capítulo 04

Laura sentia a cabeça doer ao acordar, parecia que um caminhão havia passado por sobre ela.

_Droga onde estou? Perguntou a si mesma enquanto olhava em volta._Ai! falou alto levando a mão na cabeça, tentou se levantar mas tudo começou a rodar derepente, voltou a se deitar, observou que estava em um hospital e que tinha vários aparelhos ligados a ela e um soro pingava levemente em uma mangueira que o levava a sua veia, o quarto não parecia de hospital e sim um quarto de apartamento chique, a cama que estava era muito confortável e tinha poltronas em um tom de bege armário de parede mesa com cadeiras, uma porta que com certeza era um banheiro, só dava para perceber que era um hospital pelos aparatos ligados a ela.

_Que bom que acordou, como está se sentindo minha jovem? Perguntou um senhor vestido de branco ao entrar no quarto.

_Minha cabeça está doendo muito doutor. Falou Laura levando a mão na cabeça e botando um curativo na fonte._ Até parece que um caminhão passou por sobre minha cabeça e ainda deu ré.

_Em primeiro pode me chamar de Carlos e você ainda sente essa dor porque recebeu duas pancadas fortes na cabeça, vim verificar se já tinha despertado para encaminha lá para uma ressonância para ver se não ouve danos.

_Não precisa doutor eu estou bem, só um pouco tonta, mas estou bem. Falou tentando se levantar novamente mas ao ver tudo girar teve que voltar a se deitar novamente. Droga, tenho que ir embora. Falou ao lembrar dos filhos e da mãe que deveriam estar preocupados com ela.

_Calma minha jovem, você irá embora assim que fizermos todos os exames e constatar que você está bem, agora se acalme ou terei que ceda lá. Explicou o médico.

_Deixe que eu ligue para minha mãe e avisa lá que estou bem. Pediu olhando envolta. _Onde está meu celular, minha bolsa. Nesse instante lembrou do assalto e que sua bolsa tinha ficado dentro do carro de aplicativo e que durante a confusão o carro fugiu levando seus pertences._Merda! esbravejou._Aquele idiota levou minha bolsa e meu celular, agora como vou falar com minha mãe. Abaixou a cabeça imaginando o quam aflita sua mãe devia estar.

_Pode usar o meu celular. Falou uma voz masculina forte, ela levantou a cabeça e se deparou com um homem alto forte e muito bem vestido ao lado do médico, não havia percebido a entrada dele, ela o reconheceu do restaurante, era o mesmo que deveria ter entregue o colar, " nossa o colar, caramba os bandidos o roubo droga mil vezes droga" pensou ela.

_Senhor Rafael, não é isso? eu perdi o colar que o senhor comprou, quero dizer, na verdade me roubaram, eu.. Eu ... Não sei como mas quero me desculpar, mas não foi por minha culpa, foi o motorista de aplicativo que armou para mim. Falou tudo de uma vez muito apavorada, com certeza Ana e ela perderiam o trabalho, um homem como esse não perdoaria um acontecimento desse mesmo sendo uma fatalidade que não foi culpa dela, a dor em sua cabeça ficou mais forte a fazendo levar as duas mãos a cabeça de uma vez a segurando._Droga, droga. Falou fechando os olhos, apertando as pálpebras.

Laura sentiu duas mãos grandes segurarem as suas mãos e uma respiração pesada próxima do seu rosto.

_Calma, Laura, calma, a jóia e o meu cartão foram recuperados, pode ficar calma agora. Falou baixinho, aquela voz grossa rouca falando em seu ouvido a fez arrepiar todos os pelos do corpo, como ele sabia o seu nome, pensou Laura estava confusa._ Nós chegamos a tempo e impedimos o roubo e recuperamos o colar e o meu cartão, mas infelizmente o motorista de aplicativo conseguiu fugir antes de chegarmos, ele acabou levando seus pertences. Explicou Rafael, que segurava agora o rosto de Laura entre as mãos a fazendo encara lo.

_Preciso falar com minha mãe. sussurrou tentando se controlar inutilmente._Por favor. Falou quase chorando.

