Capítulo 8

Victor ainda não conseguia acreditar que deixou alguém o dominar. Isso serviu de piada para Rubens que não apartava do pé dele. Fora isso, se sentiu aliviado por não ter sido marcado naquela noite.

Ele não queria pertencer a ninguém, principalmente alguém tão arrogante e insignificante que era aquele alfa.

Rodava a caneta sobre os dedos enquanto encarava a porta a frente do seu escritório.

Se lembrou que tinha de ir visitar seus pais que marcaram um jantar em família. Estava ansioso para vê-los novamente depois de tantos tempos.

Desde que Victor assumiu a máfia italiana e a empresa herdada de seu avô que descansava em paz, não teve mais tempo para nada, apenas para as negociações.

Rubens que estava sem fazer nada, resolveu ir até a sala de Victor para aprontar. Adorava ver as reações dele.

Abriu a porta e o viu sentado na cadeira girando a caneta sobre os dedos pensativo. Pediu licença e sentou na cadeira ficando de frente a Victor.

Rubens: E então, aquele alfa "ridículo" não vai dar as caras depois do que aconteceu?

Ele disse cruzando as pernas.

Victor: Mas o que foi heim? Não cansou de me humilhar por causa daquele maldito CIO?

Rubens: Eu não quero te humilhar, mas é que você se deixou ser dominado por ele. O Victor que eu conheço nunca deixaria.

Victor: Rubens vaza da minha sala agora antes que eu desconte do seu salário.

Rubens: Tudo bem, parei. Mas então, você vai visitar seus pais?

Ele diz se levantando.

Victor: Sim. Faz tempo quem não os vejo. Eles não procuraram saber de mim e nem eu procurei saber. Agora eles me convidaram para esse jantar.

Rubens: Certo. Só não esqueça de que amanhã iremos fazer a transação das drogas em negociação com a máfia Britânia. Mandaram recado que vão chegar pela manhã bem cedo.

Victor: Estou lembrado.

Rubens então sai da sala, mas antes de passar por completo da porta, volta com a cabeça e diz para Victor tomar cuidado com esse alfa.

Victor: Vá se foder Rubens.

Depois que ele sai, Victor ficou pensativo sobre aquela noite. Que ligação aquele cara arrogante tinha com o presidente para estar naquela festa.

Ainda nem sabia qual era o nome dele. Se o visse novamente estava disposto a perguntar para poder mandar o seu hacker mais avançado fazer uma descoberta profunda de quem ele era.

\*\*\*

Wiven na própria casa, estava deitado no sofá com um notebook por cima do seu abdômen definido, fazendo algumas pesquisas sobre a empresa de Victor.

O pensamento daquela noite não fugia de sua lembrança. Não entendia o motivo de ter ajudado aquele alfa com o próprio CIO, sendo que qualquer um outro poderia fazer, ou ele mesmo ser levado ao hospital.

Teve vontade de morde-lo naquela noite, mas levou em mente que se fizesse isso iria marca-lo. Wiven era considerado o alfa Mafioso mais temido, especialmente por sua sede de querer se vingar e não ter um pingo de piedade no próprio coração.

Não poupava a vida de ninguém que fizesse merda em sua vida. Teve algumas cicatrizes de quando ainda era um escravo do próprio pai.

Com a morte dele, foi obrigado a assumir a máfia por ser o único filho que restou. Antes de Wiven nascer, sua mãe tinha dado a luz a dois lindos filhos no início, mas foram mortos por causa da falha do pai que não soube os proteger bem de algumas gangues.

Wiven foi o único que levou toda a culpa e o azar por algo que não teve culpa alguma.

Ele se levanta quando escuta tocarem a campainha. Se dirige com um pouco de preguiça para ver quem era o responsável por incomodá-lo em seu momento de descanso.

Ao abrir a porta logo fez expressão de tédio quando um ômega que não saia do seu pé caiu em seus braços.

Wiven: Que merda você está fazendo aqui?

O ômega se sentindo um pouco magoado mas não se importando tanto pois sabia do humor de Wiven, apenas sorriu. Seu nome era Ivan, estava viajando por três dias.

Ivan: Não está feliz em me ver?

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