capítulo 02

Laura passou o dia trabalhando servindo mesas no restaurante, ela nunca tinha visto tantas pessoas finas e chiques em um só lugar, chegou em casa já era quatro horas da tarde, as crianças a receberam com alegria imensa.

_Mãe a tia Ana trouxe uma compra enorme para nós, vem ver. Tainara falou segurando a mão de Laura a puxando para dentro da cozinha, Laura ficou admirada com a compra que a amiga tinha levado.

_Ana não tem jeito mesmo.falou pensando como a amiga era tão boa e generosa estava sempre agradando as crianças e ajudando ela quando precisava, um dia ela queria poder retribuir esse carinho a altura.

_Mãe a Tainara não deixou eu comer do doce que a tia Ana comprou para nós. Reclamou Daniel com a cara fechada enquanto entregava a irmã.

_Daniel você não pode comer doce antes do jantar se não, não vai comer a janta. Esclareceu a menina, Tainara era pequena mas tinha um comportamento de moça, isso tirou um sorriso de Laura.

_Sua irmã está certa, se comer doce agora não conseguira jantar. Falou dona Iara entrando na cozinha._ Como foi no trabalho minha filha. Quis saber, ajudando Laura a guardar as compras.

_Foi bom, o senhor Maurício me tratou muito bem, disse para eu ir amanhã de novo, acho que gostou do meu trabalho, estou cansada ficar em pé servindo aquele bando de gente rica e esnobe e cansativo mas, só de estar trabalhando é muito bom. Falou Laura sentando em uma cadeira próxima a mesa, seu pés doíam muito não era acostumada a trabalhar com um sapato tão desconfortável, mas tinha que fazer, ela tirou o sapato e esfregou a ponta dos dedos.

_ Vou tomar um banho e venho fazer a janta. Falou se levantando e pegando o par de sapatos no chão.

_Onde conseguiu esses saltos tão lindos. Quis saber dona Iara.

_Ana comprou para mim, lá no restaurante não se pode usar tênis, então ela emprestou-me o dinheiro para eu comprar um par de sapatos adequados para o trabalho. Esclareceu, indo para o quarto pegar uma troca de roupa e toalha para o banho._ Disse que vou pagar assim que receber. Falou pondo o sapato no chão próximo à cama.

_Espero que decerto, esse emprego novo e que você consiga controlar a sua vida e das crianças.

falou dona Iara sorrindo para a filha, ela já estava velha não conseguia trabalhar mais e ver a filha lutar sozinha para cuidar dela e das crianças enchia o coração de tristeza, se tivesse pelo menos saúde para ajudar pensou ela.

_Vou adiantar o jantar para você Laura enquanto toma um banho e descansa um pouco. Falou indo para a cozinha.

_ Não precisa mãe a senhora não pode ficar fazendo força assim. Disse Laura indo para o banheiro.

_Não sou uma inválida minha filha, posso fazer nem que seja uma comida para você e os meus netos. Falou com um ar indignado.

_Então está bem, faça algo leve e rápido para que não fique se esforçando de mais está bem mãezinha. Falou beijando a testa da mãe e entrando no banheiro.

A semana passou rápido, Ana sempre que podia levava Laura para o trabalho e o senhor Maurício estava bem satisfeito com o trabalho dela, ela chegou a fazer amizade com alguns dos funcionários entre eles o cozinheiro chefe Rogério vilheira que tinha descendência italiana, e Talita uma das garçonetes do restaurante.

Na sexta-feira Laura seguiu para uma mesa que um casal acabara de sentar, na mesa estava um homem alto forte e muito lindo acompanhando por uma jovem loira tão bonita e elegante quando ele, ao olhar o homem teve a sensação de já o conhecer, apesar de sua expressão mau humorada.

_Bom dia, chamo-me Laura e estarei aqui para servir Los, hoje. Falou passando para ambos o cardápio de pratos disponíveis.

_Obrigado, traga um vinho branco seco por enquanto. Falou o homem sem olhar para ela.

_sim senhor e para senhora o que deseja beber.

_Senhorita, corrigiu a jovem._ para mim champanhe e por favor seja rápida. Concluiu com arrogância a olhando de cima a baixo deixando Laura um pouco desconcertada, ela era acostumada a atender gente chata, mas aquela mulher estava se superando.

_serei rápida, com sua licença. Falou indo para o balcão do bar para passar o pedido, logo voltou a servir as bebidas e recolher o pedido do que iriam comer, logo eles pediram seus pratos Laura foi a cozinha levar os pedidos._A madame pediu para não demorar muito porque ela está faminta. Falou com deboche do jeito da mulher que acabara de atender.

