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— Hoje não, estamos em público — Luara diz sem se dar importância para os dois — Também não vale a pena dar ibope para eles.

— Você tem razão, mas a minha paciência está por um fio — Ju diz entre os dentes.

— Vamos apenas evitar os dois, é isso o que eles mais odeiam — Luara diz.

— Então vamos fazer isso, vamos dar o gostinho do desprezo a esses dois babacas — Ju concorda.

— Amiga, me conte uma coisa sobre quando você ficou com o Santos, na verdade, me conte tudo, no dia em que me contou eu estava aérea — Luara pede.

— Aí amiga... Ele me chamou para sair e beber um drink, eu estava saindo de una seção de fotos com algumas amigas. Fomos eu, ele, Dylan, duas amigas e o Théo — Ela conta.

— Théo? — Luara pergunta para ter certeza de que ouviu bem.

— Sim, ele chegou depois e não ficou muito por lá, e se eu não me engano, foi no dia em que vocês dois se conheceram. Ele não gostou da minha amiga e só foi embora, e depois disso eu e Santos fomos para a minha casa e aconteceu... — Ju conta.

— Aconteceu? Assim no primeiro encontro? E eu me segurando três anos para ter relações com o Bryan.

— Que bom! Imagine deixar aquele estrume tocar o seu corpo? Que nojo! — Ju faz uma careta.

— Amiga!!! Você é impossível — Luara cai na risada.

Elas duas terminam o jantar e cada uma vai para sua casa,assim que Luara chega em casa ela vê um carro que não é familiar para ela, assim que entra em casa ela vê sua mãe Vivian conversando com uma mulher que ela nunca havia visto antes.

— Boa noite — Luara as cumprimenta.

— Boa noite, querida. Essa é a mãe do Théo — Vivian as apresenta.

— É um prazer finalmente conhecê-la pessoalmente, Luara — Nadja a cumprimenta.

— O prazer é todo meu — Luara sorri para ela.

Elas duas conversam um pouco uma com a outra e Luara vai para o seu quarto, chegando lá ela se banha e senta-se na varanda para poder respirar um pouco de ar puro.

Ela então se lembrou da situação que aconteceu no estacionamento do restaurante e sentiu-se bastante agradecida por Dylan estar ali naquele momento e ajudá-la a lidar com Bryan.

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...THÉO...

Théo estava na empresa, ele estava examinando um documento quando o seu secretário bateu na porta e adentrou em sua sala.

— Senhor? — O secretário o chamou.

— Sim? — Ele disse sem nem mesmo olhar.

— Saíram mais notícias sobre a senhorita Luara.

— Me envolve?

— Não senhor, mas...

— Então não me importa — Théo diz sem nem olhar.

— Mas senhor...

Théo suspira e olha para o secretário que estava com um iPad nas mãos.

— O que é? — Théo pergunta.

O secretário, um tanto desengonçado, andou até Théo e o entregou o iPad com a matéria sobre a Luara.

— Deixe-me ver isso — Théo disse lendo a matéria, ele arqueou as sombrancelhas — Isso que ela estava em um restaurante com sua melhor amiga? Isso é uma matéria insignificante, o que eu tenho haver com isso? — Perguntou encarando o seu secretário.

— Não é sobre ela estar no restaurante, senhor. Aí diz também sobre a famosa viagem que ela e as mães fazem uma vez por ano, e diz que dessa vez toda a sua família irá também — O secretário diz.

— O que!? — Théo exclama e continua a leitura.

Ele entrega o iPad ao secretário e o diz para se retirar da sala, ele liga para o pai que não demora muito para atender.

— Que história é essa de viagem? Eu não vou, não me programei para isso, eu tenho estou atolado de tantos trabalhos! — Théo diz assim que o pai atende.

— Está decidido — O pai diz e encerra a ligação.

Se tudo isso fosse um desenho animado, Théo estaria soltando fumaça pelas orelhas. Ele pensou que se não fizesse uma boa ação no dia em que conheceu Luara nada disso estaria acontecendo.

— Era melhor eu ter ficado naquele bar com os meninos, ou não ter ajudado ninguém — Ele diz sozinho, para si mesmo.

Théo apertava tanto uma caneta em sua mão, ele nem havia percebido, a caneta quebrou derepente. Théo a jogou no chão e respirou fundo, a sua vida sempre foi inteiramente para o trabalho, e agora tudo isso está acontecendo por ele ter ajudado uma garota na rua.

— Não vejo a hora disso tudo acabar, o que eu fiz para merecer isso? — Ele se perguntou.

Théo se levantou, pegou o seu paletó e saiu de sua sala, por onde passava os funcionários abaixaram a cabeça ao ver a expressão facial dele. Ele andou em direção ao estacionamento, entrou em seu carro e foi rapidamente, em alta velocidade, para sua casa.

Chegando em casa ele procurou por seu pai, mas foi sem sucesso, ele viu uma funcionária passando e a parou.

— Onde estão os meus pais? — Ele perguntou a funcionária.

— Eles foram para casa da minha cunhada — Sua irmã que apareceu atrás dele disse.

— O que? Por que? — Ele perguntou, agora olhando para sua irmã.

— Resolver as coisas da viagem, eu acho, aconteceu algo para estar bravo? — A irmã perguntou.

— O que você acha? — Ele pergunta indo direto para o quarto.

Ele foi para o seu quarto, depois de tomar um longo banho ele sentou em sua cama, pegou o notebook e tentou focar no seu trabalho, mas não conseguia de modo algum se concentrar em trabalhar.

Théo então se deitou e ficou pensando, ele sentiu raiva de Luara, mesmo sabendo que a culpa não é dela, e sim de seus pais que estão ganhando vantagens em cima desse relacionamento falso.

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...OS PAIS...

— Esses dois são o casal do momento, temos que dar um jeito deles se apaixonarem de verdade, as empresas cresceram ainda mais assim — Edgar diz se divertindo com tudo isso.

— Concordo plenamente, e já tive uma brilhante ideia para esses dois — Anita sorri.

— Ideia? Conte-me — Edgar pede.

— E se unirmos as empresas através do casamento dos herdeiros como uma estratégia de negócio? A fusão das duas marcas de renome poderia criar uma sinergia poderosa, combinando o estilo da marca de moda com a tecnologia e inovação da empresa de automóveis. Isso poderia gerar um assunto muito interessante para os jornalistas, os nossos filhos vão ter que se dar bem tanto no aspecto pessoal quanto profissional, assim podem acabar se apaixonando de verdade — Anita explica.

Edgar aplaude a ideia de Anita enquanto gargalha e repete a palhaça “brilhante” várias e várias vezes.

— Estamos de acordo? — Anita pergunta.

— Claro que sim, só vamos esperar até depois da viagem para contar a eles que decidimos que eles vão se casar — Edgar diz em resposta.

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