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Luara estava prestes a responder quando recebeu uma ligação, ela pegou o celular e viu que se tratava de Théo, então ela resolveu atender já que não era muito comum ele ligar para ela.

— Só um minuto, eu preciso atender essa ligação, é importante — Ela diz se levantando.

Luara de afasta dos colegas para poder atender a ligação, ela atende e assim que põe o celular no ouvido, ela ouve a voz de Théo.

— Oi, onde você está? — Ele perguntou.

— Reunião de ex colegas de turma, aconteceu algo?

— Ah, não é que os nossos pais marcaram algo para gente hoje e parece que esqueceram de te avisar.

— Eu ando um pouco avoada, mas tudo bem, me envia o endereço e eu vou ao seu encontro — Ela disse.

— Não, tudo bem! Curta a reunião.

— Ah, não. Eu já quero ir embora mesmo, você me deu uma ótima desculpa — ela soltou uma risada fraca.

— Então eu vou buscá-la, para não acharem que você está inventando. Me envie o endereço — Ele disse.

— Tá bom, até daqui a pouco — Ela encerrou a ligação.

Luara enviou o endereço por email e voltou para mesa, ela sentou-se no mesmo lugar.

— Onde paramos? — Ela perguntou.

— Falávamos sobre as notícias que você saiu, e eu ainda não acredito que você saiu apenas de lingerie nos jornais e sites de fofoca — A mulher diz.

— Ah, foi um desastre que até deu certo — Luara ri.

— A viagem anual da sua família está chegando né? Dessa vez você vai Marilyn? — Um dos homens perguntou.

— Eu não — Marilyn sorriu.

— Vocês eram inseparáveis, o que aconteceu?

— Só estamos correndo de negatividade — Ju disse em resposta e Marilyn olhou para ela e virou a bebida do copo que estava em sua mão.

— Eu quero focar na minha empresa, não quero mais distrações com amizades fracassadas — Marilyn diz.

— Está certa, no dia em que eu saí nas notícias apenas de lingerie eu usava o sobretudo que ganhei de presente, aquele que você me deu, ele rasgou com uma facilidade. Você deveria melhorar os seus tecidos, ou assim o seu ateliê vai falir, é bom para você focar no trabalho mesmo — Luara diz e Marilyn força um sorriso.

— Nós conte sobre o seu relacionamento, Luara, eu fiquei sabendo que tudo isso não passa de simples marketing. Eu até que acredito, vocês vivem saindo em fofocas mas nunca se pronunciaram sobre esse relacionamento de vocês — Marilyn muda o assunto.

— Sério? Marketing? — Luara ri — Não vou dizer nada sobre o meu relacionamento.

— Então podemos acreditar que seja simples marketing? — Marilyn pergunta.

— Acreditem no que vocês quiserem, eu te não devo satisfação sobre a minha vida — Luara sorri para ela.

— O que aconteceu entre vocês?

— Ju você veio com o seu carro? — Luara pergunta para a amiga, ignorando a pergunta da mulher.

— Não, ele está na oficina — Ju responde.

— Leva o meu com você, hoje eu vou para casa de carona. Vejo vocês na próxima reunião — Luara se levanta.

Ela vai andando em direção ao elevador, onde Théo estava saindo, ele a vê e sorri docemente, os colegas de classe começam a cochichar e quem estava de costas virou-se só para ver Théo e Luara.

Ela caminho até ele com confiança e quando se aproximou, ela colocou as mãos no rosto dele e beijou ele. Théo foi pego totalmente desprevenido, mas ele não exitou o beijo, muito pelo contrário.

Após o beijo ela olhou para trás, olhou na direção de Marilyn que parecia estar se mordendo, Luara acenou a mão para todos ali e puxou Théo para o elevador, quando a porta se fechou ela olhou para ele e se apressou em dizer.

— Théo me desculpe pelo beijo, eles estavam me perguntando a verdade sobre nosso relacionamento, se era marketing e isso foi uma prova para eles de que não é marketing.

— Está tudo bem! Eu é quem comecei com esse negócio de beijo — Ele disse para acalma-la.

Ela sorri para eles e os dois chegam no térreo, onde os carros estavam, eles vão para o carro de Théo e entram. Luara permanecía em silêncio e pensativa, ele percebeu isso e resolveu puxar assunto com ela.

— Lua? — Ele a chama.

— Lua? — Ela pergunta — Ninguém nunca me chamou assim.

— Então eu vou ser o primeiro — Ele sorriu — Elise me contou que está trabalhando na sua empresa, você não fez isso por conta do nosso contrato né?

— Claro que não, Elise realmente tem capacidade para ser uma grande estilista, eu não a contrataria apenas por causa do nosso contrato — Responde.

— Entendi — Ele sorriu — Fico feliz por isso, quero que ela corra atrás do que realmente quer, não que seja favorecida por conta do nosso sobrenome.

— Já sabe da viagem? — Ela pergunta.

— Acho que o mundo todo já sabe, estou cansado de aparecer nas notícias, isso é tão... — Ele suspira.

— Irritando, chato, não temos nem privacidade, acho que isso tudo é uma merda — Ela completa.

— Realmente, mas se temos que fazer isso, então vamos fazer direito — Ele diz.

— Como assim? — Ela pergunta.

— Vamos namorar!

— Namorar de verdade?

— De mentirinha — Ele ri — Mas vamos fazer direito, e não só o que nos mandam fazer — Explica.

— Interessante, gostei disso, vai ser legal namorar o magnata dos automóveis — Ela diz em tom de voz brincalhão.

— Eu não sou um magnata — Ele riu.

— É sim, você é poderoso, muito rico, bem influente; chefão, maioral...

— Chega! — Ele diz rindo dela.

— Eu posso continuar!

— Não precisa não — Ele ri.

— Para onde vamos? — Ela pergunta.

— Passear um pouco, espero que onde vamos não esteja cheio de pessoas, estou cansado de tantos fotógrafos em cima de gente — Ele responde.

Eles achegam em um parque onde haviam poucas pessoas, era bem bonito, com luzes e árvores, a grama era bem cortada e haviam alguns bancos, mas as pessoas estavam mesmo era sentadas no chão.

Ele a levou até uma árvore e estendeu um pano sob o chão, só então ela havia visto que ele levou um pano, Luara sentou-se em cima do pano.

— Vou comorar algo para comermos, o que você vai querer? — Ele pergunta.

— Não estou com fome, compre apenas para você, mas eu aceito aquele milkshake — Ela aponta para um trailer que havia ali.

Ele concorda e compra lanche e dois milkshakes, quando volta ele se senta ao lado dela, entrega a bebida dela e os dois ficam conversando.

Ela comeu o lanche dele quase todo sozinha, mesmo depois de dizer que não estava com fome, ele não se importou com isso, muito pelo contrário, até gostou.

Quando terminaram de comer ele tirou o tênis e se apoiou contra a árvore, ela observou e também tirou o salto sentindo o alívio em seus pés.

— Isso é muito bom — Ela se apoia nele.

Ele solta uma risada e os dois ficam conversando, com o passar dos minutos ela já estava deitada no pano, com a cabeça na perna dele e os dois riem enquanto conversavam.

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