capítulo 07

Laura foi recepcionada a abraços e beijos pelos filhos e pela mãe que ficou assustada com os hematomas na cabeça da filha,após mimar as crianças e por Las para tirar uma soneca da tarde explicou todo o ocorrido para a mãe que ficou assustada com o tamanho da violência que a filha sofrera.

_Graças a Deus o senhor Rafael chegou a tempo filha, imagino o que teria te acontecido se ele não tivesse chegado lá na hora. Falou levando as mãos ao peito sentindo aflição pelo que a filha poderia ter passado.

_Sim ele foi maravilhoso, além de me salvar ainda me levou ao hospital e pagou todo o tratamento. contou Laura pensando que queria muito ter despedido dele e o agradecido pelo que ele fez por ela.

_Você deve procura lo e agradecer por tudo que ele fez. Explicou dona Iara.

_Sim mãe quando puder agradecerei. concordou lembrando de como ele foi gentil, educado e atencioso com ela, Laura imaginava como seria bom vê-lo novamente um homem tão bonito e sexy, balançou a cabeça para repreender seus pensamentos, não ia cair nessa de novo, lembro de todo sofrimento que passou com o pai dos gêmeos e não iria nem em pensamento pensar em cair nessa ilusão de novo, ele era noivo provavelmente apaixonado.

_Agora acho melhor você ir descansar, acabou de chegar do hospital precisa de descanso

_Tenho que ir ao restaurante tenho que ver como vai ser meu futuro lá, provavelmente serei dispensada, mas tenho que ir ver com o senhor Maurício. Falou desanimada, estava gostando muito de seu trabalho e ,tinha feito boas amizades lá, mas com certeza seria dispensada, pensou Laura sentindo um aperto no peito.

_Primeiro irá deitar e descansar depois você vai ao restaurante, ainda está fraca, já deixei sua cama arrumada do jeito que gosta e vou fazer uma sopinha para você. Falou se levantando da poltrona velha e gasta e indo para a cozinha.

_Estou melhor mãe, até a minha cabeça já não está doendo. mentiu para não preocupar a mãe.

_Não venha tentar me enganar esqueceu que sou tua mãe, te conheço muito bem agora vá se deitar daqui a pouco levo a sopa para você comer. disse em tom de autoridade, Laura obedeceu para não contrariar a mãe e sua cabeça doía muito naquele momento, se levantou e depois de dar um beijo na cabeça da mãe foi para o quarto e se deitou.

No outro dia Laura após levar as crianças para o ponto do ônibus escolar, foi direto para o restaurante.

_Porque está aqui tão cedo menina, esqueceu que seu horário é às dez e meia? Perguntou Maurício sentado atrás da mesa olhando os papéis, sem olhar para ela.

_Pensei que por eu não ter vindo dois dias o senhor não me quisesse mais como funcionária. Falou Laura assustada e com o coração acelerado.

_O senhor Rafael veio aqui e me explicou tudo o que lhe aconteceu, e isso para mim já basta, e outra coisa você é uma das minhas melhores garçonetes, mas não fique vaidosa viu garota, agora vá e só venha no seu horário, estou muito ocupado. Falou sério e sem olhar para Laura que foi ate ele dando a volta na mesa e o surpreendendo com um beijo no rosto.

_Muito obrigada! Falou saindo do escritório o deixando estático com a reação carinhosa dela, quando Laura saiu Maurício sorriu levando a mão no rosto onde recebeu o beijo.

_Laura saiu do escritório aliviada por não ter sido mandada embora, mas uma vez Rafael tinha intervido por ela, que homem era aquele, pensou.

Foi para a joalheria ver Ana e contar que ainda tinha um emprego.

_Desculpa não ter ido aí o hospital te ver amiga, é que foi tão corrido aqui, você me perdoa. Falou abraçando Laura que retribuiu o abraço, ela sabia que a joalheria era muito puxada e Ana cuidava de quase tudo sozinha que a gerente era só para dar ordens.

_Claro que te perdoo, te amo amiga. Falou sinceramente.

_Tudo que lhe aconteceu foi minha culpa, não deveria ter permitido que fosse levar aquilo sem segurança. Falou se sentindo mal pela amiga ter sido agredida e roubada.

_Que isso não se culpe eu me ofereci para ir você não tinha noção que aquilo poderia acontecer. Falou tentando consolar a amiga que naquele instante já estava chorando. _Para com isso não precisa chorar. Falou dando outro abraço na amiga.

_E os seus documentos como vai fazer? Perguntou Ana.

_Bom se não conseguir recuperar eles, terei que fazer outros. Falou pensando no trabalho que iria ter, era muita burocracia, mas teria que ser feito.

_Antes que me esqueça tenho algo para você. Falou indo atrás do balcão e pegando um embrulho de presente._toma para você é um pedido de desculpas afinal você perdeu o seu por minha culpa. Falou entregando o embrulho para Laura que exitou por um instante antes de pegar o presente, ao abrir era um celular novo e melhor que o que ela tinha.

_Nossa não precisava, nem sei o que dizer, Ana você sempre me surpreende sabia. Falou correndo e dando outro abraço na amiga.

