Capítulo 11

Victor

Em primeiro lugar, nem sei porquê tive que aceitar ter uma conversa com esse cara. O olhar dele é tão sério e calculista que faz qualquer pessoa normal se intimidar.

Decidi escutar o que ele tem a dizer com uma conversa civilizada e um local adequado para esse processo. Meu ponto de preferência foi em um caffe. Ocasionalmente um dos meus favoritos.

Sempre eu ia nele, tinha os melhores sabores de café acompanhado com uma ótima qualidade. Nos sentamos a mesa e uma das garçonetes veio nos atender.

Garçonete: Bom dia, qual o seu pedido?

Disse com um sorriso no rosto segurando o caderninho de anotações.

Victor: O de sempre.

Como eu era um dos clientes mais frequentes e sempre atendido por ela, capitou o meu pedido e se direcionou a perguntar para o arrogante sentado a minha frente.

Garçonete: E o senhor, o que deseja?

Ele fez que não com a cabeça, então ela saiu dizendo que o meu café chegava a uns dois minutos.

Victor: Então, não vai começar a dizer o seu nome, por quê quer conversar comigo, qual motivo me faz vê-lo novamente?

Olho sério para ele que tem o mesmo olhar sobre mim.

Xxx: Você de fato é um alfa que segue direto ao ponto, e se eu recusasse dizer o meu nome?

Esse cara acha que sou uma piada para seus joguinhos mentais?

Victor: Se recusar a dizer, nossa conversa termina aqui.

Demonstro que não estou brincando. Um clima de tensão entre a gente se forma, logo eu libero um pouco dos meus feromônios.

Xxx: Pode me chamar de Wiven, esse é o meu nome.

Victor: Seu nome não parece ser muito comum.

Wiven: Realmente não é.

Meu café acaba chegando, agradeço a moça e tomo o primeiro gole com gosto.

Victor: Então Wiven, qual o motivo da nossa palestrinha?

Wiven: Eu sei que você não foi capaz de esquecer aquele momento que tivemos, até porque um cio não faz ter amnésia.

Esse filho da puta é esperto.

Victor: Ainda não entendo onde você quer chegar lembrando disso.

Wiven: Quero contrata-lo como meu parceiro de foda.

Por um instante quase engasguei, como esse cara é capaz de me propor isso do nada? Quando transei com ele apenas por causa do cio? Fiquei em silêncio por alguns minutos.

Wiven: Se não concordar, eu saio desse café e não te vejo nunca mais.

Por mais que eu quisesse nunca mais vê-lo novamente, algo me dizia que só assim para me aproximar dele e descobrir quem verdadeiramente era.

Em certo ponto, os feromônios dele também mexem comigo.

Wiven: Seu silêncio responde por você.

Antes que ele se levantasse com cara de tédio, agarrei o pulso dele segurando com força, fazendo ele retroceder o olhar para mim.

Victor: Eu ainda não dei minha resposta.

Wiven voltou a se sentar ficando atendo a me ouvir.

Victor: Eu aceito sua proposta. Contando que você não seja o único a me comer.

Jogo um olhar sedutor.

Wiven: Trato feito. Mas se aprontar alguma coisa, eu te mato.

Victor: Digo o mesmo.

Olho sério por cima do meu copo dando uma última golada do saboroso café.