não precisa mãe a senhora não pode ficar fazendo força assim. Disse Laura indo para o banheiro.
_Não sou uma inválida minha filha, posso fazer nem que seja uma comida para você e os meus netos. Falou com um ar indignado.
_Então está bem, faça algo leve e rápido para que não fique se esforçando de mais está bem mãezinha. Falou beijando a testa da mãe e entrando no banheiro.
A semana passou rápido, Ana sempre que podia levava Laura para o trabalho e o senhor Maurício estava bem satisfeito com o trabalho dela, ela chegou a fazer amizade com alguns dos funcionários entre eles o cozinheiro chefe Rogério vilheira que tinha descendência italiana, e Talita uma das garçonetes do restaurante.
Na sexta-feira Laura seguiu para uma mesa que um casal acabara de sentar, na mesa estava um homem alto forte e muito lindo acompanhando por uma jovem loira tão bonita e elegante quando ele, ao olhar o homem teve a sensação de já o conhecer, apesar de sua expressão mau humorada.
_Bom dia, chamo-me Laura e estarei aqui para servir Los, hoje. Falou passando para ambos o cardápio de pratos disponíveis.
_Obrigado, traga um vinho branco seco por enquanto. Falou o homem sem olhar para ela.
_sim senhor e para senhora o que deseja beber.
_Senhorita, corrigiu a jovem._ para mim champanhe e por favor seja rápida. Concluiu com arrogância a olhando de cima a baixo deixando Laura um pouco desconcertada, ela era acostumada a atender gente chata, mas aquela mulher estava se superando.
_serei rápida, com sua licença. Falou indo para o balcão do bar para passar o pedido, logo voltou a servir as bebidas e recolher o pedido do que iriam comer, logo eles pediram seus pratos Laura foi a cozinha levar os pedidos._A madame pediu para não demorar muito porque ela está faminta. Falou com deboche do jeito da mulher que acabara de atender.
_E o senhor Rafael de Lorenzo Mota. Falou Talita ao entrar na cozinha para entregar um pedido._E a antipática junto dele é a Raquel Miranda de Piaza, noiva dele a mulher mais insuportável que já frequentou esse restaurante.
_Eles sempre vem aqui?_ quis saber.
_Sim, apesar de essa semana só ter vindo hoje. Esclareceu Talita saindo com a Laura da cozinha.
Laura teve que se segurar várias vezes para não ofender a jovem que toda hora criticava alguma coisa sobre o atendimento enquanto o homem ficava em silêncio e em alguns momentos mexia no celular.
Depois de saírem Laura respirou aliviada, mas a impressão de que já tinha visto aquele homem não saia de sua cabeça.
Ao sair do trabalho passou na loja onde Ana trabalhava para ver a amiga antes de ir embora, ao entrar na loja Ana estava nervosa no celular, tentando ligar e não conseguia concluir a chamada.
_Ana está acontecendo alguma coisa? perguntou vendo a amiga andando de um lado para o outro com o celular no ouvido.
_Droga esse homem não atende. Reclamou Ana pondo o aparelho sobre o balcão.
_Quem?
_O senhor Rafael Lorenzo, ele comprou uma jóia, um colar de rubi e de repente ele atendeu o telefone e saiu acabou esquecendo o colar para trás. Explicou.
_Simples quando ele der falta da compra ele volta.
falou Laura dando de ombro, ele já pegou?
_Já, mas o problema não é só o colar ele também esqueceu o cartão e eu estou tentando ligar para ele e o homem não atende, meu gerente é muito exigente para não dizer outra coisa, se ele souber de algo assim aconteceu e eu não fiz nada para resolver ele vai me dar uma advertência no mínimo. Falou Ana.
_Se tiver o endereço dele eu levo para você assim o seu chefe nem precisa saber o que aconteceu. Falou em uma tentativa de ajudar a amiga.
_Eu penso que tenho o endereço dele, no computador em uma compra ‘online’ que ele fez a um mês atrás, que Deus me ajude que eu acha. Falou indo direto para o computador.
_Bingo! Achei o endereço, vou anotar o endereço e colocar o colar com o certificado em uma sacola e o cartão dele para você levar e chamar um Uber para você, obrigada por me ajudar amiga. Falou Ana correndo para organizar tudo. Eu pediria o Geraldo para levar, mas ele saiu mais cedo por causa da esposa que foi ganhar neném. Completou entregando a encomenda a Laura.