_Esta bem, pegue pode ligar a vontade. Falou entregando seu celular para Laura que exitou por um instante antes de pegar lo para ligar, do outro lado da linha sua mãe estava eufórica dava para perceber o seu nervosismo pela voz trêmula e alterada no fundo Laura ouvia a voz das crianças querendo falar com ela, lágrimas correram pelo seu rosto, se o pior acontecesse o que seria de sua mãe e das crianças.

_Calma mãe agora estou bem, foi uma tentativa de assalto, mas só conseguiram levar minha bolsa com meu celular. Explicou

_Onde você está porque ainda não veio embora e de quem é esse celular que está usando. Perguntou a mãe tentando segurar suas emoções para não assustar as crianças.

_Estou no hospital, mas não se preocupe estou bem, esse celular é do senhor Rafael, ele me salvou e me trouxe aqui para o hospital são Pedro, diga as crianças que logo estarei em casa. Falou escutando Tainara pedir a avó o celular.

_Oi mamãe, porque está no hospital? Perguntou Tainara ao pegar o celular das mãos da avó._A senhora ficou doente foi? Fez outra pergunta.

_Oi meu amor me machuquei por isso tive que vir ao hospital, mas logo estarei em casa e por favor cuide da vovó e do Daniel por mim está bem. Falou calmamente com a pequena, Tainara era muito adulta para a idade dela, pensou Laura.

_Ta bom mamãe fica bem então e não demora o Daniel da muito trabalho._"Não dou nada, sou muito bom a Tainara que fala de mais". Daniel gritou no telefone se defendendo.

_Amo vocês ficam com Deus, agora tenho que desligar e devolver o celular para o senhor Rafael está bem tchau. Laura despediu-se e desligou devolvendo o celular ao seu dono.

_Obrigada. Falou entregando o aparelho. _Como o senhor sabe meu nome? Perguntou Laura ela sabia que não tinha dito seu nome nem para o médico, então como ele sabia quem era ela e como sabia seu nome.

_A vendedora da joalheria me ligou e disse que você estava me levando os pertences que havia esquecido e me disse seu nome. Explicou. Aquela irresponsável, mas vou reclamar com a gerência. Falou com voz firme.

_Não por favor não faça isso, a culpa não foi dela foi minha eu que me ofereci para levar seus pertences, se reclamar dela com a gerência ela perdera o trabalho. Implorou com os olhos cheios de lágrimas que acabaram por comover Rafael, como aquela mulher pequena e de cabelos cacheados conseguia mexer tanto com ele, pensou olhando para ela.

_Mas é o que ela merece por ter te posto em risco, mesmo você se oferecendo, ela tinha a opção de não aceitar. Falou firme mas ao ver aquela mulher começar a chorar diante dele se arrependeu de imediato de suas palavras.

_Ela não merece, o senhor não entende porque é rico, mas para nós que precisamos trabalhar perder um trabalho de anos é muito difícil. Reclamou entre soluços._ Ela é minha amiga e é como uma irmã não pode prejudicar lá. Reclamou abaixando a cabeça.

_Ei, está bem, agora pare de chorar, não vou falar nada está bem, vou fazer como se nada tivesse acontecido, agora não chora tá bom. Falou a vendo levantar passando a mão nos olhos como uma criança.

_Senhor Rafael, tenho que leva lá para fazer uma tomografia para ver se as pancadas lhe causaram danos. Explicou o médico interrompendo o assunto.

_Sim doutor Carlos, pode leva lá, também tenho que ir, amanhã mandarei alguém aqui para ver como está. Falou indo em direção a porta.

_Não posso ficar aqui até amanhã não, tenho que trabalhar e ainda tem meus filhos. Falou Laura sabendo que se não fosse trabalhar certamente seria mandada embora estava na experiência e faltar contaria contra ela.

_Não se preocupe Laura, eu resolvo isso. Falou Rafael parando na porta do quarto._E doutor Carlos só permita a saída dela quando o senhor achar que realmente ela está bem, por enquanto boa noite. Falou saindo e fechando a porta atrás de si.

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