_E o senhor Rafael de Lorenzo Mota. Falou Talita ao entrar na cozinha para entregar um pedido._E a antipática junto dele é a Raquel Miranda de Piaza, noiva dele a mulher mais insuportável que já frequentou esse restaurante.

_Eles sempre vem aqui?_ quis saber.

_Sim, apesar de essa semana só ter vindo hoje. Esclareceu Talita saindo com a Laura da cozinha.

Laura teve que se segurar várias vezes para não ofender a jovem que toda hora criticava alguma coisa sobre o atendimento enquanto o homem ficava em silêncio e em alguns momentos mexia no celular.

Depois de saírem Laura respirou aliviada, mas a impressão de que já tinha visto aquele homem não saia de sua cabeça.

Ao sair do trabalho passou na loja onde Ana trabalhava para ver a amiga antes de ir embora, ao entrar na loja Ana estava nervosa no celular, tentando ligar e não conseguia concluir a chamada.

_Ana está acontecendo alguma coisa? perguntou vendo a amiga andando de um lado para o outro com o celular no ouvido.

_Droga esse homem não atende. Reclamou Ana pondo o aparelho sobre o balcão.

_Quem?

_O senhor Rafael Lorenzo, ele comprou uma jóia, um colar de rubi e de repente ele atendeu o telefone e saiu acabou esquecendo o colar para trás. Explicou.

_Simples quando ele der falta da compra ele volta.

falou Laura dando de ombro, ele já pegou?

_Já, mas o problema não é só o colar ele também esqueceu o cartão e eu estou tentando ligar para ele e o homem não atende, meu gerente é muito exigente para não dizer outra coisa, se ele souber de algo assim aconteceu e eu não fiz nada para resolver ele vai me dar uma advertência no mínimo. Falou Ana.

_Se tiver o endereço dele eu levo para você assim o seu chefe nem precisa saber o que aconteceu. Falou em uma tentativa de ajudar a amiga.

_Eu penso que tenho o endereço dele, no computador em uma compra ‘online’ que ele fez a um mês atrás, que Deus me ajude que eu acha. Falou indo direto para o computador.

_Bingo! Achei o endereço, vou anotar o endereço e colocar o colar com o certificado em uma sacola e o cartão dele para você levar e chamar um Uber para você, obrigada por me ajudar amiga. Falou Ana correndo para organizar tudo. Eu pediria o Geraldo para levar, mas ele saiu mais cedo por causa da esposa que foi ganhar neném. Completou entregando a encomenda a Laura.

_Não tem que agradecer, você sempre me ajuda isso não é nada. Falou Laura pegando a sacola com o colar.

_Tenha muito cuidado com isso amiga, essa é uma jóia muito cara e nem se nós duas trabalharmos a vida toda não teríamos como pagar se você perder isso. Alertou Ana._O Uber já está esperando no estacionamento.

Laura saiu um pouco assustada com tamanha responsabilidade, mas tinha que ajudar Ana era o mínimo que poderia fazer por uma amiga como ela, ao entrar no Uber, Laura leu o endereço era um setor de luxo que poucas pessoas tinham dinheiro para viver, um lugar um pouco afastado com casas suntuosas que mais parecia de cinema, ela nunca imaginou entrar em tal área, quando o carro foi se aproximando do setor diminuiu bruscamente a velocidade parando na entrada do bairro.

_Senhor porque parou aqui, ainda não chegamos no endereço. Falou olhando para o motorista.

_Desça do carro. Falou o motorista olhando ela pelo retrovisor do carro._desça agora. Falou novamente.

_Não senhor, irá-me deixar no endereço primeiro. Respondeu Laura com voz alterada sem entender qual a intenção do homem.

_Desça ou terei que tira lá a força. Continuou o homem, nesse momento um carro escuro parou logo atrás do carro em que estavam fazendo Laura gelar por dentro, seu coração acelerou e seu corpo tremia diante do que poderia acontecer a ela naquele momento, dois homens desceram do carro com capuz na cabeça, e foram direto para o carro que ela estava a puxando para fora a jogando no chão e tomando a sacola de suas mãos, Laura começou a gritar e avançou para cima do homem que pegara a sacola o derrubando no chão Laura tomou a sacola mas foi atingida na nuca por uma pancada que a deixou tonta nessa hora um outro carro parou próximo e Laura pode ver um homem alto forte descer do carro acompanhando por mais outro homem em seguida Laura tomou um soco no rosto a fazendo Laura perder os sentidos, mas antes de apagar por completo escutou uma voz masculina e ouviu tiros depois foi tomada por um estupor e tudo ficou escuro.

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Comments

Francisca Costa

Francisca Costa

pobre não tem um dia de paz

2024-11-09

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