Capítulo 12

Wiven

Aquele Victor me cheirava a um prato de surpresas. Saber que ele liderava a máfia italiana, deixou as coisas mais excitantes do que nunca. Nunca considerei levar alguém valer a pena, mas ele é um cara que não pode ser descartado facilmente antes de ir a fundo nesse jogo.

Se ele pensa que sou burro, está enganado. Não propus dele ser o meu parceiro de foda ao acaso. Agora que sabe o meu nome, deve puxar o meu histórico até a última letra para sabem quem eu sou.

Pelo o que meu tio disse há dois anos atrás, meu pai teve uma certa sujeira com essa máfia. Algo que ele planejou sem o consentimento da família, tudo o que ele fazia era apenas de acordo com o jeito dele. Se alguém metesse o dedo no meio, era sujeito a ser espancado até a morte.

Meu pai era o demônio em pessoa. Muitos homens eram soldados dele por que não tinham outra opção de vida. Por mais que fizessem as coisas da maneira correta, nada estava bom para ele.

Consegui ler Victor no caffe em meados de dois segundos enquanto ele pensava na minha proposta.

Seu olhar não disfarçava o quanto ele queria saber sobre mim. No começo pensei em mentir sobre o meu nome, mas resolvi dizer para deixar as coisas mais ainda interessantes.

Tomei um último gole do Whisky que ficou pela metade a quantidade total na garrafa. Logo mais liguei o isqueiro e acendi um cigarro.

Não tive muito o que pensar, aluguei um apartamento para estar me encontrando com o tal Victor, não confio nele para deixar pisar os pés em minha própria casa.

Se pelo menos algo que aprendi com o homem que me fez, foi de não confiar em ninguém, principalmente os que tem cara de anjinho. Nem na minha família eu confio.

Alguém faz questão de apertar o dedo na caixa de campainha me fazendo ir atender, somente vestido de uma calça moletom com os pés enfiados na pantufa de cor cinza.

Abri a porta e era o proprietário do apartamento que aluguei.

Proprietário: Tudo certo senhor, quando começará levar os móveis para o AP?

Wiven: Não vou levar nenhum, é trabalho seu compra-los. Eu já paguei meu aluguel dos dias que ficarei lá.

O icopetente parece sentir um nó na garganta temendo falar mais alguma coisa.

Proprietário: Mas é que não nos responsabilizamos pelos móveis.

O olho com raiva enquanto pego minha carteira no bolso da calça e tiro várias notas de dinheiro sem contar o total. Entrego a ele que tinha brilho nos olhos.