_Não tem que agradecer, você sempre me ajuda isso não é nada. Falou Laura pegando a sacola com o colar.
_Tenha muito cuidado com isso amiga, essa é uma jóia muito cara e nem se nós duas trabalharmos a vida toda não teríamos como pagar se você perder isso. Alertou Ana._O Uber já está esperando no estacionamento.
Laura saiu um pouco assustada com tamanha responsabilidade, mas tinha que ajudar Ana era o mínimo que poderia fazer por uma amiga como ela, ao entrar no Uber, Laura leu o endereço era um setor de luxo que poucas pessoas tinham dinheiro para viver, um lugar um pouco afastado com casas suntuosas que mais parecia de cinema, ela nunca imaginou entrar em tal área, quando o carro foi se aproximando do setor diminuiu bruscamente a velocidade parando na entrada do bairro.
_Senhor porque parou aqui, ainda não chegamos no endereço. Falou olhando para o motorista.
_Desça do carro. Falou o motorista olhando ela pelo retrovisor do carro._desça agora. Falou novamente.
_Não senhor, irá-me deixar no endereço primeiro. Respondeu Laura com voz alterada sem entender qual a intenção do homem.
_Desça ou terei que tira lá a força. Continuou o homem, nesse momento um carro escuro parou logo atrás do carro em que estavam fazendo Laura gelar por dentro, seu coração acelerou e seu corpo tremia diante do que poderia acontecer a ela naquele momento, dois homens desceram do carro com capuz na cabeça, e foram direto para o carro que ela estava a puxando para fora a jogando no chão e tomando a sacola de suas mãos, Laura começou a gritar e avançou para cima do homem que pegara a sacola o derrubando no chão Laura tomou a sacola mas foi atingida na nuca por uma pancada que a deixou tonta nessa hora um outro carro parou próximo e Laura pode ver um homem alto forte descer do carro acompanhando por mais outro homem em seguida Laura tomou um soco no rosto a fazendo Laura perder os sentidos, mas antes de apagar por completo escutou uma voz masculina e ouviu tiros depois foi tomada por um estupor e tudo ficou escuro.
Rafael tinha tido um dia daqueles ser dono de uma das maiores exportadores de derivados de soja não é nada fácil, logo cedo ficou sabendo que uma das suas fazendas fora atingida por um temporal que destruiu metade da produção, Rafael teve que mandar uma equipe para lá para avaliar o estrago e como poderia afetar a sua produção, já não bastava isso e outros problemas menores na fábrica, a Raquel entrou no escritório dele exigindo que almoçassem fora e como sempre para evitar uma birra desnecessária da garota mimada ele aceitou, ao chegar no restaurante Raquel comportou-se como sempre, uma garota mimada e insuportável, ele ainda pensava porque continuava com aquela garota, se era por amor por ela ou a amizade que tinha com o pai dela, era grosseria com as pessoas principalmente com os mais humildes era horrível de se ver pensou Rafael.
Depois que saíram do restaurante Rafael e Raquel tiveram uma discussão por ela ser sempre grossa e desagradável com as pessoas que a fez emburrar e ir embora com o motorista, o deixando a pé no ‘shopping’, que foi até um alívio, ligou para o segurança e pediu para eles irem buscar lo não gostava de andar com segurança, mas era melhor que ir a pé ou de Uber, no meio desse tumulto da manhã lembrou que era aniversário da sua irmã Louise entrou em uma joalharia ali mesmo no ‘shopping’ e comprou um colar na esperança que ela gostasse, e, mas uma ligação o deixou ainda mais nervoso, ocorrera um acidente não muito grave na fábrica e um funcionário havia se ferido ele saiu às pressas e acabou esquecendo o presente e seu cartão em cima do balcão, ele só lembrou haver esquecido quando a joalheria já havia fechado, pegou o celular e um número desconhecido-lhe tinha ligado várias vezes, retornou e era a jovem da joalheria informando que uma mulher por nome Laura teria ido levar os itens esquecidos por ele e já estava a caminho da sua casa para devolve lo, mas um problema ele não estava morando naquela casa ela estava em reforma, ou seja teria que ir até lá abordar a mulher e pegar seus pertences antes de voltar para casa.