_O chip está aí é só você cadastrar e usar. Falou com um sorriso ao ver os olhos de Laura brilhante, mas o sorriso sumiu ao ver Laura levar as mãos na cabeça e fazer uma careta de dor.

_O que ouve, o que está sentindo. Falou desesperada amparando Laura e a sentando em uma poltrona._Vou pegar um pouco de água. Deixou ela por um instante e em seguida voltou com a água, Laura já havia pego o remédio que o médico havia receitado a ela e aproveitou para tomar o medicamento.

_Essa dor de cabeça, é horrível, mas não se preocupe logo que o remédio fazer efeito vai passar. Exemplo virando agua com o medicamento na boca.

_Nossa você me assustou, como está se sentindo? Perguntou ainda preocupada.

_Ainda está doendo mas vai passar. Falou Laura.

Depois que o remédio fez efeito Laura se vestiu e voltou para o trabalho, o dia como sempre foi puxado, mas satisfeita de poder estar trabalhando, ficou muito feliz por ter sido tão bem recebida pelos colegas de trabalho Talita a abraçou e beijou no rosto, ela era sempre muito espontânea, Rogério fez até um sanduíche natural com lagosta para agrada lá, ao sair do trabalho resolveu voltar a joalheria e convidar a amiga para tomar um suco na praça de alimentação antes de irem embora.

Quando chegou a porta da joalheria viu Ana com a gerente e uma outra mulher que falava alto com ela, Ana estava com os olhos vermelhos provavelmente tinha chorado, quando a mulher ficou de perfil Laura reconheceu a noiva do Rafael, o que aquela mulher estava fazendo ali e porque estava fazendo sua amiga chorar, ao tentar entrar na loja foi barrada pelo.

_Não pode entrar Laura ordens da gerência. Falou o segurança com a voz firme e aparência rude, deixando ela intrigada e com raiva.

_Como assim não posso entrar, Geraldo, minha amiga trabalha aqui e sempre frequentei esse lugar você me conhece a tempo. Falou indignada.

_Como eu já disse ordens da gerência, você não pode mais entrar aqui, gosto de você Laura sabe disso e sabe também que obedeço ordem por isso não posso permitir que entre ou quem será punido sou eu e bem sabe que acabei de ser pai. Explicou Geraldo tentando se justificar.

_Esta bem, não quero seu mau, mas me diga porque essa mulher está trabalhando Ana daquele jeito e porque a Gerente não faz nada. Perguntou olhando a amiga pegando sua bolsa e tirando o molho de chaves e entregando a gerente.

_A senhorita Raquel veio reclamar pelo ocorrido com os pertences do noivo, parece que ele não gostou nada de você ter ido levar a jóia que ele comprou e depois de ter sido quase assaltada e quase ter perdido aquela jóia caríssima e ainda ter dado uma despesa médica desnecessária a ele, agora ela quer e parece que conseguiu que Ana fosse dispensada da joalheria. Explicou vendo Laura ficar vermelha de raiva, como pode disse q não reclamaria que não prejudicaria sua amiga, mas além de reclamar e pedir a cabeça da amiga o covarde ainda teve coragem de falar que ela deu prejuízo médico a ele, sendo que ela não pediu nada a ele, se pagou foi por que quis, e foi tão mesquinho que nem para vir e dar a cara ele veio, mandou aquela galinha de exposição para vir gritar com sua amiga, mas isso não vai ficar assim não, pensou com ódio, o seu corpo tremia queria entrar ali e falar umas coisinhas para aquela madame, mas não podia prejudicar o Geraldo que acabara de ser pai e não poderia perder o emprego, mas esse senhor Rafael não perderia por esperar ela ia dizer umas verdades na cara dele, pensou Laura se contorcendo de vontade de entrar lá e dar uma lição naquela mulher, por isso não confiava em pessoas ricas, ela sempre tem dois lados, lembrou ela.

Esperou a amiga sair e a abraçou, Ana desabou aos prantos no ombro da amiga que a consolava olhando a cara de deboche que Raquel as olhava de dentro da loja, Laura soltou a amiga e foi em direção a entrada da loja, tinha a intenção de entrar lá e dar um murro na cara daquela mulher, mas Ana a segurou.

_Não faz isso por favor, se não é perigoso você também perder seu emprego, vamos embora daqui. Falou puxando Laura pelo braço._Essa gente é muito poderosa pode ser ainda pior se mexer com eles. reforçou Ana enxugando as lágrimas e olhando para Laura que não tirava os olhos de Raquel.

_E sua rescisão como fica? Falou enquanto caminhavam para a saída do shopping.

_Dona Maura irá me pagar tudo direitinho mas disse que não me dará carta de recomendação e nem informações ao meu respeito, disse que é para eu esquecer que eu trabalhei lá. Falou Ana inconformada com a atitude da sua gerente.

_Droga a culpa disso tudo foi minha não deveria ter me oferecido agora você que me ajudou tanto perdeu o emprego por minha causa. Disse Laura ainda com raiva.

_A culpa foi minha não deveria ter aceito sua ajuda, mas agora não dá para nos ficarmos nos culpando, vamos embora que esse dia foi muito pesado. Falou Ana abraçando Laura de lado e caminharam para o Fusca bege no estacionamento.

Laura só pensava que a hora que cruzasse com aquele homem de novo iria dizer umas verdades a ele.

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