Rafael chamou dois seguranças e foram para seu antigo endereço ao se aproximarem viram algo impressionante, uma jovem brigando com dois homens encapuçados ao ver a jovem ser agredida o segurança acelerou o carro parando próximo, os três homens desceram do carro e um dos seguranças sacou a arma e deu um tiro para o ar alertando os bandidos logo ele e os seguranças já estavam lutando contra os homens os perdendo.
Rafael foi ver a jovem que estava desacordada no chão estava com um sangramento na cabeça ele a pegou pondo em seu carro e a levando direto para o hospital a deixou sobre os cuidados do doutor Carlos nesse momento recebeu uma ligação do departamento de polícia avisando que havia pertences dele de posse dos bandidos, ele então decidiu deixar as despesas médicas pagas e pediu para o médico fazer tudo que fosse nescessário para o bem daquela jovem e foi direto para a delegacia.
Chegando na delegacia descobri que seu cartão e o presente que tinha comprado mais sedo estavam lá.
_Os meliantes declaram que receberam uma ligação de um Uber amigo que pegaria uma jovem em uma joalheria e o endereço de destino era o setor nobre que provavelmente a jovem era rica e com isso teria algo de valioso para ser roubado e posteriormente dividido entre eles, acredito que se o senhor e seus seguranças não tivessem intervido eles teriam levado os pertences que estavam com a jovem. Esclareceu o delegado._ Agora só tem uma coisa que não bate por isso o chamei, porque aquela jovem estava com o seu cartão e um colar caríssimo em sua posse. Questionou.
_Isso eu posso explicar, eu fiz a compra do colar na joalheria e esqueci tanto o colar quanto o cartão lá após receber uma ligação, e essa jovem foi me entregar, a vendedora da joalheria me ligou e me informou, não foi coincidência eu ter chegado naquela hora lá, estava indo justamente para encontrar a jovem que foi atacada por aqueles marginais. Esclareceu Rafael ainda pensando na jovem hospitalizada, ela era bonita e naquele momento parecia muito frágil com o rosto delicado coberto de sangue, ele esperava que ela ficasse bem e com certeza reclamaria com a gerência da joalheria pela imprudência de ter mandado ela sozinha para entregar algo de tamanho valor e de Uber, sentiu uma raiva passar pela por dentro dele ao pensar que o pior poderia ter acontecido com aquela jovem por pura imprudência.
_Agora teremos que descobrir o nome dela e assim que possível tomar o depoimento da mulher ataca. Falou o delegado.
_Ela se chama Laura, a moça da joalheria me falou. Respondeu Rafael._ Eu a deixei no hospital está sendo cuidada pelo meu médico pessoal acredito que logo poderá vela. Falou, nesse momento seu celular tocou e era sua irmã Louise.
_Desculpa mas tenho que atender. Disse se afastando dos homens. Alô minha querida.
_Alo meu irmão amado onde você está? Perguntou Louise com um ar preocupado, seu irmão nunca se atrasava para um compromisso e muito menos se esse era com a família ainda mais sendo seu aniversário._Estou preocupada esqueceu que dia é hoje? Falou com uma voz de choro, que quebrou o coração de Rafael desde que ficaram órfãos Rafael sempre cuidou da irmã e nunca se atrasava ou esquecia os compromissos que tinha com ela._ Não esqueci, minha princesa é que aconteceu um fato muito sério que me fez atrasar para o nosso jantar, mas assim que terminar aqui, vou direto para casa e jantarmos aí te contarei todo o ocorrido está bem meu amor? _ logo estarei de volta, beijos. Falou se despedindo da irmã.
_Então tá bom, beijos e não demora. Falou desligando o celular em seguida.
_Bom delegado se puder me devolver meus pertences tenho que ir embora minha irmã faz aniversário hoje e está a minha espera. Esclareceu Rafael pegando um cartão de visitas no bolso e entregando para o delegado._Qual quer coisa me ligue e terei o maior prazer em voltar aqui. Concluiu.
O delegado pegou os pertences de Rafael o devolvendo a ele que assinou alguns papéis e saiu de lá, sua intenção era ir direto para casa mas ainda estava preocupado com a quela jovem então decidiu ir ao hospital primeiro.
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